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segunda-feira, 1 de abril de 2013

GOLPE DE VERDADE, NO DIA DA MENTIRA

O dia 1º de abril de 1964 raiou com forças militares contrárias ao regime democrático tomando as ruas do Estado da Guanabara, então a capital da República.
Forçado, João Goulart (1919-76) pegou um avião e foi embora no dia seguinte, deixando vaga a cadeira de presidente da República.
O seu gesto por uns considerado covarde evitou um rio de sangue.
Os norte-americanos que organizaram e apoiaram a queda do presidente desde a sua posse, por temê-lo, não esperavam isso.
À frente do golpe desenvolvido nos bastidores políticos e nas casernas, esteve o tempo todo o embaixador no Brasil Lincoln Gordon (1913-2009).
A história do golpe de 64 começa no governo Kennedy e termina no governo Johnson.
Esse é o enredo do documentário O Dia Que Durou 21 Anos, de Camilo Tavares, filme absolutamente necessário para se compreender o Brasil da ditadura militar que se instalou no País e permaneceu incólume por duas décadas e um ano.  
O filme é recheado de falas de Kennedy, Johnson e seus principais assessores.
Falas até então guardadas a sete chaves.
Há vários pontos nebulosos na história que o filme esclarece.
Você sabia, por exemplo, que o general Humberto de Alencar Castelo Branco assumiu o cargo de presidente da República por escolha do governo estadunidense, e que foi o próprio Castelo Branco quem decidiu se estender um pouco mais no poder?
E você sabia que o plano de golpe no governo Jango custou aos norte-americanos US$ 8 milhões, por eles mesmos calculado?
Pois é, corram para assistir O Dia Que Durou 21 Anos.
Vale a pena, é uma aula e tanto!
E ainda tem 1968, uma história dentro da outra.

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