Assis e Carmélia |
Dizem que já tem até português perdendo sotaque e falando tal e qual brasileiros. O causador disso pode ter sido ou deve estar sendo o youtuber Lucas Netto, um garotão produtor de conteúdos infantis na Internet. Ai, ai. Mas essa é outra história.
A notícia do rádio dava conta de que pelo menos 30% dos imigrantes residentes em Portugal são de origem brasileira. Dados do ano passado 2022.
Ainda escutei o repórter dizendo que brasileiros morando fora do Brasil chegam ao expressivo número de 4,5 milhões. Os EUA encabeçam a lista dos países que mais acolhem brasileiros: 2 milhões e tarara.
Incluindo Portugal, se acha nos países europeus algo entorno de 1,5 milhão de brazucas.
Ainda segundo o repórter, os brazucas deixam o país de origem em busca de vida melhor.
Essa notícia me fez lembrar a cantora Carmélia Alves, cujo centenário de nascimento ocorreu no último 14 de fevereiro. Muitas vezes ela me disse que seu desejo maior era trocar o Brasil por Portugal, terra que sempre a viu com bons olhos e a recebia com pompas e tudo mais nos teatros em que se apresentava. Dizia: "Ainda vou achar um velho rico e com ele vou morar em Portugal, terra querida".
Pois é, não deu.
Carmélia vivia praticamente esquecida no Retiro dos Artistas no Rio. Morreu no dia 3 de novembro de 2012 no Hospital das Clínicas, em Jacarepaguá, RJ. Não deixou filhos nem herdeiros.
Triste e melancólico fim teve nossa Rainha do Baião.
Em 2016, Dimas Oliveira Jr. dirigiu o curta-metragem Carmélia Alves - A Rainha do Baião. Dê uma espiadinha, não custa: