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sábado, 13 de junho de 2020

É TEMPO DE FESTA JUNINA (1)



São João está chegando; antes dele, Santo Antônio.
Os festejos juninos datam da Antiguidade, isto é, de antes de Cristo.
No começo de tudo, junho era o mês em que os pagãos enchiam a cara, dançavam, faziam estripulias. A razão disso era a chegada do verão. Esperançoso e pululante, o povão apostava na fertilidade da terra e de tudo mais de bom que lhe viesse.
Incomodada com isso, a santíssima Igreja Católica pôs as unhinhas pra fora e deu um basta. Doravante, já d.C., junho seria também comemorado pelos cristãos. As festas juninas passaram, então, ao calendário católico.
Os festejos aos três Santos (Antônio, João e Pedro) chegaram ao Brasil com a família real e súditos.
Integrante dos festejos, a quadrilha deu um colorido à parte.
A fogueira já existia, desde os pagãos da Antiguidade.
Os fogos de artifício vieram da China, como colaboração pagã.
A culinária, esta muito especial, foi em boa parte extraída do hábito alimentar dos índios.
E depois enriquecida com ingredientes de outros brasileiros. E a música? A música que passou a animar os festejos veio (vejam só!) da França e de mais alguns países da Europa. Estou falando de valsa, polca...
E aí, muito tempo depois, veio o bom baiano Assis Valente (1911-1958), compondo pérolas que se eternizaram na voz de Carmem e Aurora Miranda, e de Chico Alves, que passaria à História como “o rei da voz”.
Quem criou a marchinha junina foi o baiano Valente.
Dada a “deixa”, entrou em cena o pernambucano Luiz Gonzaga (1912-1989). Gonzaga, depois de estilizar o baião, estilizou a marchinha junina.
Essa história de festas juninas eu conto no programa Raízes do Brasil, que seria inaugurado no dia 23 de junho 2019 na rádio Cultura AM/FM, de São Paulo. Quer ouvir? Clique:


O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) tem farto material sobre festas juninas, entre discos, livros e partituras.

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