Paulo Freire, que conheci de perto, deixou uma obra monumental. O seu método de ensino foi e é um método revolucionário. Claro que os poderosos da chamada direita política e intelectual o abominam até hoje e certamente o abominarão para sempre.
Bolsonaro, o novo presidente eleito pela maioria dos brasileiros, também abomina o método Paulo freiriano. Portanto, tirar o seu método educativo da escola chega a ser até compreensível, embora lamentável.
Escola com partido ou sem partido?
Nos anos de 1970 o carioca Augusto Boal (1931-2009) adotou o método freiriano, levando-o para aplicação no Peru. Não deu certo.
Escola não tem que ter partido político. Escola tem que ter professor preparado e bem preparado para transmitir história e ensinamentos. Tem que ensinar matemática, et cetera. E para ter professor assim tem que apostar na educação, tem que apostar no futuro do país, como faz o governo da Coréia do Sul. Fui longe?
Acabaram-se os curso Primário, Ginasial e Científico. Agora temos o ensino fundamental ministrado no correr de 9 anos. O resultado final dessa história toda é que há cerca de 30 milhões de brasileiros denominados de analfabetos funcionais. Um crime, não é? Fora esses, há ainda, mais uns 12 milhões de brasileiros que não sabem distinguir um "o" de uma roda de caminhão. É duro, mas é isso que ocorre. E grosso modo, acrescento: atualmente professor finge que ensina e aluno finge que aprende, quando não isso ocorre o pau canta nas salas de aula. Os registros policiais confirmam isso. E o professor ganha uma titica de nada.
Até os anos de 1980 e meados por ali, a média de caminhada dos brasileiros era de 10 mil passos/dia. Hoje essa média chega apenas a 2,5 mil passos. O que quero dizer com isso? quero dizer que em todas ou quase em todas as áreas da vida cotidiana brasileira estamos regredindo, na educação, inclusive.
Meu amigo, minha amiga, você sabe quantos livros dizem que nós brasileiros lemos por ano? nem vou dizer aqui. Prefiro que façam uma pequena pesquisa nesse "coiso" chamado Google. É de arrepiar.
Estamos nos emburrecendo a passo galopante.
Paulo Freire foi sem dúvida, um grande brasileiro. Seus livros devem ser lidos cada vez mais e as editoras tem a obrigação de incentivar essa leitura. Há caminhos para isso e para tudo e todos os problemas que nos cercam.
Bolsonaro pode ser um problema ou não.
Para o bem ou para o mal, não nos esqueçamos: quem o escolheu foi o povo, através das urnas certo?
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