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domingo, 29 de março de 2020

CANSADO, VALDIR TELES FOI PRO CÉU...

Março 29 faz, hoje, uma semana que um amigo meu morreu. Morreu porque, sei lá.

Mundo de dor e guerra:
De presidente prepotente
De vírus correndo doido
E matando muita gente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente

Brilhou no repentismo
Cantador, cantou pra gente
Cantou sol, terra e mar
No ar plantou semente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente

Muita coisa ele cantou
Cantou bem, contente
Cantou a natureza
E a Deus se fez presente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente

Tomando meus versos do dia a dia, por acaso alguém me liga falando da tristeza que foi o cantador morrer. Cantador não morre, cantador é sonho, é esperança. Cantador é cantador.
Eu disse isso a uma amiga, essa amiga Mirianês Zabot, que coincidentemente, curiosamente, estranhamente a mim me ligou pra dizer que Valdir Teles ela o amava, como cantador. Valdir, amigo querido de muitos anos tinha especial atenção pela música do Rio Grande do Sul.  O chamamé e o vanerão eram ritmos especiais da predileção dele. Mirianês é gaúcha. E numa estrofe de sextilhas ela disse:

Que mais faria o cantador
Se não fosse um ser pensante
Andaria no espaço
Iluminada vertente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente

Valdir Teles, de Livramento no Cariri paraibano, deixou pra vida a história do amor.
Valdir, amigo meu de tantos anos, provou que viver é amar. Ele, como Bule Bule, frequentavam a minha casa com o carinho que o amor nos dá.
Viva Valdir e o Bule Bule, alí na Bahia está a nos ver.





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