São grandes os violeiros, violonistas, violinistas e
sanfoneiros que o Brasil tem.
São grandes os músicos, compositores e instrumentistas que o
Brasil tem.
José Nunes, um nome como tantos, virou Tião Carreiro.
Tião foi um dos maiores violeiros e intérpretes que já ouvi.
Eu o entrevistei um ou dois anos antes de ele morrer (1993), disse-me querer
gravar de Luiz Gonzaga a toada, Asa Branca. Lembro disso no livro, Eu Vou
Contar pra Vocês (1999).
Tião nasceu em Minas Gerais no dia 13 de dezembro de 1934,
vinte e dois anos depois de nascer em Exu-PE, Luiz Gonzaga do Nascimento, que o
tempo o faria Rei do Baião. Esse Luiz também nasceu num dia treze de dezembro
(1912), número, aliás, que gosto muito.
No mesmo ano em que Tião lançava em disco o Pagode em
Brasília (1961), parceria com Lourival dos Santos (1917-1997), lançava também o
pagode Minas Gerais, que fez em parceria com Pardinho (Antônio Henrique de
Lima; 1932-2001). Eu também o entrevistei para a série Som da Terra
(Continental; 1994). Ambos viviam em guerra o tempo todo. Pardinho, porém, foi
o mais duradouro companheiro da dupla com Tião.
A discografia de Tião Carreiro é muito robusta.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha tudo de
Tião e seus parceiros.
A propósito do dia treze de dezembro, não podemos esquecer a
tragédia que foi a decretação do Ato Institucional nº5 (AI-5), que prendeu,
torturou e matou mais de quatrocentos brasileiros, antes de censurar milhares e
milhares de livros, peças teatrais, filmes, tudo. O congresso, naquela ocasião,
em 1968, foi fechado e grande parte dos políticos, cassada e exilada. Um
horror! E pensar que há brasileiros pedindo a volta da ditadura militar. É de
lascar!
Eu fiz uma letrinha que serviu de inspiração melódica ao
parceiro músico Jorge Ribbas. Ouçam!
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