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sexta-feira, 3 de abril de 2020

QUARENTENA COM ARTE

Ellis Marsalis, pianista, também compositor como os filhos Branford e Wynton, morreu no começo desta semana vítima da Covid-19, aos 85 anos. Esse cara era um papa do jazz norte-americano, mas morreu.
O novo Coronavírus está pegando pra capar mundo e meio.
Há poucos dias a Covid-19 levou pra outro plano os regentes brasileiros Naomi Munakata e Martinho Lutero, ela da Osesp e ele do Coral Luther King.
Eu conheci o Lutero. Ele participou comigo inclusive do programa Tão Brasil, que durante uns dois anos apresentei na AllTV.
Ellis Marsalis não conheci, mas seu filho Wynton sim.
Já andei falando sobre Wynton. Depois de saber o que eu fazia entorno da cultura popular, ele disse: "Se você fosse norte-americano, você teria todas as condições para realizar seus trabalhos de pesquisa". Leia: http://assisangelo.blogspot.com/2014/08/o-dia-em-que-morri-de-vergonha.html
Na verdade, não era sobre essas figuras que eu ia falar. Estão, porém, no contexto.
Com o desaparecimento do pai de Wynton é certo que o mundo do jazz ficou de luto.
Tempos da Covid-19 é o que ora vivemos.
As ruas do mundo estão praticamente vazias, incluídas as do Brasil.
Como é que as pessoas estão vivendo essa nova fase?
Eu, da safra de 1952, estou praticamente acostumado com quarentenas. Explico a chatice cômoda ou mais ou menos cômoda: meia dúzia de pessoas sabe que há uns sete anos ando cego dos olhos...
Pois bem, nestes tempos forçados de quarentena é certo que muita gente está no limite. Homem e mulher, sem falar nos filhos que devem ter. Viver a dois já é uma barra, a três, a quatro, a cinco, a seis, o que dizer?
A tempestade que o mundo vive, não é tempestade, é pra lá tsunami.
O que virá depois desse tsunami?
O francês Júlio Verne (1828-1905) antecipou na sua literatura ficcional-científica muitas coisas que hoje vivemos.
A Internet, essa caixinha incrível de fazer doido, continuará como ponto de partida para tudo que virá.
Através da Internet a home office se firmará definitivamente na vida cotidiana. E esse é o ponto.
Ouso dizer que as pessoas começam a conhecer, de fato, a Internet nestes tempos bicudos de Coronavírus/Covid-19.
A Internet propiciará a abertura de um novo mundo. Nesse mundo se acha tudo que se possa imaginar. A partir daí o trabalho e o divertimento caminharão, mais do que nunca, juntos como siameses.
Do limão, diz o dito popular, far-se-a boa limonada. Nessa limonada incluem-se dança, música, aulas de tudo que se queira.
A propósito meu amigo, minha amiga, o que é que você está fazendo nestes tempos bicudos de quarentena?
A Internet propiciará tudo que se possa imaginar...
Eu, se fosse você, estaria aguçando a curiosidade para saber o que há de melhor nessa maquininha doida chamada Internet. Procure, procure.
Procurando acha, como diz o dito popular. E procurando é possível achar pessoas e coisas incríveis. Direto no assunto: procure pessoas do mundo das artes para com elas alargar seus conhecimentos.
Você já pensou aprender com Vital Farias, Osvaldinho da Cuíca, Oswaldinho do Acordeon, Elba Ramalho, Jackson Antunes, Teo Azevedo, Jorge Ribbas, Rômulo Nóbrega, Júlio Medaglia, Carlos Sílvio, esse caras. Caras que têm muito o que dizer. Está tudo na Internet, como a cantora e professora de música Mirianês Zabot, que durante essa quarentena está dando aulas online.
Mirianês Zabot é uma das mais completas artistas da música brasileira, digo o obvio, embora o obvio não se deva dizer. Acessem: www.mirianeszabot.com.br
Não conheci Ellis Marsalis, repito. Seu filho Wynton sim.
Com isso quero dizer mais uma obviedade: a arte, quando é verdadeira, é universal.
Viva a arte! Ah sim! Sobre Júlio Verne voltarei a dizer algumas palavras.


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