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quarta-feira, 30 de maio de 2018

ADEUS, AUDÁLIO!


A morte é uma merda, nos surpreende e nos faz chorar.
Eu e meio mundo temos dificuldade  de aceitar  essa coisa chamada morte. Por mais óbvia e certa seja a sua presença entre nós.
A gente nasce, vive e morre. Sabemos disso, mas não aceitamos isso. E quando aceitamos, aceitamos de modo reticente.
Particularmente, não tenho medo da morte.Tenho medo, isso sim de ficar prostrado numa cama a espera da megera, de como também a diaba é conhecida e temida.
Audálio Dantas, jornalista e escritor dos mais completos, acaba de partir nos braços ou nas costas da morte, não sei. Só sei que já estamos sem ele entre nós. Pelo menos fisicamente, pois na memória o teremos sempre. Ele partiu no fim desta tarde.
O amigo Audálio nasceu no dia 08 de julho de 1932, véspera da deflagração da Revolução Constitucionalista . Foi um guerreiro.
Eu conheci Audálio Dantas, alagoano de Tanque d'Arca em 1976. Foi nesse ano que decidi fcar aqui, em Sampa. Mais por provocação dele.


Eu trabalhei com Audálio na Companhia do Metropolitana de São Paulo , Metrô. Lá  foi meu chefe. Participamos de muitos encontros, de muitos eventos, como 100 anos da Literatura de Cordel, realizado nas dependências do Sesc Pompéia. À época eu comandava um programa na rádio Capital AM 1.040. Foi uma festa, tanto no Sesc quanto na rádio. Ele frequentou muitos programas meus de rádio e até na AllTV. O último evento juntos  foi também numa unidade do Sesc, ali perto da FGV, na 9 de Julho. O tema era cultura popular. Ele mediou o meu papo sobre o grande cearense Aderaldo, cego Aderaldo.Audálio costumava vir à minha casa, onde nos reuníamos com artistas e literatos. Em casa, ele fechou com informações que faltavam o seu último livro, As Duas Guerras de Vlado, as informações ele as colheu de viva voz com Geraldo Vandré, que há muito ele procurava localizar.

Quantas histórias!
Falávamos muito por telefone. A propósito eu e o cordelista Marco Aurélio, falamos muito sobre ele ontem , a noite, por telefone. Motivo: um debate sobre cultura popular que se dará no Sesc, em Agosto. Eu sugeri ao Marco que dedicasse o evento ao  Audálio. Permanece a sugestão.
Ai acima e ao lado, lembranças do Audálio em momentos diferentes.Ah! estive com ele há poucos dias no hospital Premier. Nesse mesmo hospital, em fins do ano passado, os amigos se reuniram para um vinhozinho e um documentário dirigido por Sergião. Aí embaixo.




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