Páginas

sexta-feira, 31 de maio de 2019

VIVA, ANASTÁCIA!




Foi uma noite muito bonita a de ontem na casa da querida Anastácia, cantora e compositora de forró e outros ritmos de origem nordestina.
Anastácia reuniu amigos e amigas para juntos comemorar os seus 79ª aniversário de nascimento.
Reencontrei muitos amigos e amigas que não via há muito entre os quais Luiz Wilson, Fatel, Joquinha irmão de Oswaldinho do Acordeon, Sara e Samantha filhas de Oswaldinho, Dantas do Forró e tantos e tantas.
Foi, mesmo, legal!
Anastácia está num pique incrível, cantando e compondo como nunca.
Ela mora na Av.  Leonardo da Vinci, na zona sul paulistana.
E por falar em Leonardo, não custa lembrar que ele morreu há 500 anos, na França. Deixou um legado incrível. Monalisa é uma obra que quem vê não esquece jamais aquele sorriso...
Está no Louvre.
Pois é: Anastácia e Leonardo da Vinci, que tal?





http://assisangelo.blogspot.com/2019/05/da-vince-500-anos.html






quinta-feira, 30 de maio de 2019

TRISTEZA DE LADO E ALEGRIA COM FAUSTO



O Brasil anda triste e os brasileiros, sorumbáticos.
A tristeza que o Brasil e os brasileiros vivem hoje em dia é plenamente explicável: ataques ao erário público das três esferas. Aí já viu, né?
Não há povo que aguente...
Mas  podemos fazer uma pausa nisso tudo e dá um tempo ao tempo.
Quer dizer: vamos deixar a tristeza de lado e correr para um abraço ao craque do humor inteligente, Fausto.
O cartunista Fausto estará lançando daqui a pouco um DVD pra lá de bonito.
Ó o título: Fausto Animado.
Fausto é um cabra animado desde que nasceu. Pelo menos desde quando eu o conheço: há uns 200 anos. Ele estará ao lado de Leandro Franco e Darlan Zurc, lançando o DVD aí referido.

Local: Rua Felício Marcondes, 290 – Centro -  Guarulhos – Epa! Estou em cima da hora: o lançamento é agora, a partir das 18h.
Acima a reprodução da capa do DVD e abaixo, a contracapa.





AUDÁLIO DANTAS, SAUDADE...

Hoje faz exatamente um ano que o querido amigo alagoano Audálio Dantas partiu para a Eternidade. Esse era um cara arretado, todo mundo sabe disso. Brincalhão, solidário, uma figura incrível. Foi o primeiro jornalista que conheci em São Paulo. Há 42 anos. O segundo jornalista que conheci, e que também fez-se meu amigo, foi José Ramos Tinhorão. Tinhorão anda dodói. Viva Audálio Dantas e que o mundo fique melhor. Ele lutou por isso. Nós lutamos por isso também. 
Abaixo, amigos falam de Audálio. Vejam:






segunda-feira, 27 de maio de 2019

MANEZINHO ARAÚJO E O HINO DO ESTADO DE MINAS GERAIS



Contem nos dedos: 42, 52, 62, 72, 82, 92...

No dia 9 de março de 1942, Manezinho Araújo gravou a valsa Minas Gerais. Essa valsa é resultado de uma adaptação da canção napolitana Vieni Sul Mar, que ele fez junto com o mineiro José Duduca De Morais (1912-2002). A primeira adaptação dessa música, que tem uns 300 anos de existência, foi feita em 1912 pelo cantor, palhaço, Eduardo das Neves em homenagem ao maior navio da esquadra brasileira ancorado, na ocasião, no porto do Rio de Janeiro.
Eduardo das Neves, carioca da gema, foi um negro fantástico esquecido pela história. Ele aparece de corpo inteiro no livro A Alma Encantadora das Ruas (1905), do jornalista João do Rio (1881-1921). Esse também foi um cara fantástico!

Minas Gerais é o hino não oficial do Estado de Minas Gerais, lançado em maio de 1942. Ouça:


A canção que gerou o hino extra oficial dos mineiros faz parte do repertório do cantor italiano Andrea Bocelli.

O pernambucano de Cabo de Santo Agostinho, Manezinho Araújo foi um dos mais importantes artistas da música brasileira. Ele compôs e gravou em diversos ritmos musicais, incluindo toadas e sambas. No total, cerca de 170 músicas em 78 RPM. Ficou conhecido como o Rei da Embolada. Suas primeiras gravações,  “Minha prantaforma”(6 de abril de 1933) e “Se eu fosse interventô” (11 de abril de 1933)  foram feitas nos estúdios da Odeon (acima).
Muita gente boa gravou música de Manzinho incluindo o Rei do Baião Luiz Gonzaga.

 Toda a obra de Manezinho Araújo se acha no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB.

Manezinho nasceu no dia 27 de setembro de 1910 e morreu em São Paulo, no dia 23 de maio de 1993, exatos 60 anos depois de gravar seu primeiro disco. Na missa de sétimo dia do encantamento do Mané, celebrada numa igrajinha ali do bairro de Cerqueira Cézar, SP, convidei Rolando Boldrin, Téo Azevedo e outros amigos para uma roda de samba em embolada em homenagem ao amigo que se foi. A roda foi bonita. Lembra, Boldrin?
Ai na foto, eu e ele:

segunda-feira, 13 de maio de 2019

O CHORO É NEGRO



Anotem ai: 46,7% dos brasileiros são pardos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. 
O IBGE diz também que 44,2 % são brancos, 8,2% negros, 0,9% amarelos ou indígenas.

Os negros fincaram raízes profundas no Brasil. São parte importante da história do Brasil. A atuação deles está registrada por historiadores e por eles mesmos, em livros. Estão na música, na literatura, no cinema, na dança, em todo canto, menos na cadeira de presidente da República.
O pai do choro, Joaquim Antônio da Silva Callado, era negro como negro eram também o flautista Pattápio Silva, Pixinguinha, Anacleto de Medeiros, Wilson Batista, Cartola, Geraldo Filme, Clementina de Jesus, Itamar Assumpção, Arnaldo Xavier e tantos e tantos.
Historicamente, o choro foi o nosso primeiro ritmo urbano.
José do Patrocínio foi importantíssimo como avalista da abolição como o poeta Luiz Gama.
Na poesia repentista não dá para esquecer Zé Vicente da Paraíba e seu parceiro Aristo José dos Santos (LP a cima).
E Lima Barreto, hein?
E Grande Otelo?
O repertório musical sobre o negro no Brasil é vasto, com títulos marcantes, feito na maioria por compositores brancos e pardos: Lamento Negro (Constantino Silva/ Humberto Porto), História de um Capitão Africano (Josué Barros), Olha o Jeito Desse Negro (Custódio Mesquita/ Evaldo Ruy), Mãe Preta (D.A. Ferreira/ D. P. Silveira), Geme Negro (Synval Silva/ Ataulpho Alves), Terra Seca (Ary Barroso), Fuga da África (Luiz Gonzaga), Funeral de um Rei Nagô (Hekel Tavares/ Murilo Araújo).
Detalhe: os índios já ocuparam 100% do território brasileiro e hoje eles são, segundo dados de 2017 publicados pelo IBGE, apenas 0,9% ocupando um pedacinho de nada das terras do País. Quanto aos negros, ainda segundo o IBGE são 8,2% de uma população calculada em 210 milhões de habitantes. Em suma: somos negros e brancos pobres escravos num país ainda preconceituoso sob vários  aspectos do correr cotidiano.
Mário de Andrade escreveu Garoa de Meu São Paulo que fala de branco e de negro, de negro e de branco. Ouçam esse poema na voz de Antônio Abujamra.


LIMA BARRETO

O jornalista, romancista e contista fluminense Afonso Henriques de Lima Barreto era descendente de escravo e sofreu muito na vida. Perdeu a mãe quando tinha 7 anos de idade. Logo depois o pai ficou doido mas o filho já grande não o internou em manicômio. Segurou a barra. Anos depois era a vez do próprio Lima Barreto, depois de escrever significativa obra, perder o juízo e morrer. Foi internado uma ou duas vezes. Ele nasceu no dia 13 de maio de 1881 e morreu, pobre, no dia 1 de novembro de 1922. Era moderníssimo na literatura, precursor da Semana de que não participou. A Semana famosa ocorreu em fevereiro, no Theatro Municipal de São Paulo. Lima Barreto é autor de clássicos como O Homem que Sabia Javanês (1911) e Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915).
Lima foi um dos primeiros autores negros a abordar com senso crítico a questão dos negros no Brasil. Ele não gostava de futebol e muito pouco de música. Vale sempre a pena lê-lo.
Em 1982, a escola de samba Unidos da Tijuca o homenageou. Ouça:





domingo, 12 de maio de 2019

BOLSONARO PENSA?

A minha casa se iluminou com a presença da cantora Célia e do jornalista e historiador José Severo. Esse cara é do tamanho de um poste iluminado pelas estrelas. É grande.
E falamos, falamos, naturalmente com a graciosa presença de boa cachaça mineira. Ele é gaúcho e uma boa cachaça mineira.
Severo é um cabra que sabe tudo e muito mais sobre história do Brasil, a parti do Rio Grande do Sul. Sua terra. Severo foi um dos editores do memorável Jornal Gazeta Mercantil.
Severo andou pelo mundo todo cobrindo histórias de vida de morte. E pulando de Paraquedas. Tem vários livros publicados, um deles adaptado para o cinema: Senhores da Guerra.
E conversa vai, conversa vem, trouxe eu a Severo à realidade gritante que hoje todos nós vivemos. Perguntei-lhe:
- Este governo está se acabando...
-Que governo?
- Ora, este que aí está.
- Mas nem começou.
-E se não começou...
Concluo: o panorama é de nevoeiro.
Vasco da Gama, o desbravador dos mares, perdeu-se muitas vezes em tempestades e nevoeiros. Ele e grandes navegadores que não contaram com as “modernagens” náuticas de hoje. Esse. Vasco, era de uma coragem dos infernos. Pensava e agia num mundo desconhecido das trevas e nevoeiros.
Bolsonaro não pensa, ao contrário de Vasco da Gama. Para pensar tem que ter “tutano”.
Bolsonaro é um anencéfalo. Que pena!
Acredito que o conhecimento, o saber, a cultura de um país pode mudar a vida de um povo

quinta-feira, 9 de maio de 2019

KAFKA POR KAFTA E BESTA POR BESTA

Eu gosto de Kafka e de kafta.
Kafka é um escritor incrível. Deixou uma obra incrível. Metamorfose e O Processo são dois livros fundamentais na formação de quem quer se formar.
Eu li Franz Kafka ainda no tempo de escola. Apaixonei-me. Como apaixonei-me por Machado de Assis, José de Alencar, Lima Barreto, Rachel de Queiroz, José Américo de Almeida, Mário de Andrade José Lins do rego e outros, tantos outros. Guimarães Rosa é insuperável.E o que dizer de João do rio, e Drummond?
Kafta eu comecei a gostar há uns 40 anos, quando cheguei a São Paulo procedente do meu berço paraibano, João Pessoa.
Gosto, grosso modo, de todas as especiarias da culinária árabe. Quem me introduziu nessa culinária foi o árabe brasileiro Peter Alouch. Depois não parei mais de comer essas coisas tão gostosas das bandas de que tanto gostava o nosso último imperador, Dom Pedro II.
Meu amigo, minha amiga, você sabia que Dom Pedro II ganhou de presente dos árabes uma relíquia de 2.700 anos que o fogo criminoso em parte destruiu no Museu Nacional? Há pouco nos livramos de um ministro da Educação mal educado, grosso mesmo, que não falava português e era colombiano. Em lugar dessa besta quadrada veio-nos do inferno outra besta para substituir a primeira. Pois bem, essa nova besta acaba de confundir Kafka com Kafta, que loucura!
Esse atual governo tem umas figurinhas, Deus do Céu!

segunda-feira, 6 de maio de 2019

LAERTE É AVERROES




Fotos de Lúcia Agostini

A enorme área conhecida como Jardins de Soraya localizado na Vila Cordeiro, Localizada na zona sul da Capital paulista, ficou pequena para acolher a todos os amigos e admiradores de Laerte (acima, em vários momentos). Na ocasião,  ela recebeu o prêmio Averroes concedido anualmente pela direção do Hospital Premier a pessoas que se sobressaem na ciência, educação e arte. Estive lá ontem 5 testemunhando a alegria da premiada e de todos nós, claro.
Laerte estava elegantérrima dentro de uma saia longa e uma blusa laranja muito bem trabalhada, com barra e detalhes coloridos. Com óculos discreto Ela fez-se completa com um belo chapéu de palha clara. Brincos, pulseiras e os lábios pintados de vermelho davam-lhe graça especial. Arrasou!

Laerte é dona de um traço marcante no humor brasileiro. É caustico e lírico, ás vezes. Brinca com fogo e não se queima. Brilhante em todos os sentidos artísticos e pessoais.
Paulistana da safra de 1951, Laerte Coutinho abraçou a carreira de cartunista em 1974 , depois de estudar jornalismo na USP. Seu primeiro cartoon publicado foi no extinto jornal Gazeta Mercantil e depois não parou mais.
Conheci Laerte no Diário Folha de S. Paulo, para o qual trabalhamos. Firmando-se na história com seu traço originalíssimo e eu escrevendo no suplemente dominical Folhetim. Corria o ano de 77 ou 78. No mesmo folhetim, que não existe mais, também publicavam Angeli, Glauco e outros mestres. Angeli (1956), Glauco (1957-2010) e Laerte  formaram o inigualável e inimitável trio de cabras da peste Los Três Amigos. Esse trio (abaixo) apareceu pela primeira vez no número 12 da memorável revista Chiclete com Banana, de 1985.
Na solenidade de premiação reencontrei velhos camaradas como Elifas Andreato; Ricardo Carvalho, o Ricardão; Sergio Gomes, o Serjão; os músicos Ivan Vilela e Toninho Carrasqueira, Palmério Dória, Vanira e as filhas Juliana e Mariana. Ao lado delas, impossível não lembrar o velho guerreiro Audálio Dantas (1929-2018). Ah sim! todo prosa também estava o superintendendo do Premier Samir Salman.






AUDÁLIO DANTAS

O jornalista alagoano Audálio Dantas recebeu o Prêmio Averroes no dia 9 de dezembro de 2017. Clique:





sábado, 4 de maio de 2019

SERIA LIMA BARRETO SABÁTICO?


O amigo e parceiro Carlos Sílvio, do “reino encantado” do Paiaiá, BA, disse pra mim via fone que seu próximo entrevistado na Rádio Conectados, dia 11/05, meio-dia (www.radioconectados.com.br), onde mantém o programa Paiaiá na Conectados, que está completando 3 anos, será o jornalista Patrick Santos. Disse também que Pratick irá lançar no próximo dia 13, uma segunda-feira, o livro “45 Minutos do Primeiro Tempo”. É sabático.
Sabático é reflexivo. É mergulho de alguém dentro de si próprio. Na Paraíba, meu berço, sabático ou “sabatismo” é coisa de quem está com parafuso frouxo na cachola. Porém, gente sabida como o professor Zurc, é coisa séria. Seriíssima.
Pois bem, um papo puxa outro.
No dia 13 de Maio marca o nascimento de um dos mais importantes escritores brasileiros. Falo do descendente de escravo Lima Barreto. Gênio.
Lima Barreto morreu em 1922, aos 41 anos de idade.
Lima nos legou uma obra de 17 volumes. Essa obra, no conjunto ou não, é bastante difícil de achar nas livrarias nesse nosso Patropi.
Meu amigo, minha amiga, você já leu Recordações do escrivão Isaias Caminha?
Esse livro foi o primeiro que Lima Barreto publicou, em 1909. Façam as contas: 1909...
Recordações do escrivão Isaias Caminha tem tudo, absolutamente tudo, a ver com pobreza, sonhos e jornalismo no estágio bruto, grosso, lamentável. O jornalismo marrom e de resultados imediatos.
Comentarei sobre o livro já, já.
O autor do livro “45 Minutos do Primeiro Tempo” estará recebendo seus amigos e admiradores (atuou na Rádio Pan por 24 anos) a parti das 19h na livraria acultura do Conjunto Nacional da Av. Paulista.

EDUCAÇÃO, DAQUI A POUCO CHEGAREMOS A DOMINGO, 05.
O DIA 5 DE MAIO INTERNACIONAL DA LÍNGUA PORTUGUESA. SETE DOS 190 E POUCOS FALAM A LÍNGUA PORTUGUESA. A NOSSA. DE CAMÕES.
A LÍNGUA PORTUGUESA É A 5 MAIS FALADA DO MUNDO. SERÁ QUE O MINISTRO DA EDUCAÇÃO SABE DISSO? SERÁ QUE ELE ADOTA A EDUCAÇÃO COMO PRIORIDADE NO DESENVOLVIMENTO CULTURAL DO NOSSO PAÍS?
FICA NO AR ESSA QUESTÃO. AH! FOI ESSE CARA  DE NOME DE DIFÍCIL PRONÚNCIA, CÁ ENTRE NÓS, QUE ESCREVEU NO SEU TWITTER INCITAR ASSIM: "INSITAR".
DÁ PRA PÔR FÉ NUM CARA DESSE?
PELO CAMINHAR DA CARRUAGEM, ESTAMOS PERDIDOS. MAS DEUS É BRASILEIRO... 

sexta-feira, 3 de maio de 2019

ANTUNES FILHO NÃO MORRE



O passamento do diretor de teatro Antunes Filho, paulistano de Bixiga, me fez lembrar passamento idêntico do também diretor de teatro e jornalista Flávio Rangel (1934-1985).
Antunes foi tão grande quanto Flávio Rangel.
Flávio tinha a ver com opinião, o teatro, etc.
Antunes tinha a ver, como Flávio, com liberdade. Ambos
fizeram artes falando sobre liberdade. Arte é liberdade.
Um dia Geraldo Vandré pediu que eu entrasse em contato com
Antunes Filho. Ele queria que Antunes o dirigisse de volta ao mundo da arte. Liguei para Antunes e ele pediu: “vem cá, vem me ver, conversamos”.
E aí eu fui a Unidade SESC Dr. Vila Nova, onde Antunes tinha
espaço para formar novos atores. Conversamos e conversamos e na conversa final ele deu uma risada, dizendo: “o Geraldo não tem jeito, não voltará nunca a cantar e a tocar num palco”.
Curioso nessa história é que algo parecidíssimo ocorrera
entre mim e Flávio Rangel.
O Flávio trabalhou comigo na Folha. E a ele também falei
sobre a vontade do Geraldo... O encontro entre mim e o Flávio ocorreu na minha casa, no bairro de Santa Cecília, SP. O Geraldo esteve presente e conversou, e conversou e conversamos e no final disso tudo o Geraldo continuou na moita, escondendo-se no passado.
A última vez que vi Antunes Filho faz uns 8 anos. Eu o vi
pelas costas, entrando na sua casa. Sequer nos cumprimentamos. Guardo a imagem dele na minha memória como um homem decidido a mudar a vida através da arte.
Antunes era duro e poético, como a vida.

Foto: internet

quinta-feira, 2 de maio de 2019

DA VINCI, 500 ANOS

Bolsonaro quando abre a boca é quase sempre prá dizer besteira. Quando não diz coisa fora da hora. Nesse último dia do Trabalho, por exemplo, ele não falou sobre o trabalhador. Essa pauta não foi aberta por ele, preferindo tecer loas sobre a liberdade econômica. E os direitos do trabalhador, hein? Enfim, são mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho. Se levarmos em conta que um pai de família sustenta a mulher e o filho, teremos aí 40 milhões de brasileiros e brasileiras comendo pão amassado para não morrer de fome. Eh, Bolsonaro...
Há pouco o Ministério da Educação tinha como titular um colombiano que mal e mal falava sua própria língua. Esse caiu e no seu lugar entrou um cara que, segundo dizem, passou grande parte da sua vida sobrevivendo de renda via Bolsa de Valores. Quer dizer, trabalho mesmo que é bom...Esse aí, de nome enrolado, diz que chega ao posto de ministro para mudar a educação dos brasileiros. Prá começo de história diz que vai cortar 30% do orçamento das universidades públicas. Isso é grave. Ele disse também que vai economizar nos custos do ENEM. De 500 milhões, cortaria tudo isso para apenas 500 mil. Falou isso cheio de pompa, se auto-vangloriando. Mas os administradores do Ministério acorreram dizendo, em nota, que isso seria impossível. E o tal ficou na moita.
Mas na verdade meus amigos, minhas amigas, não era sobre isso que eu ia falar. Eu ia lembrar do tempo em que fiz artes plásticas na Universidade Federal da Paraíba. E Música. Esses cursos, porém, prá mim ficaram incompletos por que a tempo descobri que talento, mesmo, eu tenho de sobra é prá bater palmas para os artistas como João Câmara Filho e Leonardo Da Vinci.
Da Vinci tornou-se um dos mais importantes pintores renascentistas, embora fosse também matemático, cientista, engenheiro, poeta, músico. Até inventor o cabra foi.
Entre 1503 e 1506, Da Vinci fez uma das obras mais famosas do mundo em todos os tempos: Monalisa, também conhecida como Gioconda. Esse quadro é um óleo sobre madeira, que mede 77x53. Pequeno no tamanho e grande na importância.
O sorriso de Monalisa é incrível e indecifrável. Homem ou mulher, ou a mistura dos dois gêneros, não sei.
Leonardo Da Vinci era italiano, nasceu em 1452 e morreu no dia 2 de maio de 1519. Há exatos 500 anos.
A obra de Da Vinci nos remete a religião católica, a Cristo, Deus, aos apóstolos, o mesmo pode ser dito a respeito da obra do alemão Sebastian Bach (1685-1750).
O menestrel Elomar Figueira Mello, baiano, é louco por Bach, mas essa é outra história. 
As canções de Bach são até hoje interpretadas no mundo todo por todo mundo. Ouçam Toquinho fazendo variações em Jesus, Alegria dos Homens:



quarta-feira, 1 de maio de 2019

TRABALHADORES DO BRASIL...


O Brasil nunca enfrentou crise tão brava como essa de agora, em que se acham desempregadas mais de 13 milhões de pessoas de norte a sul do País. Além dessa crise, há muitas outras. É só abrir a janelinha ai do conforto pra ver tudo.


O empregado sempre leva na cabeça.
Foi no governo de Artur Bernardes (1922-1926) que o Congresso aprovou o 1º de maio como Dia do Trabalho. Esse dia foi criado para comemorar o trabalho e não o trabalhador o que viria a acontecer no governo do gaúcho Getúlio Vargas (1930-1945).
Getúlio era doido pelo povo, adorava o povo, como bom ditador que foi principalmente durante o Estado Novo, que ele criou inspirado do nazifascismo, 1937.
Foi Getúlio que mudou na prática o trabalho para trabalhador, isto é: Dia do Trabalhador.
Ao dirigir-se aos brasileiros em discurso, Vargas começava sempre assim: Trabalhadores do Brasil...
Antes de Vargas os operários não tinham direito a nada, a coisa nenhuma, por isso partiram para o pau primeiro em Chicago, EUA, em 1886. O pau, que se pode traduzir como greve, rapidamente estendeu-se mundo a fora.
A primeira grande greve no Brasil ocorreu em 1917 (link abaixo), precisamente naquela que viria a ser a maior cidade brasileira, São Paulo. Morreu gente até. A greve tinha por objetivo fazer com que os empresários diminuíssem a carga horária de trabalho, de 14 para 8 horas.
A segunda grande greve de operários do Brasil ocorreu no Rio de Janeiro, em 1929. Naquela ocasião, o Brasil já era um caldeirão fumegante. À frente dos operários, os anarquistas.
A partir dos anos de 1930, os compositores passam a usar a temática trabalho nas suas composições, o samba Bonde de São Januário de Wilson Batista é uma pérola do gênero.
Dois anos após a morte de Vargas, no final da manhã de 24 agosto de 1954, o compositor Edgard Ferreira compunha para o cantor Jackson do Pandeiro gravar o belo rojão Ele Disse.
No dia 30 de abril de 1980, o Centro Brasil Democrático produziu um grande espetáculo musical nas dependências do Riocentro, RJ, o mesmo Riocentro que seria palco do atentado que matou um militar exatamente um ano depois. Pelo menos 30 mil pessoas estiveram aplaudindo Chico Buarque, Fagner, Elba Ramalho, Martinho da Vila, Sérgio Ricardo, Clara Nunes, Miucha, Milton Nascimento, Paulinho da Viola e muitos outros. Coube a Alceu Valença interpretar a música de Ele Disse. Ouça:



No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há muitos discos com músicas em homenagem ao trabalhador.