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quinta-feira, 16 de agosto de 2018

PISADA DE BOLA

Um amigo telefona prá dizer que gostou do texto sobre Eça, mas que pisei na bola. A pisada foi o fato de eu dizer que Dom Miguel era o filho mais velho de Dom João VI. Putz! Vamos lá: Miguel Maria do Patrocínio João Carlos Francisco de Assis Xavier de Paula Pedro de Alcântara Antônio Rafael Gabriel Joaquim José Gonzaga Evaristo. Nasceu  em 1802, quatro anos depois do irmão Pedro, que dirigiu os destinos do Brasil como rei no século 19. Miguel, que também viraria rei em Portugal, chegou ao Brasil junto com os pais em 1808.
Miguel é referência rápida no romance A Cidade e as Serras, que andei comentando aqui.
Miguel não era brinquedo não. Ele derrubou a prima, a rainha Maria II, ficando no seu lugar até 1834, quando Pedro o pôs prá correr no exílio na Itália, Grã Bretanha e Alemanha, onde morreu em 1866.
No livro A Cidade e as Serras, o autor também faz referência a gregos e troianos, entre os quais Platão e Virgílio. Até Schopenhauer sai do bico da caneta de Eça prá garantir a imortalidade. Outro personagem citado é o lisboeta Sebastião, Dom Sebastião, o desejado.
Dom Sebastião virou mito depois de perder a vida em guerra campal em Marrocos. Tinha 24 anos de idade quando isso ocorreu, em 1578. Uma bobagem: Dom Sebastião nasceu 5 dias antes de os jesuítas Nóbrega e Anchieta fundarem a capital de São Paulo.      
Hoje, 16 de agosto, faz exatos 118 anos que o escritor Eça de Queiroz faleceu, provavelmente de tuberculose.                   

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