E o palavrão, hein?
Esse tem em todo canto também, como todas as questões relacionadas a sexo.
No começo dos anos de 1970, o pernambucano Mário Souto Maior teve censurado pelo governo militar (1964-1985) o livro Dicionário do Palavrão e Termos Afins.
Além do Brasil, outros países têm livros similares ao que escreveu e publicou Souto Maior. O da Alemanha tem por título Sex im Volksmund. Der obszöne Wortschatz der Deutschen, de Ernest Borneman. Em tradução livre, para o português: Sexo no vernáculo, o vocabulário obsceno dos alemães.
Curiosidade: a maior palavra em português não é palavrão, mas tem 20 sílabas e 46 letras. PNEUMOULTRAMICROSCOPICOSSILICOVULCANOCONIÓTICO, PORRA!
O menor palavrão na língua portuguesa é cu, que curiosamente na tabela periódica corresponde ao elemento Cobre. Pois, pois.
Pelo menos por estas plagas ocidentais, latinas e tal, passou batida a informação de que a “operação” mortífera acionada por Putin contra a Ucrânia começou com um palavrão, seguido de uma bela estirada de dedo: “Vai se foder!”.
O palavrão saiu da boca de um soldado ucraniano depois que os russos ordenaram a rendição, no dia 24 de fevereiro de 2022.
O palavrão, “vai se fuder”, virou um desabafo do povo ucraniano estampado em camisetas, bandeirolas, souvenirs e outdoors.
Não custa lembrar que o verbo “foder” é conjugado em todo canto, em todas as línguas. Até o escritor colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014), num dos seus livros, Cem Anos de Solidão, põe um personagem, acho que Alfonso, pra dizer: “O mundo terá acabado de se foder no dia em que os homens viajarem de primeira classe e a literatura no vagão de carga”.
No famoso livro de Gabo há guerras, brigas, violências de todo tipo; muito sexo, muita puta, bordéis a dar com pau, muitas palavrinhas como “merda” e palavrões aqui e acolá. E até broxa.
É um livro e tanto Cem Anos de Solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário