Antes disso não custa dizer que a figura de administrador municipal apareceu por essas plagas em 1563, na pessoa de Salvador Pires.
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quinta-feira, 26 de novembro de 2020
A POLÍTICA EM JINGLES
Antes disso não custa dizer que a figura de administrador municipal apareceu por essas plagas em 1563, na pessoa de Salvador Pires.
O BRASIL ESCRITO COM SANGUE NEGRO
Há coisas na vida que não entendo.
Como é que um jogador de futebol consegue, na sua morte, mobilizar o mundo inteiro?
Com todo o respeito...
Mortos e vivos se confundem, entre si.
A fome ainda mata. A miséria é cancro.
Maradona, Pelé.
Pelé é negro e nega a própria cor, por que?
O Brasil de Bolsonaro poderia ser o Brasil dos brasileiros com Ciro Gomes ou Joaquim Barbosa.
Pelé é um ser triste, alegra e mata.
Pelé mata pobres negros pela omissão. O Barbosa, também.
Sim, sim, não falo isso com alegria.
O Exército brasileiro usou de todas as formas negros escravos, nas suas fileiras.
Dói, mas história é história.
A história brasileira continua sendo escrita com o sangue da discriminação, do preconceito, da prepotência, dos horrores da caneta do presidente estranhamente eleito pelas urnas em 2018.
Triste Brasil.
Onde estás tu, Pelé?
Onde estás tu, Joaquim Barbosa?
O vice-presidente do Brasil, general Mourão, diz que não há racismo no meu país Brasil.
Esse generalzinho, que foi lamber botas nos EUA, parece não saber da história sangrenta vivida pelos pobres e negros desse país que tanto amo.
Lugar de general, lugar de militar, é no quartel.
O poeta alagoano Ledo Ivo, na sua sinceridade divina, afirma naquele poema (Pacto ao Cair da Noite):
Está morto o vivo
Que esquece os seus mortos...
MORTES NO COLO DO PRESIDENTE
"Está morto o vivo
que esquece os seus mortos"
De modo imperativo
Provocativo e mordaz
Isso disse o Ledo Ivo
Poeta brasileiro
Alagoano da Capital
Ledo Ivo foi um mestre
Da cultura nacional
Mas do Brasil reclamava
Por ser país tão desigual
Jornalista, advogada, romancista, tradutor e poeta Ledo Ivo nasceu em Maceió, AL, no dia 18 de fevereiro de 1924.
Tempos de guerra em São Paulo.
Guerra tenentista.
Ledo Ivo logo cedo trocou seu torrão pela capital do Brasil, o Rio. Lá desenvolveu o seu intelecto.
Foi um dos mais ativos representantes da poesia parnasiana.
Ivo é da Geração de 45.
Os poetas dessa geração deixaram uma obra primorosa, mas pouco lembradas no dia de hoje.
A poética do alagoano Ledo Ivo nos lembra, de passagem, poetas de inspiração trágica e mórbida como o paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914). Exemplo é Pacto ao Cair da Noite, em que diz: "Está morto o vivo/que esquece os seus mortos".
Bolsonaro era menino de bunda suja quando Ledo Ivo escreveu esse poema. Mas parece que foi hoje, não é mesmo?
O atual presidente do Brasil provoca mortes e esquece seus mortos, que um dia cairão em seu colo. Dele e de Trump.
Foi no dia 13 de novembro de 1986 que Ledo Ivo foi eleito à Academia Brasileira de Letras, ABL.
No dia 7 de março de 1987, Dom Marcos Barbosa saldou o novo imortal, lembrando as preferências culinárias do Ivo. Depois de agradável rodeio, ressaltou:
"...Vossa preocupação é, sobretudo, a palavra, a ponto de lamentardes que os horóscopos tenham tomado nos jornais os espaços outrora ocupados por aqueles que, através do inferno amarelo das polêmicas, encontravam o paraíso da Linguagem. Contudo, os horóscopos não vos metem medo, pois escreveis no 'Pacto ao cair da noite'...".
Foi na Espanha, à véspera do Natal de 2012, que o poeta brasileiro Ledo Ivo se expirou, aos 88 anos de idade.
VICE É PRESIDENTE?
Hummmmmm... O tal do Mourão tem falado pelos cotovelos. Falas de presidente. Basta ver o que ele falou hoje 26 sobre a relação Brasil-China. Hummmmm... Será?