O
Programa Sílvio Santos (comigo aí ao lado) é o mais duradouro, alegre e longo da
televisão brasileira. O seu apresentador, dono do SBT, vai ao ar invariavelmente
aos domingos, às 20 horas, e termina quase sempre depois da meia-noite como ontem,
quando deixou a telinha para dar vez a Marília Gabriela com seu ótimo De Frente
Pra Gabi, já aos 25 minutos de hoje.
É
muito fôlego.
Durante
as horas todas que Sílvio está no ar é só alegria, com algumas bizarrices.
Acompanhando-o
lembrei do estudioso da cultura popular Luís da Câmara Cascudo me dizendo numa
das vezes que estive na sua casa da importância de Chacrinha como palhaço da
nossa televisão.
Eu
gostava do Chacrinha, a quem cheguei a entrevistar uma vez.
Mas
Chacrinha era meio autoritário e fazia de seus calouros gato e sapato.
Sílvio,
não.
Sílvio
brinca no ar com seus convidados e com a enorme plateia feminina que o
acompanha há décadas como se estivesse em casa, diferentemente do que fazia o Chacrinha,
que era meio bronco.
Ontem
mesmo, lá pras tantas, sempre rindo Sílvio disse que vai se aposentar no
próximo ano com Raul Gil e Inezita Barroso e juntos vai criar “um asilo de
velhinhos”.
Quem
ousaria dizer isso nestes tempos de negação de idade e perseguição pelo corpo
perfeito, hein?
E
novamente lá pras tantas ele inventou de brincar com uma gravadora inexistente
que só contrata artista porreta; um deles, talento novo recém-descoberto: Jorge
Veiga (1910-79), cuja voz ressoou cantando em disco de 78 rotações a marchinha Eu
Quero é Rosetar, de Haroldo Lobo e Milton de Oliveira para o carnaval de 1947,
mas censurada pelo governo Vargas. Logo depois foi a vez de o público e
telespectadores ouvirem Moreira da Silva (1902-2000) cantar Amigo Urso, de
Henrique Gonçalves, gravada em 1941.
Claro,
a fiel plateia do apresentador desconhecia completamente essas duas músicas.
A
parte bizarra do programa ontem ficou por conta da apresentação de uma seminua,
o que levou o apresentador a se esbaldar.
O
Programa Sílvio Santos é o circo do povo e ele próprio o grande palhaço.
Viva
Sílvio, que nada tem a ver com os faustões da vida!
Clique:
MARACANÃ,
64
O
Maracanã, palco da derrota histórica da Seleção Brasileira para a Seleção do
Uruguai em 1950, foi inaugurado num dia – e mês - como o de hoje, há exatos 64
anos. Fica o registro. Detalhe pra mim incompreensível: se no Maracanã coube
cerca de 200 mil pessoas para testemunhar a derrota dos canarinhos na trágica
tarde de 16 de julho de 50 por que hoje lá cabem só setenta e poucos mil?
Confira
o placar daquele dia, clicando:
http://www.youtube.com/watch?v=Uw4OQIbShCY
http://www.youtube.com/watch?v=Uw4OQIbShCY
NOTA
TRISTE
Hoje
faz uma semana que partiu para a Eternidade o rondonopolense Francisco Garcia
Souza, que os amigos chamavam Chiquinho. Tinha 47 anos de idade. Hoje na Igreja
São Judas Tadeu, na Avenida Jabaquara, zona Sul da cidade, às 20 horas, será
celebrada missa de Sétimo dia em louvor a sua alma. Nossos pêsames e que
descanse em paz.
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