O Brasil tem um presidente que só pensa naquilo: reeleição.
Ouço no rádio notícia dando conta de que quadruplicaram as brigas, desacertos, desamores e tudo mais entre as pessoas de todos os sexos, neste País múltiplo.
Cá em casa, o telefone toca e toca e chego a tempo de atender o seu triiiiiimm. É Fausto, o bom Fausto dizendo que gostou do texto que acabo de publicar no newsletter Jornalistas&Cia. Escrevi sobre o número sete na nossa vida. E conversa vai, conversa vem, Fausto diz que está difícil entender as pessoas. "O Bolsonaro tá mexendo com a cabeça de muita gente, loucamente", diz lembrando que alguns amigos parecem ouvi-lo em grego: "Está todo mundo nervoso, irritado, sem paciência sequer para atender os amigos. Até onde vai isso?", pergunta.
Logo depois do Fausto, liga a querida cantora Celma (da dupla Célia e Celma). "E aí moço, por onde andas que não atendes? Já ligamos várias vezes e nada", diz acrescentando: "Estamos com saudade. Célia manda um abraço e o Severo, também".
Nessa mesma linha, o cantor e compositor Jorge Mello telefona perguntando: "E aí macho, não está mais atendendo o telefone?".
É claro que atendo a todos com todo carinho, com toda beleza, com todo respeito e agradecimento.
É bom falar, é muito bom falar.
Essa maldita pandemia que ainda continua provocando mortes em todos os continentes é, certamente, um dos motivos que tem levado as pessoas a se comportarem de modo, digamos, incivilizado.
Outro dia, achei de ligar a uma amiga em Pernambuco. Pessoa ótima. E com saudade, disse: Estou com saudade. Já liguei várias vezes, mas o triiim foi em vão. Para a minha surpresa, ouvi: "Não gosto de cobrança!".
Eu também não gosto de cobrança, portanto procuro não fazer dívidas.
Essa coisa de cobrança é coisa do Capitalismo.
O Capitalismo é um horror, mas sabemos: é o que há, pois o socialismo, o comunismo, nas suas origens, não deu certo. Tanto que Marx (1818-1883) morreu pobre de dar pena.
Aliás, essa história de Marx me lembrou de uma coisa: Marx teve com sua mulher, Jenny, 7 filhos. Quando um deles morreu, Marx não tinha dinheiro nem pra comprar o caixão.
Mas voltemos, saudade é coisa boa.
Essa história de matar saudade eu sou contra. Ouçamos:
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