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quinta-feira, 18 de abril de 2024

LER É PRECISO. SEMPRE!

Embora carregue comigo cara e gestos de adulto metido a besta, confesso-me criança desde que aprendi a andar com os próprios pés e a falar coisas deste mundo vão. 

Sou, como alguns devem saber, da safra de 52 do século passado. O berço, de origem simples, teve por nome Paraíba. 

Profissionalmente entrei para o jornalismo. Li e continuo lendo muito.  Só que de modo diferente, como fazem aqueles que perderam a graça de ler com os olhos. 

Nos tempos de criança eu fortaleci a alma ouvindo histórias de Trancoso contadas por minha santa avó Alcina.

Vim a tomar conhecimento da existência dos irmãos Grimm ali pela virada dos 50...

Os irmãos Grimm eram dois, Jacob e Wilhelm, que bem cedo passaram a gostar das lorotas infantis, ou quase infantis, que ouviam dos mais velhos.

São muitas as histórias que os Grimm escreveram pensando nas crianças. 

Depois dos irmãos Grimm, outros autores vieram à tona trazendo histórias e personagens encantados. Uma beleza!

E no Brasil, hein?

Figueiredo Pimental foi um cara nascido nas cercanias da capital carioca, em 1869. Foi jornalista, poeta e romancista que acabaria seguindo a carreira diplomática. Foi uma figura e tanto.

Pimental publicou muitas coisas nos jornais do Rio. 

Ao mesmo tempo que escrevia pra jornais, Figueiredo Pimentel arregaçava as mangas e se divertia escrevendo histórias de amor, sexo e, grosso modo, muita putaria para adultos. Era da linha naturalista como Aluísio Azevedo e Adolfo Caminha. 

Depois de Pimentel deu o ar da graça o paulista de Taubaté Monteiro Lobato. 

Lobato entrou para a história como o pai da literatura infanto-juvenil. 

A obra de Lobato é enorme, a partir do seu Sítio do Pica-pau Amarelo.

Ao contrário de Pimentel, Lobato não escreveu livro de safadeza.

A propósito, hoje é o Dia Nacional do Livro Infantil. 


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