É longa a história política dos Estados Unidos da América.
Longa, complicada e tudo o mais.
Os EUA são conhecidos como a terra da liberdade.
A Constituição estado-unidense é constituída de uma dúzia de
artigos. E é longa a sua história.
Até hoje, nenhum presidente norte americano foi “impichado”.
É verdade, porém, que em duas ocasiões a Câmara dos Deputados, lá deles,
aprovou o processo de Impeachment contra Andrew Johnson (1868) e Bill Clinton (1998).
Entre o primeiro e o segundo, houve Nixon (1974), que optou pela renúncia. Em
suma: a Câmara votou pela derrubada de Johnson e Clinton, mas o senado os
salvou.
Esses fatos levam-me a lembrar de Maquiavel (1469-1527).
Maquiavel escreveu algumas pérolas do livre pensar político,
jurídico e militar.
Em O Príncipe, escrito no começo da segunda década dos anos
1500, O Príncipe só foi lançado a público poucos anos após a morte do autor.
Mas o que eu quero dizer é o seguinte: Maquiavel, político sem cabresto,
filósofo, poeta e músico, explicou tintim por tintim como um príncipe, rei ou
presidente, deve ou deveria governar seu principado, reino ou República.
É uma delícia ler o príncipe.
Muita gente pensa, até hoje, que é de Maquiavel a definição
segundo a qual “os fins justificam os meios”, não é nada disso, mas pode ser. O
certo, porém, é que a frase não é do italiano Nicolau Maquiavel.
Eu duvido que os presidentes ameaçados de impeachment ai
citados tenham algum dia lido Maquiavel. Tampouco, O Príncipe. Acho, também,
que Donald Trump – agora ameaçado de impeachment – tenha lido Maquiavel e como
seus pares anteriores seja vencido por seus apoiadores no senado platinado dos
Estados Unidos da América do Norte.
Muita gente mundo afora acha que Maquiavel é “maquiavélico”.
Ele era, simplesmente, um pensador que pensava de modo originalíssimo. A
propósito: há exatos 500 anos, ele escrevia a Arte da Guerra.
Quando o Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, com
a sua prepotência incurável, escrevi:
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