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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

ADEUS A ARTHUR MOREIRA LIMA





O pianista carioca Arthur Moreira Lima nos deixou ontem 30 à noite, aos 84 anos, três meses e quatro dias (1940-2024).

Arthur, que conheci de perto deixou uma obra monumental. Cerca de 60 discos formam a sua discografia. Era o erudito mais popular do Brasil, na minha modesta apreciação. 

Arthur Moreira Lima afeiçou-se ao piano ainda nos seus tempos de infância. Tinha, apenas, uns 6 anos quando começou a domar as teclas. Cresceu e correu mundo: Moscou, Viena, Paris,  Roma...

Gravou discos com Elomar Figueira Mello, Heraldo do Monte, Nelson Gonçalves... Antes disso, em 1975, gravou um LP duplo com joias de Ernesto Nazareth e tal. 

Na extinta TV Manchete Arthur apresentou um programa que juntava artistas populares como Moreira da Silva, João Nogueira, Milton Nascimento e tantos mais.

Claro que o encantamento de Arthur nos deixa cheios de tristeza. 

A última vez em que ele e eu nos encontramos foi  num teatro que existia ou existe ainda na frente do Teatro Bandeirantes, ali na Brigadeiro cá em Sampa. Juntos estávamos com Luiz Vieira e Carmen Costa. Lembro disso como se fosse hoje.

No mais a vida segue, né mesmo?


quarta-feira, 30 de outubro de 2024

ESCRITORES POLÍTICOS DO BRASIL (3)

Luís da Câmara Cascudo exerceu em vida um monte de profissões. Foi jornalista, crítico literário, estudioso da cultura popular, poeta, advogado, professor...

Fora isso, dominava pelo menos meia dúzia de idiomas: francês, inglês, espanhol...

Entre um livro e outro, Cascudo nos legou cerca de 150 títulos. O primeiro desses títulos, Alma Patrícia foi publicado em 1921.

Em 1930 disputou cargo político na terra onde nasceu, Natal, RN e acabou por eleger-se deputado. 

A carreira de deputado de Câmara Cascudo durou apenas três dias. 

Melhor sorte teve o escritor cearense Gustavo Barroso (1888-1959), que exerceu o cargo de deputado federal entre 1915 e 1917.

A história conta que Gustavo Barroso defendeu como pôde, na Câmara, os flagelados da seca de 15. Essa seca seria temática do primeiro livro da escritora Rachel de Queiroz. 

Consta também que nos Anais da história que Barroso assumiu e defendeu a luta dos indígenas por seus direitos. 

Pois é.

Em 1922, o presidente paraibano Epitácio Pessoa criou o Museu Histórico Nacional e nomeou o cearense como seu primeiro diretor. No cargo ficou até 1930, quando Vargas o demitiu.

Um dos principais livros de Câmara Cascudo é o Dicionário do Folclore Brasileiro, em dois volumes, impresso e lançado pela gráfica do Senado em 1952.

O fato de Cascudo ter exercido por apenas três dias o cargo de ddeputado deveu-se à decisão de Vargas em fechar as Assembleias Legislativas de todo o Brasil. Não teve tempo pra fazer nada. Segundo ele, "Não pude salvar o Brasil, mas também não me perdi".

ASSASSINOS DE MARIELLE ESTÃO SENDO JULGADOS


Os assassinos confessos da socióloga e vereadora carioca Marielle Franco, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, estão sendo julgados no Rio de Janeiro desde as 9h da manhã de hoje 30. 
O caso provocou polêmica no Brasil e em vários outros países.
Marielle era uma pedra no sapato dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, que deverão ser julgados paralelamente no Supremo Tribunal Federal, STF.
O julgamento dos mandantes é previsto para ainda este ano de 2024.
No dia seguinte ao assassinato da vereadora, escrevi o texto abaixo postado neste Blog. Leia: MARIELLE MORRE NO DIA DA MORTE DE ISMAEL


terça-feira, 29 de outubro de 2024

VIVA NELSON CAVAQUINHO!

Eu tinha um amigo chamado José Ramos Tinhorão (1928-2021). Esse Zé, de uma inteligência analítica fora do comum, via na vida brasileira o fazer da arte popular. 

Esse Zé era jornalista e cheio de onda. Provocava.

Eram poucas as pessoas que ele admirava trocando ideias. 

Esse Zé levava porrada de tudo quanto era artista da música popular. 

Uma vez eu disse pra ele, Zé, que na nossa música popular há e sempre haverá grandes e anônimos artistas perdidos nas esquinas da vida. 

E aí eu disse que gostava muito de um cabra chamado Nelson Cavaquinho.

Foi de repente, que vi pela primeira vez uma pessoa arregalando os olhos pra mim. Surpresa. 

Pois é, essa surpresa era Zé: José Ramos Tinhorão. 

Tinhorão era um cara completamente apaixonado por Nelson Cavaquinho. 

Eu disse com-ple-ta-men-te...

Por que estou falando disso agora?

É que Magrão, um queridíssimo amigo telefonou perguntando se eu gostava do Nelson Cavaquinho. 

Pois é, eu conheci de perto Nelson Cavaquinho. Bebemos juntos um conhaquinho e um uisquinho. De lado, ao nosso lado, meu querido Fernando Coelho. 

O resto é história. 

Nelson nasceu no dia 29 de outubro de 1911.

Um dos grandes amigos do Nelson foi Cartola, que nasceu no dia 11 de outubro de 1908.

Em 1908 partiu para a eternidade o grande Machado de Assis. 

ESCRITORES POLÍTICOS DO BRASIL(2)

É à boca larga que se sabe da importância do cidadão alagoano Graciliano Ramos, tanto como cidadão ou profissional da literatura e da política. 

O bom alagoano, antes de se dedicar completamente à literatura, topou ser uma espécie de secretário da Educação do município de Palmeira dos Índios. Daí foi um passo para assumir o cargo de prefeito daquele município. Foi candidato único. 

Já como prefeito em 1928, Graciliano escreveu em relatório oficial que a Prefeitura estava, financeiramente, quebrada. E lá pras tantas disse que peso grande tinha o município com a empresa fornecedora de energia elétrica. Embora importante a claridade fornecida pela empresa, "o contrato foi feito às escuras".

Claro que ele se referia às safadezas cometidas pelos empresários contra o bem público. Isso tem até hoje como claramente se sabe. Não é à toa que esse tipo de safadeza continua perene...

São Paulo e parte do Brasil continuam, aqui e acolá, às escuras...

Graciliano Ramos era sucinto em tudo que falava ou escrevia. E cheio de graça, pois.

Depois de o escritor José de Alencar assumir cargos politicamente eletivos no Império, foi a vez de o maranhense Viriato Correia também virar deputado. 

Viriato nasceu em 1884 e morreu em 1967. Foi poeta, romancista, contista e autor de pelo menos uma trintena de peças teatrais. 

O primeiro livro de Viriato foi um livro de contos lançado em 1903. Título: Minaretes.

Minarete é palavra originária do mundo árabe que tem a ver com farol. 

Há muito o que dizer sobre escritores brasileiros que viraram políticos. 

Meu amigo, minha amiga, você já ouviu falar do potiguar Luís da Câmara Cascudo?

Bom, foi meu amigo. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

ESCRITORES POLÍTICOS DO BRASIL (1)

Pois é, o nosso Guilherme Boulos, PSOL, teve menos votos ontem 27 do que o vice de Bruno que virou prefeito e como tal concorreu à última eleição tendo uns dezoito por cento a mais do que o seu concorrente. 

Que fique claro: quem votou no Boulos não perdeu, ganhou. 

Boulos mostrou firmeza, clareza e dignidade ao apresentar aos eleitores de Sampa o seu programa de governo. 

Ganhamos, Boulos e a democracia. 

Nada melhor do que um dia atrás do outro...

Ontem domingo 27 marcou o 140° aniversário de nascimento do escritor e ex-prefeito do município alagoano de Palmeira dos Índios Graciliano Ramos (1884-1953).

Graciliano, que prefeiturou Palmeira dos Índios entre 1928-1930, deixou saudade. 

E como escritor, aquele ex-prefeito legou à literatura brasileira uma obra muito bonita, muito forte, entremeada de lirismo, sonho e realidade.

Graciliano Ramos foi eleito no dia 7 de outubro de 1927.

Pois, pois. Não são muitos, mas também não são poucos os escritores brasileiros que viraram políticos. Com cargos eletivos, inclusive. 

O primeiro escritor brasileiro que virou político com cargo eletivo foi o cearense José de Alencar (1829-1877). 

Alencar foi deputado várias vezes e só não virou senador porque o imperador Pedro II não deixou. Ele o detestava. 

O primeiro livro de José de Alencar foi Cinco Minutos. 

Pois bem, o segundo escritor brasileiro que virou político foi o fluminense Joaquim Manuel de Macedo, autor do romance A Moreninha (1844).

A Moreninha é considerado por muita gente como o primeiro romance brasileiro. 

O Filho do Pescador de Teixeira e Souza, embora tenha sido publicado um ano antes de A Moreninha, é considerado por uns e outros como o primeiro ou segundo romance tupiniquim.

Os críticos de Souza consideravam ou ainda consideram um livro cujo enredo não pode ser classificado de romance. 

Bom, eu li os dois e pra mim os dois são romances. E bons.

Por enquanto chega, né?

O ex-prefeito de Palmeira dos Índios renunciou ao cargo no dia 10 de abril de 1930. E sabe por que?

Graciliano pegou a prefeitura de Palmeira dos Índios endividada até onde não dava mais. Foi contra amigos, conhecidos e poderosos. E como começou a escrever em 1925, trocou o cargo político pela carreira de escritor admirável que se tornou. 

O primeiro livro do alagoano de Quebrangulo Graciliano Ramos, Caetés, foi publicado em 1933.

domingo, 27 de outubro de 2024

CERTO É O VOTO EM BOULOS 50

Logo cedo tomei banho, tomei café, troquei de roupa, nos pés coloquei sapatos novos e saí todo ancho em direção à zona eleitoral onde estou inscrito. Fica perto de onde moro, cá no Campos Elísios. 

Claro que saí todo perfumado, pois enfim este 27 de outubro é especialíssimo. 

Bom fui, votei e voltei para o meu doce lar feliz feito um pássaro singrando o céu de brigadeiro. 

Claro que votei pela mudança, por melhores dias, pelo melhor candidato da prefeitura de Sampa: Guilherme Boulos 50.

Não tenho dúvidas de que o programa de Boulos é o melhor para o município de São Paulo. 

Boulos está escudado por Martha Suplicy e uma equipe de grandes profissionais em todas as áreas. 

Pois, pois: é Boulos 50 na cabeça!

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (142)

No comportamento homem/mulher somos todos desiguais. 

Essa história de desigualdade se acha no real e na fantasia, desde todos os tempos.

E as histórias como essa se multiplicam em línguas as mais diversas. Até porque o coração é igual em qualquer peito.

Tudo indica que nascemos para não nos salvar.

No conto O Burguês e o Crime, o seu autor Heitor Cony,  conta a história de um sujeito que trama praticar um crime perfeito. Mata a mulher e o amante e do amante da mulher ele herda empresas. Fica rico, sem problemas aparentes. As vítimas do burguês sucumbem envenenadas.

Fantasia ou real?

Pois é, assim simples: alguém flagra alguém…

O adultério entre homens e mulheres é uma realidade em todo o canto.

Lygia Fagundes Telles no conto O Moço do Saxofone fala de um saxofonista que mora numa pensão em quarto separado da mulher. Ela o trai o tempo todo com homens de todo tipo. Lá pras tantas aparece um caminhoneiro…

Grande Lygia!

Essa história de adultério é tão nova quanto o pensar de ontem.

E tudo é tão simples: um homem gosta de uma mulher e uma mulher gosta de um homem. 

Pelo sinal da cruz, representando a Igreja Católica, o homem e a mulher viverão para sempre… Até que a morte… 

Porém, sempre há um porém: o homem, em determinado momento, cansa da mulher e a ela nada diz. O mesmo pode acontecer com ela. E aí temos o adultério de um lado e outro.


Foto e Ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora

sábado, 26 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (141)

O assunto é interessante.

Essa coisa de submissão vem de longe, de muito longe. Não foram poucos os poetas e romancistas que tomaram isso como tema para suas histórias.

Lá atrás, bem atrás, Dostoiévski também não resistiu a pegar e desenvolver essa temática.

O personagem que o grande escritor russo desenvolve no conto ou sei lá o quê A Submissa, de 1876, é jovem, loira, magrinha. Idade: 16 anos. E ele, o personagem masculino: 41. Não demora, a menina e o homem tornam-se praticamente um só. 

Um dia, o fulano chega em casa e depara-se com uma atabalhoada e chocante cena: sua amada suicidara-se.

A história segue com o narrador, em 1ª pessoa, procurando entender o comportamento feminino. Ele: “...Eu sabia que uma mulher, ainda por cima de dezesseis anos, não podia evitar tornar-se absolutamente submissa ao homem. Nas mulheres não há originalidade, é um axioma, mesmo hoje, para mim, isto é um axioma! O que importa que esteja agora na sala, em cima da mesa?...”.

Submissão, mais das vezes, pode ser classificada como masoquismo. Assim, simplesmente.

Como se vê, nem Dostoiévski deixou de criar personagens machistas, preconceituosos.

Outro dia ouvi um livro sobre mulher e homem.

Esse livro a que me refiro tem como título O Profano Feminino, de um cara intelectualmente inclassificável chamado Nessahan Alita. É doido, completamente fora da cidadania.

No livro O Profano Feminino, Alita chega ao ponto de escrever o seguinte: “... Escondem que as deliciosas fêmeas desenvolveram sofisticadas artimanhas para nos burlarem e não nos entregarem seus tesouros (o sexo, o carinho e o amor). Na verdade, o que se passa é exatamente o oposto do que pregam esse(a)s idiotas: as fêmeas é que são indiferentes e não gostam muito de homens enquanto nós, os machos, as desejamos, queremos e amamos desesperadamente…”.

Inacreditável, não é mesmo?

No livro O Homem Domado, no original alemão Der Dressierte Mann, de Esther Villar, lê-se muita coisa curiosa a respeito do homem. Esse livro, lançado em 1971, tem como conteúdo narrativo uma história diferente da história contada pelo inescrupuloso Alita. 

Lamentável tudo que se lê de pessoas masculinas que detestam as figuras femininas, mulheres…

Esther diz, lá pras tantas: “Os homens foram treinados e condicionados pelas mulheres, assim como Pavlov condicionou seus cães, para se transformarem em seus escravos. Como compensação por seus trabalhos, podem usar periodicamente suas vaginas”.

Esther Villar é o pseudônimo da argentina Esther Margareta Katzen.

Não há perfeição no homem nem na mulher. 

Homem mente, mulher mente.

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

BOULOS PREFEITO!

Parece incrível, mas incrível não é.

Impressionante o papo interrogativo que teve PM com Guilherme Boulos, agora há pouco nas tais redes.

Tudo começou com alta civilidade. 

Pergunta, pergunta, pergunta... O entrevistador PM perguntando sem rodeios coisas sobre o seu entrevistado: Guilherme Boulos 50.

E a coisa foi, foi e foi seguindo de forma aparentemente de modo impressionante.

O entrevistador PM surpreendeu pela naturalidade como conduziu a conversa com seu adversário político. 

PM perguntou sobre tudo e mais alguma coisa. 

Perguntou PM a Boulos sobre o que achava a respeito de Bolsonaro, Collor, Cristo...

A todas as perguntas feitas por PM a Boulos houve resposta.

O que aconteceu hoje no papo entre Boulos e PM é histórico, não tenho dúvida.

E aí, cá comigo, fico pensando se Bolsonaro tivesse dez ou quinze por cento da massa encefálica de Marçal. Hummm... Estaríamos a essa altura totalmente afunhenhados.

Bolsonaro é fascista de primeira hora e seus seguidores, canalhas e politicamente alienados.

Pois é, é preciso que os contrários se entendam. 

Pessoalmente, achei muito importante a direita conversar com a esquerda. 

Conversar é sempre necessário em todas as situações. 

Um ponto para PM.

Viva a civilidade!

Logo mais às 22h tem debate na TV Globo. Lá estarão talvez um tal de Nunes e com certeza o futuro prefeito de São Paulo Guilherme Boulos.

CABO ELEITORAL 

O papo hoje entre PM e Boulos foi muito curioso. Absolutamente curioso. Por fim e tudo mais PM virou com naturalidade cabo eleitoral de Boulos. Nesse ponto, aqui dizendo, foi incrível. 

PM ficou falando durante 15, 20 minutos, sobre as qualidades de Boulos. Disse que Boulos está totalmente preparado para assumir a Prefeitura. Hummm...

PM, com seus 36 de idade, está se revelando um grande estrategista. E previu que nos próximos 30 anos ele e Boulos serão os grandes nomes da política nacional. 

E ainda dizem que o cego sou eu...


BOULOS 50 NA CABEÇA DO CÃO

É agora já, nesse entrante das horas em pino, que o sagaz e destemido Guilherme Boulos encara cara a cara o sujeito dos infernos cujo nome nem sei direito pronunciar. Sei que começa com P de polícia e segue com M de militar. Acho que foi isso que  alguém me disse. 

Ouço por aí, em tudo quanto é rádio e TV, que Boulos fez mal negócio ao aceitar convite para "entrevista de emprego" com PM. 

O que acho disso?

Riobaldo, de Guimarães Rosa, diz pra cá e pra lá entre páginas tantas, que "a vida é muito perigosa". 

A frase aí é dita com variações. 

E se a vida é difícil é difícil porque é. E assim por ser como é, bem fez Boulos candidato já quase prefeito ao aceitar o convite movediço feito pelo tal PM.

A vida por si só é um desafio, né não?

Nas páginas de Grande Sertão, Riobaldo devaneia ou filosofa lá pras tantas dizendo mais ou menos: " estar em vida é estar em curso, como um rio...".

Pois, pois: eu faria o mesmo, pois covarde nunca fui. E nem serei.

Quando eu era meninote lá nas bandas da minha Paraíba eu ouvia gente grande, valente, dizer que não tinha medo de cara feia. E de cara feia não tenho medo!

Uma variante de frase, que lá atrás eu ouvia, tinha o prumo e a graça de se dizer assim: "se eu tivesse medo de cara feia eu não ia na feira de bode".

E né não, tem coisa mais feia do que cara de bode?

Aliás, até pode ter: a cara do Bute.

Bom, pessoal, vamos localizar por aí nas tais redes a categoria como Guilherme Boulos vai desancar esse Coiso PM.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

PAULISTAS E PRESTES EM GUERRA: 100 ANOS

Neste 2024 completam-se 100 anos da chamada Guerra de 24, ou Revolução de 24.
Foi no dia 5 de julho de 1924 que estourou em São Paulo um movimento revoltoso de militares, à frente o general Isidoro Dias Lopes (1865-1949). Foi uma desgraceira. O governo central mandou bala, literalmente. Houve bombardeios, mortos e tal, e feridos às pampas.
Os revoltosos dançaram miudinho e tiveram que fugir. Quem pode, pode.
A fuga dos derrotados pelas forças governistas deu-se em trens. Chegaram no Paraná e foram e foram...
Enquanto isso ocorria, no município gaúcho de Santo Ângelo o tenente Luís Carlos Prestes (1898-1990) organizava o movimento que ficou conhecido como Coluna Prestes. Esse movimento nasceu no dia 27 de dezembro de 1924. O resto é história.
A Guerra de 24 rendeu várias músicas, uma delas gravada pela turma caipira de Cornélio Pires (1884-1958). Ouça:




quarta-feira, 23 de outubro de 2024

NÃO ESQUEÇAM: É BOULOS 50 NA CABEÇA!

Pois é, minha gente: o dia está chegando... O dia é 27 de outubro, domingo que vem.
Domingo que vem 27 vamos, como sempre, vestir a melhor roupa, calçar o melhor sapato, perfumar-se e sair direto até a zona eleitoral e lá votar em Guilherme Boulos, do PSOL, que tem a nossa confiança e a confiança de Lula. Mais: também a confiança da deputada e ex-prefeita da cidade de São Paulo Luiza Erundina.
A vice na chapa de Boulos, atual deputado federal por São Paulo, é a ex-prefeita sucessora de Erundina, a paulistana Martha Suplicy.
Até agora na história de Sampa, apenas duas mulheres "prefeituraram" o município: Erundina e Martha.
Então, anote aí: dia 27 próximo vamos às urnas votar em Boulos/Martha 50. É isso.
E pra Boulos, fiz:


terça-feira, 22 de outubro de 2024

TÁ CHEGANDO O DIA... É BOULOS!

Atenção pessoal: não se deixe levar pela fala mentirosa, desconexa e maluca da direitona destrutiva e incendiária que anda sempre pronta para nos pegar com suas garras criminosas.

Pois bem, Boulos não é o cidadão radical que a direita malucona procura convencer os eleitores espalhados por aí afora. 

O município de São Paulo já foi "prefeiturado" por figuras lamentáveis como Adhemar de Barros, Maluf, Pitta e tal. Ah! Sim: e Jânio, né?

Foram muitos os prefeitos que não fizeram bem ao povo tralhador, aos mais humildes e honestos moradores de Sampa. O mesmo pode ser dito às figuras que presidiram o nosso país. 

Não é difícil constatar pois a história constata, que Vargas, Juscelino e Lula foram os melhores. 

E anote aí: os piores presidentes do Brasil foram, historicamente, Floriano, Geisel, Costa e Silva, Médici, Collor, FHC, Temer... Ah! Sim: e Bolsonaro, o pior de todos, né?


Há muito Sampa sofre 

Por não ter um bom prefeito 

Mas isso pode mudar 

Se você votar direito 


Direito é votar certo 

Certo é votar direito 

Nas ruas o povo pede

Boulos para prefeito 

domingo, 20 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (140)

Bahia, Rio, São Paulo e Minas têm revelado para o Brasil muitos autores, como Fernando Sabino, Drummond, Guimarães Rosa e Ivan Ângelo. É dele o conto Bar, que conta a história de uma jovem moderninha, bonitinha, vestindo uma sainha bem curtinha, chega num bar com as portas quase fechando. É noite. Quer fazer uma ligação urgente. O cara do caixa deixa. De repente chega um sujeito esquisito e um tanto bêbado. Compra cigarro e fica por ali rondando, enquanto a menina fala. Quando ela percebe, está cercada por três marmanjos, com olhos gulosos. Ela consegue safar-se… E mais não conto.
Fernando Sabino (1923-2004), destacou-se na Imprensa e nos livros que escreveu. Em 1998 descreve uma situação vivida por um dos seus personagens, no conto O Homem Nu. É curiosíssimo, virou filme.
Das Dores é uma mulher que, como tantas, foi criada para os afazeres domésticos. Isto é, para cuidar de casa e tal. Ela sonha com um provável namorado  imaginário. Ao armar o presépio natalino, ela imagina ver no menino nascido o homem que quer amar. O desejo aflora nela com ímpetos de violência. Aí está o poeta Drummond prosador.
Coisas esquisitas também colocou o jornalista João do Rio. João deixou muitas reportagens e muitos livros. Uma trintena, mais ou menos. Teatro e coisa e tal. Foi até tradutor de Oscar Wilde (1854-1900), com quem se identificava.
Em Dentro da Noite, João do Rio conta a história de um cara que namora uma mulher e com ela fica noivo. De uma hora pra outra ele sente uma vontade incontrolável de enfiar agulhas no corpo dela. Começa pelos braços e termina completamente viciado nisso e ela a ele submissa. Quer dizer, estamos falando de um sádico.
Nessa mesma linha de submissão vive uma personagem criada por Nélida Piñon. Apaixonada pelo marido, faz tudo que ele pede. Tudo mesmo. O prazer dela é ver seu companheiro feliz. Essa personagem se acha no conto I Love My Husband. Coisa doida, né?
Ainda sobre esse tema, mas um pouco fugindo dele, é o bom punhado de contos inseridos nas 140 páginas do livro Insubmissas Lágrimas de Mulher, que a romancista e poetisa mineira Conceição Evaristo publicou em 2011. As histórias se interligam de certo modo em boa parte pela violência dos personagens masculinos. Chega doer em alguns momentos. A autora não nega a mistura que fez da realidade com a ficção. É bem escrito, muito bom.

Foto e Ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora

sábado, 19 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (139)

Ao quadro lê-se "Seu futuro",
abaixo da tirinha lê-se Lilli falando
VOCÊ PODERIA ME DIZER O ENDEREÇO
 DESSE HOMEM ALTO BONITO E RICO

Meu amigo, minha amiga: você sabia que a boneca Barbie foi inspirada numa prostituta?

Em 1952, o chargista Reinhard Beuthien passou a publicar no jornal Bild tirinhas com uma personagem a que deu o nome de Lilli.

De corpo escultural, Lilli não tinha papas na língua. Sincera e brincalhona, e também provocativa, não deixava pergunta nenhuma sem resposta. Segundo seu criador, era de dia secretária e de noite disputada mulher entre os homens. Logo ganhou muitos leitores e leitoras. Daí pra virar Barbie, foi um passo.

Conta-se que em 1959 a norte-americana Ruth Handler (1916-2002), em viagem à Suíça, deparou-se na vitrine com a boneca de Beuthien. Abriu a bolsa e comprou. O resto é história.

Pois é, como se vê, do real ao imaginário é um pulo.

Nessa linha podemos dizer que muitos escritores e escritoras foram longe.

A jornalista paulistana Márcia Denser (1949-2024) tinha 26 anos de idade em 1977 quando lançou o primeiro livro: Tango Fantasma. Esse foi um livro bem recebido pela chamada crítica literária. Tratava da vida feminina, da mulher moderna livre, que define e desbrava seus próprios caminhos. É dela o conto Hell's Angels, publicado em 1986. Nele a protagonista Diana conhece um tal de Robi e com ele tem um trelelê. O cara tem 19 anos e está em ponto de bala e ela, aos 30, encara a parada e depois deixa o moço a ver navios. Nessa história, tem uma boneca. E mais não digo.

É tocante até demais o conto que a baiana Sônia Coutinho (1939-2013) escreveu e intitulou de Toda Lana Turner tem seu Johnny Stompanato. Esse conto envolvendo a atriz norte-americana Lana Turner (1921-1995), tem por base a vida real. Ela apaixona-se por um mafioso nominado Johnny Stompanato, que a explora até não querer mais. Transa com ela muitas vezes na marra. O cabra acaba assassinado. Quem o teria matado? Lana ou a filha dela, Cheryl? Tãn, tãn, tãn, tãããnn…

É uma história que impressiona essa escrita pela norte-americana Taylor Jenkins Reid. A personagem do título é uma cubana que vai aventurar-se como atriz na Hollywood dos anos 50. Rapidamente aprende com quase perfeição a língua dos gringos e segue em frente. Logo ganha fama com suas aparições na telona. Vira uma referência do cinema mundial. Seu primeiro casamento é com um jovem de 18 anos, que não dura muito. Depois ela vai encontrando novos amores até que vê-se apaixonada por uma colega do cinema, Célia St. James, vencedora de três Oscars.

Já beirando os 80 anos de idade, Hugo convida uma jornalista emperrada na profissão para contar a sua história tim-tim por tim-tim. Surpreendi-me deveras com a leitura do livro Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, publicado originalmente em 2017.

sexta-feira, 18 de outubro de 2024

BOULOS PREFEITO!

Há muito Sampa sofre
Por não ter um bom prefeito
Mas isso pode mudar
Se você votar direito 

Direito é votar certo
Certo é votar direito
O povo na rua pede
Boulos para prefeito!

Pois é, minha gente, o dia está chegando. 
Vamos vestir nossa melhor roupa, calçar nosso melhor sapato, botar um tiquinho de perfume atrás das orelhas e partir com riso na cara direto para votar domingo 27 em Guilherme Boulos 50.
Há! Sim: chame os amigos, amigos dos amigos, parentes e aderentes e todo mundo para apostar em Boulos e a boa administração que certamente fará à frente da Prefeitura paulistana.
Tchau!

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

CHEGA DE FOME!

A população de mais de 100 dos 196 países passa fome. A situação mais grave se acha no Sul da Ásia e na África Subsaariana.
Segundo a ONU, Camboja, China, Congo, Honduras, Índia, Indonésia, Marrocos, Sérvia e Vietnã a fome também grassa por lá.
No Brasil a situação não é diferente, por cá a fome chega a matar. O desemprego ainda é grande e falta espaço para o povo respirar.
Cerca de 13% da população brasileira vive na miséria, sem ter o que comer e tal e coisa.
Dos nove Estados nordestinos, o Maranhão aparece como o Estado cuja população mais sofre pela falta de alimento.
O mundo, esse mundinho torto que habitamos, acolhe mais de 8 bilhões de cabeças humanas. Desse total, 1,1 bilhão passa o tempo com a barriga roncando querendo digerir comida em vão.
Hoje é o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza.
Enquanto isso, o cara mais rico do mundo fica jogando foguete no espaço, sabe-se lá pra quê.

FUGA

Boulos e Assis
Mais uma vez o candidato à continuar aboletado na cadeira de prefeito de Sampa, Nunes, deu no pé e deixou Guilherme Boulos a ver navios no debate marcado para as 10h de hoje na RedeTV, em parceria com a Folha de S.Paulo e UOL. A desculpa foi uma reunião "extraordinária" com o seu parceiro bolsonarista o governador Não-sei-quê-lá Freitas. Hmmmmm...
Dá-lhe Boulos 50!

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O POPULAR E O ERUDITO NO CÉU

O compositor e humorista paulista de Martinópolis Ary Toledo deixou essa terrinha doida de tiros, pipocos e geral um dia depois do vendaval que atingiu São Paulo e outros lugares, matando, ferindo e deixando milhões de pessoas na escuridão e sem água potável.
Ary Toledo nasceu no dia 22 de agosto de 1937, curiosamente no Dia Internacional do Folclore.
Com certeza posso dizer que Ary foi o humorista com o maior repertório de piadas e causos que contava com naturalidade no Rádio, na TV, em todo canto.
Conheci Ary Toledo nas dependências da extinta gravadora Copacabana, cá em Sampa. Na ocasião, ele me apresentou, enquanto bebericávamos, a cantora dançarina Gretchen, que estava iniciando carreira. Viramos amigos. Frequentei muito a sua casa. Faz tempo, algum tempo.
Eu e Ary falávamos por telefone, não com muita frequência. E a vida segue.
No correr da sua carreira, Ary foi estrela das TVs Tupi, SBT e tantas e tantas mais. Cantava, tocava violão. Deixou bons discos, bons LPs. Seu maior sucesso em disco e no palco foi Pau de Arara, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Essa música foi gravada ao vivo no Teatro Record, em 1965. Saiu pela extinta Fermata/RGE. Pra lembrar, ouça:


Ah! Sim: Ary Christoni de Toledo foi-se embora na manhã do dia 12 desse mês de outubro, depois de internado durante algum tempo no Hospital Sírio Libanês.

SAUDADE

Hoje é dia de saudade pra quem gosta de boa música.
Nascido no dia 2 de novembro de 1883, o craque do violão João Pernambuco morreu no dia 16 de outubro de 1947. Deixou poucos discos gravados, mas todos de ótima qualidade. Foi amigo do maestro Villa-Lobos. A Villa deve-se a informação de que Pernambuco foi o autor da melodia da belíssima Luar do Sertão. Tida, por muito tempo, ser toda de autoria do maranhense Catulo da Paixão Cearense (1863-1946).
Atenção: hoje também é dia da saudade do compositor erudito Alberto Nepomuceno.
Nepomuceno morreu no dia 16 de outubro de 1920. 
Neste 2024 completam-se 160 anos de nascimento do cearense Nepomuceno.
Lembro que uma vez o querido Belchior sugeriu-me, num dos encontros lá na minha casa, que eu escrevesse um livro sobre o seu famoso conterrâneo. Fiquei devendo.
Sobre Alberto Nepomuceno, leia mais: ALBERTO NEPOMUCENO, 100 ANOS

terça-feira, 15 de outubro de 2024

BOULOS GANHOU DEBATE

Um destempero cósmico
Apagou a luz solar
E encheu de breu o mundo
Antes do céu cair no mar...

Não só o Brasil, mas o mundo todo está fervendo.
Canalhas continuam ateando fogo nas florestas, matando animais e envenenando a terra.
Zebra das grandes ainda há no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e toda região Norte do nosso País.
No Rio de Janeiro e na Bahia, milícias tomam conta de tudo impedindo, assim, o ir e vir por nós garantido pela Constituição vigente.
Sexta-feira à noite, o céu despejou chuva e ventos acima de 100km/hora. Casas caíram, postes e muitas coisas mais caíram em consequência do vendaval que durou cerca de meia hora. O resultado foi que pelo menos 2,5 milhões de pessoas em domicílios caíram no vale do Deus dará.
O apagão advindo do vendaval foi um dos temas predominantes no debate de ontem 14 na Rede Bandeirantes de Rádio e TV, entre os candidatos à cadeira de prefeito da maior cidade do Brasil e da América do Sul: São Paulo.
Os candidatos Guilherme Boulos e Ricardo Nunes falaram e falaram, com Nunes tercerizandos os problemas da Capital paulista e tal.
No decorrer do debate houve, na parte de Boulos, propostas interessantes e necessárias ao bom andamento da administração municipal.
Além de apagão, questões referentes à educação, transporte, saúde e segurança pública foram postos em debate. E paremos por aqui.
Ah! Sim: depois de acusar o vice que virou prefeito de Sampa depois da morte de Bruno Covas, Guilherme Boulos desafiou o concorrente à abrir ao público suas contas bancárias. Isso porque Nunes disse o tempo todo que era completamente inocente de tudo que lhe acusavam. Pegou mal essa insistência de bater tanto na tecla da inocência.
Bom, acho que Boulos ganhou essa primeira parada no caminho íngreme até a Prefeitura.
Quem não viu, veja como foi o debate na Band:

domingo, 13 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (138)

Machado de Assis (olha ele de novo!) adorava tudo ou quase tudo que Voltaire escreveu. A sua doce ironia, há quem diz que vinha da sua grande admiração pelo francês autor de Cândido — Ou o Otimismo.

E o que dizer da paulista de Mococa Ercília Nogueira Cobra?

Em 1924, Ercília escreveu o livro Virgindade Inútil, novela de uma rebelde. Essa obra foi publicada pelo criativo e exigente escritor Monteiro Lobato, que era dono de uma editora na capital paulista. O governo não gostou e mandou trogloditas tirar o livro de circulação. 

De Ercília é também o livro Virgindade Anti-Higiênica. 

No decorrer do tempo que viveu, Ercília foi presa uma vez em São Paulo, outra vez no Rio de Janeiro e mais duas: no Paraná e Rio Grande do Sul. Era acusada de tudo que não presta. Chamavam-na de prostituta, pornográfica, subversiva e de cafetina. Apanhou muito. Foi torturada e numa ou duas ocasiões obrigada a depor à autoridade policial totalmente nua.

Conta a história que numa de suas prisões viu-se cara a cara com um delegado de Polícia. Ele perguntava em português e ela, de repente, passou a responder em bom francês. O delegado riu e a encarou debochando nessa mesma língua. Ante tal situação e clima, Ercília mandou ver em alemão. Agora, irritado, o delegado a mandou aos gritos à cela.

Não se sabe direito até hoje quando Ercília Cobra morreu. E de quê.

Ah! Sim: Talvez com o propósito único de vingar-se da sociedade hipócrita, Ercília montou um bordel e o encheu de mulheres corajosas com ela. Isso ocorreu em Caxias, RS.


Foto e Ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora

sábado, 12 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (137)

A história da pioneira Cavendish, se passa no polo norte.

No polo norte também Bradley ambientou seu romance. Lá tem um lugar fantástico, Mizora. Nesse lugar, governado por mulheres, não há crime, não há violência, não há miséria, só coisa boa. Não, não, tem uma coisa péssima: racismo e quanto aos homens que aparecem na história estão condenados à morte, como faziam as amazonas da mitologia grega.

O francês Júlio Verne (1828-1905) passeou pelo universo até se cansar. Foi também até as profundezas do mar. São dele as obras Viagem ao Centro da Terra (1864), Da Terra à Lua (1865) e Vinte Mil Léguas Submarinas (1870). Futurista.

Thea von Harbou

O Futurismo se acha brilhantemente em muitos títulos. É possível que a alemã Thea von Harbou (1888-1954) tenha sido a primeira mulher a roteirizar histórias do tipo feitas por Verne.

Em 1925, Harbou desenvolveu uma história curiosíssima intitulada Metrópolis.

Metrópolis é um mundo dividido como hoje em duas partes: o pobre e o rico. O pobre robotizado e o rico livre para fazer tudo que lhe dá na telha. No enredo tem um cara que criou tal mundo: Joh Fredersen. É o chefão. Manda em tudo, na vida e na morte. O filho de Joh, Freder, finda por apaixonar-se por uma certa Maria. Lá pras tantas é dito que “da compreensão, surge o amor”.


“Pai! Ajude os homens que vivem em suas máquinas!”


 “Eu não posso ajudá-los”, disse o cérebro de Metrópolis. “Ninguém pode ajudá-los. Eles estão onde deveriam estar. Eles são o que deveriam ser. Eles não servem para mais nada, ou nada diferente.”


Joh Fredersen acaba nos braços da mãe.

O livro foi publicado em 1925 e dois anos depois ganhou versão cinematográfica feita pela autora. 

Ah! Sim: o enredo todo se passa no ano de 2026.

É também de Thea von Harbou a história de um grupo de humanos que voa num foguete em busca de ouro na lua. A ganância provoca brigas e mortes entre os humanos. Sobram, no fim, um homem e uma mulher. Título: Mulher na Lua.

Histórias inventadas ou não com sexo, prazer e amor ainda se multiplicam em todo canto. A França tem sido um dos berços de grandes autores até há pouco proibidos como Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867), autor do clássico As Flores do Mal.

A vida de Baudelaire foi muito agitada, com álcool, drogas e paixões devassas. Era rebelde ao extremo e não perdoava a mãe, Caroline, por ter se casado novamente após a morte do pai Joseph. Morreu com 46 anos de idade.

Outro rebelde na história da literatura francesa foi Voltaire, que viveu o tempo todo cutucando onça com vara curta. Muitos o classificavam de irresponsável e maldito. Bebia, jogava e traficava horrores. Ainda hoje há quem o chame de feladaputa. Fazia qualquer negócio. Porém, há sempre um porém em toda história: Voltaire era a favor da liberdade de expressão, da liberdade religiosa e da liberdade política. Pois, pois. 

Esse francês, que morreu com 83 anos de idade em 1778, deixou uma obra formada por poemas, romances, peças de teatro e tal.

Como Sade, cumpriu temporada na Bastilha.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

PARECIA FIM DO MUNDO...


Raios e relâmpagos
Fizeram a noite clarear 
Parecia ser sinais
Para o mundo se acabar
De repente lá de cima
O céu desabou no mar

Pois é ai, ai. 
Foi agora há pouco. 
Tudo estrondou a minha volta. Parecia que o mundo todo explodia. Era pipoco aqui, era pipoco acolá. Estrondos terríveis e o céu todo clareando.
Os clarões do fim do mundo chegando perto de mim. 
Apocalipse?
Não chamei nem por mãe nem por pai, até porque não os tenho mais. Mas tremi.
Ao meu lado, no treme treme do medo, minha filha Clarissa e a querida amiga Anninha rezavam pedindo paz e implorando a Deus, perdão.
Agora o coração está voltando a bater com naturalidade. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

GUILHERME BOULOS: 50!



Eu gostei.
Gostei de ver, quer dizer ouvir, Guilherme Boulos sendo sabatinado por jornalistas do Globo, Valor e CBN. Foi hoje 10, entre 8:30 e 9:30.
O papo rolou com Boulos 50 na Rádio CBN, cá em Sampa. 
Era pra ser debate entre Nunes e Boulos. Nunes não atendeu ao convite para discutir as necessidades que a Capital paulista precisa.
Guilherme Boulos falou com muita serenidade tudo que pretende fazer pela população paulistana. Falou com firmeza e sinceridade dos problemas graves existentes em todos os cantos da cidade. Dos problemas de moradia, de insegurança, de abandono no Centro e muita coisa.
Entendo e aposto que Boulos pode ser um grande prefeito de São Paulo. Pra isso, precisa de votos.
Não custa aqui lembrar que pelo menos 2,5 milhões de eleitores e eleitoras deixaram de votar nas urnas da capital paulista no 1º turno, ali no último dia 6 deste mês. Agora é hora. O dia 27 de outubro está chegando.
Vamos nessa? Boulos 50!
E atenção, anote aí: Guilherme Boulos é o futuro político de São Paulo e do Brasil. 
Bom, quem não pôde acompanhar o papo de Boulos na CBN, basta só clicar:


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

HOJE É DIA DOS CORREIOS E DE TAIGUARA


Há bem pouco tempo os Correios eram o caminho mais fácil para entrarmos em contato com pessoas queridas, amigos, amigas e tal. Usávamos também telegramas e tal. Hoje mudou tudo. A mudança deve-se à chegada irreversível da Internet.
Muita coisa bonita foi, musicalmente, escrita.
Para lembrar, ouça:


TAIGUARA

Hoje 9, além de ser o Dia dos Correios, é o dia em que nasceu o cantor Taiguara. Foi em 1945.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

MARIEL MARISCOTT ACABOU, MAS O CRIME NÃO


O dia 8 de outubro de 1981 começou, mas não terminou para o ex-policial Mariel Mariscott.

Mariscott, considerado o mais brilhante integrante do famigerado Esquadrão da Morte, tombou morto com uma saraivada de balas cravadas no corpo, quando com seu carro andava devagar numa rua no centro do Rio. Tinha 41 anos de idade. 

O Esquadrão da Morte começou simultaneamente em vários Estados do Brasil. Isso, a partir dos anos de 1960. 

Somente no Espírito Santo o Esquadrão deixou um saldo de mais ou menos 1,5 mil "bandidos" mortos.

No Río de Janeiro, o número de assassinatos assinado com a marca Esquadrão até hoje é incalculável. 

Tudo começou em 1965, quando foi assassinado o famoso Milton Le Cocq.

Le Cocq era integrante do corpo pessoal de segurança do presidente Vargas.

Pois, pois, isso foi o suficiente para que um grupo da elite policial do Rio partisse para a "vingança".

A história é longa.

O crime de morte continua sendo praticado absurdamente em todas as partes do nosso País.

No segundo semestre do ano de 1978, eu e o amigo querido Nelson Del Pino, que já está no céu, entramos no complexo penitenciário Frei Caneca para entrevistar o homem de ouro Mariel Mariscot. Com ele, na cela, permanecemos pelo menos três horas. Durante esse tempo nada podíamos gravar ou escrever o que falávamos. Ao lado da cela, de fora, dois ou três seguranças do presídio a tudo acompanhavam.

De cara fechada, os seguranças pareciam postes.

Muita coisa aconteceu depois da entrevista que fizemos com Mariel.

Ao término do nosso papo, Nelson e eu saímos a passos largos até o boteco mais próximo. E lá pusemos a memória em movimento. Pusemos no papel toda a conversa que tivemos com Mariel. O resultado disso foi uma série de página inteira publicada diariamente no extinto diário paulistano Notícias Populares. Uma dessas páginas é essa em que o entrevistado fala que está sendo ameaçado de morte. Leia: 

Clique na imagem para melhor visualização


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

ATENÇÃO: BOULOS NA CABEÇA!

A esquerda tradicional, não a light, parece ter encontrado o caminho para nocautear o adversário bolsonarista no segundo round.  Claro, aqui em Sampa.

A direita raivosa, canina, representada por um tal de Pablo não sei quê, chegou perigosamente no seu limite. À beira, pois, de engolir a democracia que a tanto custo as pessoas de bem conquistaram depois dos lamentáveis anos de chumbo que vivemos, entre 1964 e 1985.

A democracia como tal entendemos continua bravamente resistindo aos instintos selvagens da canalha que a ronda e a estoca com vara curta.

O paulistano Guilherme Boulos, do PSOL, foi à luta e na luta continua para se sobrepor aos ensurdecedores latidos da antidemocracia tão a gosto dos ditadores ativos ou de plantão sempre prontos para trazer à tona as desgraceiras do inferno muito além de Dante. 

Foi de aperreio o tempo que durou a apuração dos votos depositados nas urnas eletrônicas, ontem 6. 

Na corrida para o segundo turno à prefeitura de São Paulo, houve um momento em que o tal não sei quê assustou a democracia quando aproximou-se de Nunes. Isso durou pouco, felizmente. 

É possível que o segundo turno em Sampa seja mais civilizado, com debates compreensíveis e de propostas condizentes às necessidades da população. 

Uma coisa seja dita: o presidente Lula, a quem Boulos e o seu partido estão ligados, precisa baixar a bola e dedicar-se mais à campanha do próprio PT e dos partidos aliados, como o PSOL. O mesmo deve ser dito em relação à Marta, vice na chapa de Boulos à prefeitura paulistana. Deve ser mais explícita, mais clara, ao pedir voto para o seu parceiro na chapa PSOL/PT.

Por enquanto, Boulos está salvando o PT.

Boulos anda com os pés no chão, prometendo atender às necessidades do povo independentemente de credo, cor e gênero. 

Um novo dia está chegando: 27 de outubro. 


domingo, 6 de outubro de 2024

AINDA HÁ TEMPO PRA VOTAR EM BOULOS

Sinto-me livre que nem um passarinho voando num céu de brigadeiro. E pra que eu me sinta assim, desse jeito, a explicação é simples: saí há pouco da zona eleitoral após cravar os nomes de Boulos para a Prefeitura e Dheison para o cargo de vereador para a nossa Câmara. 

Pois é, estou hoje aliviadíssimo por ter certeza de que exerci por completo o meu direito cidadão de escolher bons representantes políticos. 

Quem ainda não voltou a essa hora da tarde (15:30h) sugiro que vá à urna e crave o nome Boulos 50 e o nome Dheison 13110. 

É isso aí, pessoal!