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quarta-feira, 14 de outubro de 2020

CULTURA POPULAR TEM VEZ AQUI

 

 Neste fim de tarde acabo de receber uma notícia que muito me agradou: o Blog do Assis Angelo ultrapassou a casa dos 500 mil acessos.

A notícia quem me deu foi a colaboradora ativa do nosso Instituto Memória Brasil, IMB, Anna da Hora.
O primeiro texto para este blog tratou da cantora e atriz Vanja Orico (1931-2015). Leia: DIA DA MENTIRA
Dados a mim passados por Anna apontam que 48% de todos os acessos são provenientes desse nosso Brasilzão-de-meu-Deus-do-céu. O segundo país a nos acessar são os EUA, com 24%. O terceiro, Alemanha com 8%.
Segundo o IBGE, há cerca de 500 mil brasileiros morando e trabalhando no Exterior.
Os cinco textos mais acessados são:

MORREU A AUTORA DE LAMPIÃO DE GÁS
JOÃO SILVA, ADEUS!
POESIA POPULAR, CORDEL E REPENTE
E O BELCHIOR, PIROU?
ANA BERNARDO, INTÉRPRETE DE PAULO VANZOLINI

Tenho uma amiga querida e sensível, pra lá de brincalhona que foi não foi diz que "no blog do Assis tem tudo quanto é assunto. Tudo mesmo!"
Procuro aqui colocar minhas impressões a respeito da rua onde moro e do país, onde vivo. E do mundo também. Simples, né?
O poeta português Fernando Pessoa (1888-1935) que deu vida a mais de uma centena de personagens, falava com toda propriedade possível: "Se queres ser universal começa por pintar a tua aldeia".
Pois é, a universalidade está em nós.

SOMOS TODOS IGUAIS. IGUAIS?

Ouço no rádio e TV propaganda política paga em que uma cantora de samba discorre sobre o branco e o preto. Ela diz que uma entre duas pessoas da mesma profissão é preterida, na maioria das vezes, pela cor negra da pele.
Triste isso.
Dados do IBGE de 2019 indicam que 42,7% da população brasileira são de brancos. Dizem também os números do IBGE que 46,8% são, declaradamente, pardos. Dizem também os números que 9,4% são, igualmente alto declarados, pretos. E, por fim, a mesma pesquisa aponta que 1,1% dos demais brasileiros é formada por amarelos ou índios.
A população brasileira é formada por pouco mais de 200 milhões de pessoas.
A fala da cantora, Leci Brandão, lembra-me a letra da canção Pra Não dizer Que Não Falei de Flores (Vandré). Diz a certa altura: "... Somo todos iguais, braços dados ou não".
O mundo está de pernas pra cima, ardendo em fogo.
Policiais americanos e brasileiros matam gente negra como nunca. Por nada.
É o tal do racismo pegando pra capar.
O homem surgiu há muitos e muitos anos.
O Homo Sapiens, quer dizer homem "sábio", surgiu no leste da África há coisa de 350 mil anos e como tal hoje somos há algo em torno de "só" 50 mil anos. E não aprendemos. Pioramos pelo visto, a todo instante.
O homem americano que manda muito, mas tudo não manda, mente pelos cotovelos prometendo tresandar na história, caso não seja reeleito no próximo 3 de novembro.
No século 19, por aí, levantou-se a hipótese de criar várias raças humanas: branco, preto... O branco seria europeu, o vermelho norte-americano, o preto africano... Somos apenas Homo Sapiens. Agora há o racismo, não é mesmo?
Racista é o sujeito que por ignorância ou conveniência maltrata o semelhante, independentemente da cor.
Agora há pouco um cabra merecedor de peia, ocupante da cadeira de presidente da Fundação Palmares, exibiu toda sua pequinês intelectual para xingar pessoas como Marina Silva. Ela é preta, ele também. O que diferencia um do outro é, porém, a inteligência, ombridade, honradez. Isso tudo ela tem. Ele, não.
Pois é, lá está o Vandré cantando:

CONSTITUIÇÃO

 A nossa Constituição em vigor, de 1988, garante no seu Art. 5º o seguinte:

"Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade..."

MINHA GENTE, CORDEL É COISA SÉRIA!



Informação, educação e entretenimento. 
Esses aí são os objetivos do cordelista ao escrever uma história dita de cordel. E é pra valer. 
A literatura de folheto passou a existir mais ou menos um século depois de o alemão Gutemberg inventar a prensa móvel.
Grandes escritores se utilizaram do folheto para divulgar suas obras em poesia e prosa. Entre esses autores podemos incluir o craque português Gil Vicente (1465 - 1536) e até o nosso brasileiríssimo Olavo Bilac.
Os primeiros folhetos de cordel chegaram ao Brasil nos começos do século XVII. A Donzela Teodora foi um dos primeiros a cair nas mãos de autores que o tempo marcaria como genial, refiro-me aqui, especialmente, ao paraibano Leandro Gomes de Barros. 
Não será exagero dizer que Leandro foi, dentre todos os nossos cordelistas, o maior. Inclusive na quantidade de folhetos por ele escritos e publicados. 
Curiosidade: Bilac nasceu e morreu no mesmo ano que nasceu e morreu Leandro Gomes de Barros.
No início dos anos 2000 idealizei e toquei pra frente dois concursos de literatura de cordel, com o propósito de revelar novos nomes. Para tanto, contei com a compreensão das diretorias do Metrô e da CPTM. Com isso, alcançamos o objetivo. 
Os autores revelados e premiados tiveram seus folhetos inseridos em duas caixinhas especiais (acima). 
Em 2003, publiquei na caixinha do 2º Concurso Paulista de Literatura de Cordel o folheto que intitulei: Uma Breve História do Cordel. Para acessar a leitura desse folheto, clique: 
Se eu gostaria de voltar a promover concursos desse tipo, Claro, por que não?!