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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

FOLCLORE DA CACHAÇA



O filólogo Antonio Houaiss, autor do dicionário de língua portuguesa que traz o seu nome, era chegado às curiosidades, mistérios e prazeres do álcool. Era fino. Bebia com finesse. 
Houaiss, que também era um craque da gastronomia, chegou a escrever livros a respeito. 
Outro bom cidadão chegado às curiosidade que marcaram Houaiss foi o potiguar Luís da Câmara Cascudo.
Cascudo deixou um livro de leitura obrigatória sobre o tema: Prelúdio da Cachaça (1968). 
Conheci de perto Cascudo e também um de seus seguidores, Mário Souto Maior. 
Maior deixou publicados uns 50 livros, entre os quais o Dicionário Folclórico da Cachaça (1980). 
É enorme o leque de curiosidades entorno da cachaça ou cana, como fala o homem do povo. 
Tem piadas, causos, músicas e tudo mais. E personagens no teatro, na TV, no cinema, em todo o canto. 
Você lembra daquele personagem do Chico Anísio, o João Cana Brava? Estava sempre de porre. 
E do caso do cara que chega a delegacia, sem saber porque lá estava?
Diz que o delegado perguntou ao cidadão por que ele estava ali, se ele se envolvera em algum crime ou confusão de rua. Depois de arrotar uma arroto cana brava, disse o cidadão: 
- Dotô, eu num sei não. 
- Como não sabe?
- Eu estava na rua, um monte de gente de lado, quando a polícia chegou gritando: cana pra todo mundo!
E tem essa também:
Dois bêbados estão na rua praticamente abraçados, cai aqui cai acolá. De repente um dele se abaixa para pegar uma nota de 50 reais que estava dando sopa, perdida. Aí diz o sortudo, ao colega: 
- 50 paus! Vamos comprar 45 de cachaça e 50 de pão. 
- Você é louco? Porque tudo isso de pão?






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