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terça-feira, 6 de junho de 2023

ASTRUD GILBERTO MORRE NOS EUA

A soteropolitana Astrud Gilberto, de batismo Astrud Evangelina Weinert despediu-se do mundo ontem 5 na Filadélfia, EUA, onde morava desde 1959. Sofria do coração. Deixou dois filhos, um deles, Marcelo, fruto da união com o cantor e compositor João Gilberto. Astrud e João ficaram casados durante cinco anos, de 59 a 64.
A carreira artística de Astrud começou nos Estados Unidos em 1963. Mais precisamente no dia 18 de março, dias antes de ser desencadeado o golpe que levou ao poder no Brasil os generais. Astrud foi a primeira cantora a gravar o samba balanceado chamado de bossa nova, Garota de Ipanema. Essa música, gravada em inglês, levou às paradas o LP Getz/Gilberto. Quer dizer, a soteropolitana Astrud morreu no ano que completou seis décadas de sua estreia em disco. Muitos compositores brasileiros tiveram obras gravadas por ela. Entre essas Aruanda de Geraldo Vandré e Carlos Lyra; e Beach Samba, de Pery Ribeiro e Geraldo Cunha. Curiosidade: Pery foi o primeiro cantor a gravar Garota de Ipanema, num disco de 78rpm.
Detalhe lamentável: o nome de Astrud foi omitido do LP Getz/Gilberto e pela gravação ela recebeu míseros 120 dólares e menos de um ano depois o maridão cantor, papa da Bossa, a trocaria por uma das irmãs do Chico, Miúcha, com as mãos abanando e uma criança para criar.
Astrud Gilberto morreu no fim da noite de segunda-feira.
Ouça Astrud cantando Aruanda:



VANDRÉ

Geraldo Vandré compôs duas músicas com Carlos Lyra, Aruanda e Quem Quiser Encontrar o Amor. Aruanda é a primeira faixa do lado B do LP The Best of Astrud Gilberto (nas minhas mãos, foto acima). Ontem 5 estivemos numa prosa, cá em casa. Papo bom, solto, amigo. Minha filha Clarissa registrou o momento (ao lado).

AUDÁLIO DANTAS: DE FATO UM GRANDE TROFÉU!

Audálio e Assis, no Metrô-SP
Indignação, Coragem, Esperança.
Esse é o triplé mágico e necessário de identificação do cidadão nacional. Faz parte do troféu Audálio Dantas, de reconhecimento dos profissionais do jornalismo.
Pela 4ª vez o troféu Audálio Dantas é entregue a jornalistas que têm marcado a vida brasileira. Os agraciados deste ano são Rene Silva, Juliana Dal Piva, Bruno Paes Manso, Leonardo Sakamoto, Gregório Duvivier e Valmir Salaro.
Desses nomes aqui citados, lembro que trabalhei na folha com Valmir Salaro.
Grande Valmir!
Eu e Valmir Salaro fazíamos parte de uma equipe de profissionais que cobriam, principalmente, o setor policial da já referida Folha.
Muitas histórias.
O alagoano Audálio Dantas foi um querido amigo. Foi não, é. Os grandes não morrem, desaparecem derrepentemente.
Jornalismo é fundamental para a manutenção da democracia de qualquer país.
O troféu Audálio Dantas nasceu por iniciativa do querido Serjão, da OBORÉ, que baseou-se em ideia como sempre original da também querida Laerte.
Com Laerte tive também o privilégio de trabalhar, na Folha.
Viva a Liberdade!
Todos nós estamos convidados a comparecer logo mais, às 19h, na Câmara Municipal de São Paulo onde o troféu será entregue aos colegas acima citados. Aí está o convite: