O
tempo passa rápido, tanto que nem esperou o cantor e compositor baiano Dorival Caymmi
para comemorar com ele e amigos o seu primeiro centenário de nascimento,
completado hoje.
Dorival
foi o artista brasileiro que mais e melhor cantou a alegria dos mares.
Ele
entrou para a eternidade como o autor e intérprete de canções praieiras.
A história
de Dorival, sem duvida é encantadora.
Começou
por baixo, como qualquer brasileiro simples, fazendo pequenos serviços e se
dedicando ao desenho, à pintura, ao jornalismo e logo depois, completamente, à
música.
Dorival
começou a sua história de artista da musica brasileira no Rio de janeiro dos
anos 30.
Após
trocar Salvador pelo Rio, ele fixou residência na Capital de São Paulo, onde
compôs algumas de suas canções imortais, como Maracangalha.
Maracangalha,
palavra de sua criação, significa algo como um país. Um país imaginário como
Passárgada, de Manuel Bandeira e o Viagem a São Saruê, de Manoel Camilo dos
Santos, que geraria no final dos anos 60, País de São Saruê, de Wladimir
Carvalho.
Uma
coisinha: Dorival carregou consigo a ideia de que era um preguiçoso.
Certa
vez, com o intuito de esclarecer esta questão, lhe perguntei se de fato se
considerava um preguiçoso.
Ele
soltou uma risada e brincando disse: “Não sou preguiçoso. Se me consideram
assim, paciência…”
Ainda
lhe perguntei porque não gravava mais. Depois de outra risada disse: Ninguém me
procura…”
Melhor
do que falar de Dorival Caymmi é ouvir Dorival Caymmi.
Viva
Dorival!
Canções Praieiras:http://www.youtube.com/watch?v=DjLzz7dho2U |
CARLOS
LACERDA: Hoje também completaria 100 anos de vida o carioca Carlos Lacerda, o
mais brilhante orador político do Brasil. Lacerda, pivô do suicídio de Getúlio
Vargas, adorava declamar poesias e ler os textos de Willian Shakespeare.
Lacerda,
ex-governador da Guanabara, legou a posteridade, além da sua historia, 3 LPs
que registram a sua performance pela literatura nacional e estrangeira.
Ele
deixou também muitos inimigos.