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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

VLADIMIR HERZOG ESTÁ VIVO!



O jornalista e escritor Graciliano Ramos nasceu no dia 27 de outubro de 1892. Muito cedo aprendeu a contar histórias. A inventar histórias. Casou-se teve uma penca de filhos. No começo dos anos de 1930, publicou o primeiro livro: Caetés. Corria o Estado Novo quando a polícia de Getúlio mandou prendê-lo.
No dia 16 de janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho foi preso pelos carrascos da Ditadura Civil-Militar de 64 e morto sob tortura, no dia seguinte.
O que havia em comum entre Graciliano com Manuel?
Graciliano e Manuel eram Alagoanos de Quebrangulo.
Dois meses e três semanas antes da prisão e morte de Manuel Fiel Filho foi a vez de o jornalista Vladimir Herzog apresentar-se ao DOI-Codi para “esclarecimentos”.
A morte de Vlado ocorreu no dia 25 de outubro de 1975, ou seja: há exatos 43 anos completando-se hoje....
O que levou a polícia a prender e fazer o que fez com esses três brasileiros?
Graciliano Ramos, Manuel Fiel Filho, Vladimir Herzog foram acusados de seguirem  a ideologia comunista.
A  história do Vlado é  contada minuciosamente no livro As Duas Guerras de Vlado Herzog, escrito pelo jornalista alagoano Audálio Dantas (1932-2018).
Audálio foi presidente do Sindicatos dos Jornalistas no estado de São Paulo e da Federação do Jornalistas (FENAJE) e também, da Comissão Nacional da Verdade.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB  se acham um LP contando em versos a história do operário Manuel e discos que contam a história do rádio no Brasil. Num desses discos produzidos pela BBC de Londres,  é possível ouvir a voz de Vlado. É documento.
Vlado era professor de jornalismo da USP, além de diretor de Jornalismo da TV Cultura.
No último dia 2 o jornalista Jamal Khashoggi, do Washington Post, foi ao consulado da Arábia Saudita, na Turquia, para apanhar documentos pessoais e de lá não mais saiu. Foi torturado, morto e esquartejado pelas forças do governo Riad. Quer dizer: a prática de matar jornalista e escritor ainda está viva no mundo.
Não custa ficar de olho no Bolsonaro.
Ah! outro dia fiz um poema em memória do Valdo. 




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