O carioca José Bispo Clementino dos Santos tinha 95 anos 1 mês e dois dias de vida quando morreu em 2008.
Esse José ganhou fama como Jamelão, um negro forte e de voz belíssima. Era pouco afável. Não costumava dar bola a desconhecidos. Era de riso contido, de pouca graça.
Jamelão começou a aparecer com esse apelido nos programas de calouro, entre os quais Calouros em Desfile. Nesse programa, apresentado pelo mineiro Ary Barroso, surgiram grandes nomes da nossa música popular.
Luiz Gonzaga, o rei do baião, apresentou-se muitas vezes no programa do mineiro Ary.
Profissionalmente, Jamelão começou a gravar músicas nos fins dos anos de 1940. Em 1950, integrou-se ao time de puxadores de samba tradicional Escola Mangueira.
Jamelão detestava ser chamado de "puxador de samba".
Estive várias vezes com Jamelão e insisti, várias vezes, para que ele participasse de programas de rádio que apresentei em São Paulo, entre esses São Paulo Capital Nordeste. Não topou. Fazer o que, hein?
Jamelão, que gostava de tocar tamborim e cavaquinho, emprestou a sua voz a compositores de clássicos como Lupicínio Rodrigues (1914-1974) e Lúcio Cardim (1932-1982).
De Lupicínio Jamelão gravou Nervos de Aço e de Lúcio, Matriz e Filial.
Curiosidade: Jamelão é o nome de uma fruta típica da Índia, cuja a árvore pode chegar a 10 metros de altura.
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