O Brasil nunca enfrentou crise tão brava como essa de agora,
em que se acham desempregadas mais de 13 milhões de pessoas de norte a sul do
País. Além dessa crise, há muitas outras. É só abrir a janelinha ai do conforto
pra ver tudo.
O empregado sempre leva na cabeça.
Foi no governo de Artur Bernardes (1922-1926) que o
Congresso aprovou o 1º de maio como Dia do Trabalho. Esse dia foi criado para
comemorar o trabalho e não o trabalhador o que viria a acontecer no governo do
gaúcho Getúlio Vargas (1930-1945).
Getúlio era doido pelo povo, adorava o povo, como bom
ditador que foi principalmente durante o Estado Novo, que ele criou inspirado
do nazifascismo, 1937.
Foi Getúlio que mudou na prática o trabalho para
trabalhador, isto é: Dia do Trabalhador.
Ao dirigir-se aos brasileiros em discurso, Vargas começava
sempre assim: Trabalhadores do Brasil...
Antes de Vargas os operários não tinham direito a nada, a
coisa nenhuma, por isso partiram para o pau primeiro em Chicago, EUA, em 1886.
O pau, que se pode traduzir como greve, rapidamente estendeu-se mundo a fora.
A primeira grande greve no Brasil ocorreu em 1917 (link
abaixo), precisamente naquela que viria a ser a maior cidade brasileira, São
Paulo. Morreu gente até. A greve tinha por objetivo fazer com que os empresários
diminuíssem a carga horária de trabalho, de 14 para 8 horas.
A segunda grande greve de operários do Brasil ocorreu no Rio
de Janeiro, em 1929. Naquela ocasião, o Brasil já era um caldeirão fumegante. À
frente dos operários, os anarquistas.
A partir dos anos de 1930, os compositores passam a usar a
temática trabalho nas suas composições, o samba Bonde de São Januário de Wilson
Batista é uma pérola do gênero.
Dois anos após a morte de Vargas, no final da manhã de 24
agosto de 1954, o compositor Edgard Ferreira compunha para o cantor Jackson do
Pandeiro gravar o belo rojão Ele Disse.
No dia 30 de abril de 1980, o Centro Brasil Democrático
produziu um grande espetáculo musical nas dependências do Riocentro, RJ, o
mesmo Riocentro que seria palco do atentado que matou um militar exatamente um
ano depois. Pelo menos 30 mil pessoas estiveram aplaudindo Chico Buarque,
Fagner, Elba Ramalho, Martinho da Vila, Sérgio Ricardo, Clara Nunes, Miucha,
Milton Nascimento, Paulinho da Viola e muitos outros. Coube a Alceu Valença interpretar
a música de Ele Disse. Ouça:
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, há muitos discos
com músicas em homenagem ao trabalhador.
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