A morte de Alcestis, de Jean-François-Pierre Peyron |
A Friné citada por Masoch, fez-me lembrar a personagem Alceste que dá título à peça do antigo autor grego Eurípides. É história encantadora. Enigmática. Um trecho:
…Alceste não é uma tragédia, como diziam ser — acho que é uma obra obscura porque é uma história doméstica mais íntima, e justamente por isso gostei tanto. A montagem se passava nos dias atuais, numa casinha no subúrbio de Atenas. E gostei do escopo que deram à peça. Uma tragédia íntima e realista. O protagonista está condenado à morte, e sua mulher, Alceste, quer salvá-lo. A atriz que interpretava Alceste parecia uma estátua grega, com um rosto magnífico; eu ficava pensando em pintá-la. Pensei em pegar informações sobre ela e fazer contato com o agente. Quase comentei isso com Jean-Felix, mas me contive. Não quero mais envolvê-lo na minha vida, seja lá para o que for. No fim, eu estava com lágrimas nos olhos. Alceste morre e renasce. Literalmente volta do além…
(Parte do diário da personagem Alicia Berenson, constante no livro A Paciente Silenciosa, escrito pelo norte-americano Alex Michaelides)
Leopold Masoch publicou no total 34 livros, incluindo A Vênus das Peles.
Foto e ilustrações por Flor Maria e Anna da Hora.
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