Em 1954, o Brasil comemorou os primeiros 450 anos de fundação do município de São Paulo. Nóbrega e Anchieta foram os fundadores, jesuítas chegados por cá naquele tempo.
Os jesuítas eram, nos primórdios, quase sempre mal recebidos por onde andavam. Mas essa é outra história.
Você minha amiga, meu amigo, certamente conhece tanto quanto eu a trajetória de sucesso literário da escritora paulistana Lygia Fagundes Telles (1918-2022).
Pois bem, Lygia estreou como romancista em 1954. Há 70 anos, portanto. O livro de estreia foi Ciranda de Pedra, que recebeu elogios inimagináveis do respeitadíssimo crítico Antonio Cândido (1918-2017).
Em Ciranda de Pedra a autora põe em movimento três mulheres, a princípio. Duas delas são filhas legítimas de pai e mãe, Otávia e Bruna.
Irmã de Otávia e Bruna por parte de mãe é Virgínia, a caçula.
A vida corre bem até quando os pais de Otávia e Bruna se separam. O rompimento do casal deve-se ao instante em que entra Daniel, um médico que põe de cabeça pra baixo a vida de Laura.
Laura é a mãe das três meninas.
O corneado é o marido de Laura, o advogado Natércio
Essa é uma interessantíssima história da craque Lygia Fagundes Telles. Virou novela da TV Globo.
Na classe média do mundo todo acontece o que conta Lygia em Ciranda de Pedra.
Na Ciranda de Lygia tem adultério a dar com pau.
Entre as personagens há uma que se casa, tem amantes e tal. E outra que acha no mesmo sexo, o feminino, o caminho do seu prazer sexual.
Fora isso, tem uma jovem virgem disputada por três machos.
Sim, mas o final não conto.