Não é todo dia que o sino toca nos chamando a atenção para a hora do dia.
Não é todo dia que a gente se acha sem se perder.
Não é todo dia, meu amigo, minha amiga, que temos a alegria de receber pessoas que pensam, que nos fazem bem.
Agora pouco, por exemplo, recebi Manoel Dorneles, jornalista, e José Ramos Tinhorão também jornalista que todo mundo conhece. E a conversa foi fantástica. Uma conversa sobre tudo. Sobre homem, mulher e menino. História.
Deus do céu, como o Brasil é bonito!
O Brasil que pensa está sofrendo.
O Brasil que pensa sofre porque se acha sem alternativa para o futuro.
Bolsonaro é futuro, é futuro bom para o Brasil? A história dirá.
Amigos queridos como músico Osvaldinho da Cuíca, o advogado Braz Bacarin e o compositor e instrumentista Vital Farias (ai que sodade de ocê) e tantos e tantos outros grandes das relações do meu coração e pensamento optaram por Bolsonaro. Fazer o quê? Democracia é vida. É relação, é respeito mútuo. E outros e outros tantos que pelo ex-capitão do Exército optaram.
Um amigo queridíssimo, Flávio Tiné, jornalista do nosso coração, diz que está doido por não saber em quem votar.
O Tiné, que andou levando porrada no tempo da ditadura militar, tem mais de 80 anos.
Meus amigos mais queridos têm mais de 80 anos. Eu acho que eu nunca vou chegar aos 80 anos.
Tinhorão tem 90 anos e está beirando 91 e diz que vai votar. Mas não sabe em quem.
E eu?
Como tantos e tantos sofro por viver opções dilacerantes: um ou outro?
É triste, triste demais, acompanhar na televisão os debates dos candidatos sobre o que eles mais pretendem: o governo. E não acrescentam nada, e não dizem nada, pena. Precisamos de debates. Precisamos saber o que pensa Haddad e Bolsonaro. E isso só será possível, em parte, com debate público no rádio e na televisão.
Nenhum dos candidatos, no primeiro ou no segundo turno, falou de cultura popular ou cultura brasileira em geral. Deveriam. Como deveriam com clareza falar sobre educação, saúde e economia.
Um amigo lá da minha terra Paraíba, Rômulo, diz pra mim que está entre a cruz e a espada. E me pergunta: Assis, em que a gente vai votar?
Ai lhe respondi, simplesmente: opte por sua consciência.
O PT, como todos nós, está cheio de pecados. O Bolsonaro, também. O problema é que o PT tem que achado acima de Deus e do diabo. Talvez mais pró diabo. E não dá pra ser assim. Para acertar na vida, erramos. PT PT PT mea culpa.
Um amigo, dentre tantos, encurralado pela dúvida, chegou a me dizer: Assis tá foda, não sei em quem vou votar.
O foda a que o amigo aqui se refere, não tem nada a ver com transa, com relação sexual, com amor entre amantes. O foda, aqui, é um desabafo. É um querer sem saber o que fazer. É uma doidura. Tipo: "é foda, não sei o que fazer".
Dizem isso é palavrão
Palavrão é fome
Na língua do povo tem:
Palavrinha e palavrão
Palavrinha é cochicho
Palavrão eu não sei não
Mas isso é besteira
Na boca do cidadão
Palavrinha é fome
Essa sim é palavrão
Assassina serial
Na cidade e no sertão
A fome é coisa feia
Ela mata sem razão!
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