Zé Hamilton no Vietnã, pelo traço de Fausto |
O presidente da China, Xi Jinping, abriu o Fórum Econômico Mundial de Davos de 2021, de modo virtual, conclamando o mundo ao combate contra a Covid-19.
O presidente do Brasil omitiu-se.
Em 1964, os Estados Unidos da América decidiram mandar tropas pra lutar contra o Vietnã do Norte.
À época, a guerra no Vietnã envolvia o Norte e o Sul. Era o povo lutando contra o povo.
De um lado comunistas, de outro capitalistas. Os capitalistas eram apoiados pelos EUA e os comunistas, pela China e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS.
A Austrália e a Coreia do Sul apoiaram, a pedidos, os EUA na tentativa de sufocar o comunismo vietnamita representado pelo Vietnã do Norte, cujo general era Ho Chi Minh (1890-1969).
O governo americano, à época Lyndon Johnson (1908-1973), pediu que o governo brasileiro mandasse tropas para o Vietnã. Castelo Branco (1897-1967) negou.
A Guerra do Vietnã, assim chamada, começou em 1959 e terminou em 1975.
Há exatos 47 anos, no dia 27 de janeiro de 1973, o diplomata Henry Kissinger e o representante do Norte vietnamita Le Duc Tho discutiram na França as bases para a libertação de soldados americanos e a retirada total das tropas que apoiavam a parte sul do Vietnã, cujas ações tinham como líder Bão Đai − Ngô Đình Diêm.
O acordo de paz firmado em Paris não surtiu efeito imediato.
Com a retirada das tropas americanas do Vietnã, o Norte partiu com tudo pra cima do Sul.
Em 1976, Ho Chi Minh e seus aliados comemoraram a vitória e implantaram oficialmente o comunismo no país, reunificando-o.
Essa história toda é em parte contada pelo jornalista brasileiro José Hamilton Ribeiro, que esteve lá, pela revista Realidade. Na realidade e no imaginário, retratado pelo chargista Fausto (acima). Perdeu parte de uma perna ao pisar numa mina.
Existem cinco países comunistas, atualmente: China, Coreia do Norte, Vietnã, Laos e Cuba.
E a Rússia, a Venezuela…?
Há diferenças entre o socialismo e o comunismo, mas essa é outra história.
A guerra do Vietnã tem bases na Guerra da Indochina.
Essa história é longa.
Quando terminou a 2ª Guerra Mundial, começou a Guerra da Indochina contra a França.
A essa altura vivia-se uma Guerra Fria, na qual os EUA e a URSS disputavam a primazia de governar o mundo.
A derrota dos americanos no Vietnã foi impulsionada pelos movimentos da contracultura. Isso foi contado e recontado de todas as formas. No teatro, no cinema, nos discos, canções.
Entre os personagens desse movimento estavam artistas como Joan Baez. Joan Baez gravou um clássico da época, assinado por Mauro Lusini e Franco Migliacci. Ouça.
Muitos anos depois de cobrir a tragédia vietnamita, Zé Hamilton retornou ao antigo campo de batalhas. E viu tudo diferente. Novo.
O Brasil integra o BRICS, bloco econômico que reúne países em desenvolvimento: Rússia, Índia, China e África do Sul.
O Brasil, na atual pandemia gerada pelo Novo Coronavírus, tem dependido de Rússia, Índia e China, países fabricantes de vacinas contra a Covid-19. E aí?
O mundo todo continua em guerra, agora contra um inimigo mais invisível do que os vietcongues.
Sobre José Hamilton Ribeiro, escrevi e gravei Poema para um repórter de guerra. Ouça:
O mundo todo continua em guerra, agora contra um inimigo mais invisível do que os vietcongues.
Sobre José Hamilton Ribeiro, escrevi e gravei Poema para um repórter de guerra. Ouça: