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segunda-feira, 3 de maio de 2021

CALA BOCA JÁ MORREU!


Hoje é o dia mundial da Liberdade de Expressão, criado em 1993 pela Unesco. 
De bate pronto, "liberdade de expressão" é um termo que me remete a meus tempos de menino. E lá vai tempo.
Eram tempos leves, de brincadeira.
Numa daquelas "discussões infantis" um menino gritou para uma menina, "Cala boca!". 
A menina encarou o menino com as mãos nos quartos, se balançando provocativa: "Cala boca já morreu!". 
Nunca vou esquecer disso. 
Mas a coisa é muito séria, mesmo. 
Principalmente quando a gente perde a pureza e ingenuidade infantis. 
Os poderosos donos do mundo têm prazer em prender, torturar e matar jornalistas. Isso em todo canto, do mundo árabe à países europeus, em guerra ou não. 
Essa prática de agressão existe desde sempre. Desde tempos imemoriais. 
Os militares bateram e lascaram muitos jornalistas, no Brasil. 
Com ditador não há conversa. 
O caso Vladimir Herzog marcou época. 
Foi em outubro de 1975 que Vlado (1937 - 1975) foi assassinado nas dependências do DOI-Cod, em São Paulo. 
É caso para nunca ser esquecido, para que nunca se repita. 
À propósito, o jornalista alagoano Audálio Dantas, que nos deixou há 3 anos, escreveu um livro de extrema importância para os brasileiros em formação: As Duas Guerras de Vlado Herzog (Capa ao lado).