Cantar o Hino Nacional nas escolas não pode deixar de ser
uma coisa boa. Isso sempre aconteceu, no Brasil e mundo a fora. E não só o Hino
Nacional, mas outros hinos brasileiros como o da Bandeira (Francisco Braga e
Olavo Bilarc), o da Independência (D. Pedro Primeiro e Evaristo Ferreira da
Veiga), o da República (Leopoldo Migez e Medeiros e Albuquerque) etc. O
problema é alguém como o obscuro colombiano Ricardo Vélaz-Rodriguez, alçado
repentinamente ao cargo de ministro da Educação do Brasil, determinar que as
escolas façam os estudantes cantar e cantando serem filmados e as filmagens
encaminhadas ao Ministério para fins sabem-se lá quais. Sim, esse é o problema.
Cresci cantando o hino nacional e outros hinos esse, aliás,
é o modo mais simples e natural de se aprender a gostar das coisas do nosso
País. A propósito: na metade dos anos de 1960 a cantora paulistana Inezita
Barroso (1925-2015) gravou um LP (Copacabana) com repertório inteirinho
constituído de hinos brasileiros. Esse disco, um LP, nunca foi lançado no
formato de CD. Pena. O original se encontra no acervo do Instituto Memória
Brasil. No acervo do Instituto se acham todos os discos de Inezita. A
propósito: em 2012 eu publiquei o livro A Menina Inezita Barroso, Cortez Editora.
Em 2014 eu e o músico Papete (José de Ribamar Viana; 1947-2016) compusemos a
canção A Brasileira Inezita Barroso. Ouça:
Vamos ouvir os hinos que a Inezita gravou para a extinta
Copacabana?
A propósito: Ignez Magdalena Aranha de Lima, Inezita, morreu
no dia 8 de março. Nesse dia, Internacional da Mulher, nasceu na Bahia Maria
Gomes de Oliveira. Essa Maria, que veio ao mundo em 1911, ganhou o apelido de
Maria Bonita de jornalistas cariocas. Mas essa é outra história. Maria Bonita
entrou para a história como a companheira do cangaceiro Lampião (1898-1938).
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