Margaret Atwood |
Ainda seguindo a linha distópica de Huxley e Orwell, a canadense Margaret Atwood publicou em 1985 o livro O Conto de Aia. Esse livro trata de um golpe com características teocráticas dado nos EUA. Esse país passa a se chamar República de Gileade, na qual há uma onda crescente de mulheres estéreis. As mulheres não estéreis são raptadas, sequestradas, pelo poder então vigente e obrigadas a reproduzir filhos com os poderosos mandantes da tal república. Quem tentar fugir, morre.
O norte-americano Sidney Sheldon (1917-2007), um dos mais celebrados autores de ficção, tem livros que falam disso.
Bagshawe, uma inglesa, era fã de Sheldon e na continuação do Reverso da Medalha a matriarca da família Blackwell, Kate, volta à cena e ao desaparecer deserda uma de suas filhas. E o pau canta alto entre amor, ódio, inveja, drogas e mortes.
Pois é, tudo isso se acha lá.
O Reverso da Medalha é uma expressão encontrada no belo e original conto O Último Dia de um Poeta, de Machado de Assis, publicado originalmente em maio de 1867 no Jornal das Famílias. Esse conto foi assinado por Max, um dos vários pseudônimos de Machado. É leitura de hora e meia. Aliás, Machado de Assis era um grande leitor de Shakespeare. Lia-o no original. E no original também lia autores franceses. Foi ele o primeiro a traduzir para o português Victor Hugo, Edgar Allan Poe, Dante Alighieri, La Fontaine e tantos outros.
Machado também enveredou pela literatura grega, inspirando-se em tragédias verdadeiras ou inventadas.
Em 1903, o autor de Dom Casmurro publicou no Almanaque Brasileiro Garnier uma história intitulada Pílades e Orestes.
Orestes matou a mãe, que matou o esposo degolando-o. A irmã dele, Electra, casa-se com seu melhor amigo: Pílades.
No texto de Machado, Orestes é Quintanilha e Pílades, Gonçalves. Quintanilha é deputado e Gonçalves o advogado. Surge de repente uma jovem muito bonita e não digo mais nada. É muito bom!
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