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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

SÃO PAULO, SECA E NORDESTE

Os estrangeiros começaram a chegar no Brasil em 1898, século 15. Foi um espanhol a mando do rei português Dom João III. Em 1500, foi a vez de Álvares Cabral aportar na Costa baiana, e tudo virou um inferno. Os índios foram dominados e de África começaram a chegar os escravos. Já em 1540, o inferno tropical estava posto.
São nove os Estados que formam o Nordeste, ocupando cerca de 1,5 milhão de Km².
E aí veio, fugido de Bonaparte, o gorducho imperador Dom João VI, que aqui botou banca. E Dom Pedro I e Dom Pedro II e o fim da monarquia com o alagoano Marechal Fonseca, em 1889.
Em 1822, foi dado o grito de independência ali a beira do hoje poluído riacho do Ipiranga.
Em 1922, o presidente da república era o paraibano Epitácio Pessoa, que vinha a ser parente do cidadão que desde 1930 dá nome à Capital paraibana.
Em 1554, os jesuítas Nóbrega e Anchieta demarcaram e fundaram a cidade dos paulistanos.
O Nordeste sempre foi a região mais explorada, agredida e abandonada do País, desde sempre.
Muitos movimentos revolucionários e guerras marcaram a vida nordestina.
Uma vez os holandeses invadiram o Rio Grande do Norte e judiaram do povo de todas as formas. Muita gente morreu na ocasião.
Há pouco o Papa Francisco santificou de uma vez só um grupo de 30 nordestinos do Rio Grande do Norte.
Há sete anos o Nordeste todo pena com a seca que bate e abate bichos e gente.
Dos 400 e tantos açudes e barragens do Nordeste, cento e poucos estão completamente vazios com o solo esturricado. E o governo federal nem, nem. Igualzinho ao comportamento dos governos estaduais.

O grande cidadão musical Luiz Gonzaga, ciente e lamentoso das condições precárias do povo da região que deu Bárbara de Alencar, avó do escritor cearense José de Alencar, gravou uma obra prima da sua lavra: Sertão Sofredor:

A construção do Município de São Paulo começou no Pátio do Colégio, ali nas proximidades da Sé.
No correr de mais de 20 anos, desenvolvi uma pesquisa que resultou em mais de 3.000 títulos musicais que tratam, de uma forma ou de outra, desse município, que se transformou no quinto maior do mundo em termos populacionais e industriais, e nesse município, que tem o mesmo tamanho territorial do Nordeste se acham brasileiros de todos os recantos do país.

Os mais de 3.000 títulos musicais que colhi durante a pesquisa são de autoria de mais ou menos 7.000 compositores. Para ilustrar ouçam os links abaixo:




LULA

Do que mais se fala hoje é sobre o destino do ex-presidente da república Luís Inácio Lula da Silva: a sentença que recebeu do juiz Sérgio Moro será ou não confirmada pelos juízes de Porto Alegre? Podia-se falar sobre a seca do Nordeste, e não só sobre a seca do Nordeste, mas sobre a solução para os tantos problemas que afligem o país, não é mesmo? Sete anos de seca não é bolinho... O amigo paraense José Pinto, do alto dos seus 88 anos de idade a se completarem no próximo dia 27 de novembro, fala sobre isso, sobre o abandono do Nordeste brasileiro. E resume: "quem pecou que pague os pecados, e seja quem for".

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