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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

AI-5 NUNCA MAIS!




Censura nunca mais!
A censura é uma praga que existe desde sempre, no Brasil e no mundo todo. A Imprensa Régia já veio com isso e seguiu Império a dentro.
A censura continua viva.
Agora a pouco a Justiça proibiu a Globo de noticiar qualquer coisa sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. Encurtando o papo estão se completando 50 anos da decretação do Ato Institucional nº5.
Esse Ato foi, dentre todos os 17 Atos baixados pelo governo militar, o mais violento, o mais temido o mais arrasador, o mais tudo ruim que se possa imaginar. O fim do mundo, digamos assim. O AI-5, anunciado ao Brasil na noite de 13 de Dezembro de 1968, permitia que os militares fizessem com o povo o que bem quisesse. E ai aconteceram cassações, torturas e mortes. Pelo menos 7 mil brasileiros e brasileiras foram forçados a deixar o País. Vandré, Chico, Caetano e outros e outros viveram essa situação.
O AI-5 fez misérias, destruindo carreiras artísticas brilhantes como a de Vandre. O AI-5 durou 10 anos de vigência. Nesse período foram censuradas milhares de músicas, peças de teatro e filmes, uns 500 pelo menos.
Mais de 2 centenas de escritores tiveram obras censuradas.
Entre as músicas censuradas incluíram-se Apesar de Você, de Chico; e Sinal Fechado, de Paulinho da Viola. LPs inteiros foram proibidos de circular como o álbum branco do Chico e Imyra Tayra Ipy, de Taiguara.
Taiguara, chamado de Cantor dos Festivais foi o artista mais proibido do período em que esteve em vigência o famigerado Ato Institucional nº 5.
Que essa desgraça nunca mais caia sobre nós!
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha muitos discos e livros da época em que a Censura foi mais violenta entre nós.
Detalhe: em pesquisa publicada há 10 anos pelo paulistano Folha de S.Paulo dizia que oito num grupo de dez brasileiros e brasileiras nunca ouviram falar do AI-5 e suas consequências. Isso é péssimo, não é?
Para lembrar ouça:

A canção Pra Não Dizer que não Falei de Flores foi liberada ao público depois de uma longa e polêmica entrevista que fiz com o autor, Geraldo Vandré, publicada em setembro de 1978 no suplemento dominical, extinto, da Folha.



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