No
decorrer do encontro discutiu-se questões pertinentes aos diversos meios da
cultura brasileira, como música, teatro, cinema e literatura.
No
sábado, 31, as discussões em torno da nossa cultura no IMB, se iniciaram por
volta das 11 horas , com a presença do contador Cícero Afanso e dos advogados Jorge
Mello (que também músico) e Armando Joel.
O
cordelista e estudioso da cultura popular Marco Haurélio, autor de mais de 40
livros, discorreu amplamente a respeito das suas atividades e da pobreza que se
vê hoje em dia nos meios de comunicação de massa, especialmente a televisão. A
sua fala provocou muitas observações. Foi unânime. O editor José Cortez, da
Cortez Editora, não só concordou com Marco como enalteceu a importância do
Instituto Memória Brasil como guardião da história da nossa cultura popular.
Ele disse, entre outras coisas, que "O IMB é uma instituição que merece
toda a atenção de quem pensa Brasil pela via da formação do indivíduo na
sociedade", acrescentando ainda que "Não dá para dissociar educação
de cultura". O poeta e jornalista Ricardo Viveiros seguiu falando na mesma
linha do editor Cortez. Ele lembrou da
dificuldade de se fazer pesquisas a respeito de cultura popular, a partir de
discos de 78 rpm por exemplo. "Esses velhos discos são muito importantes,
mas onde achá-los para pesquisa? Acho que só no IMB".
O
maestro e compositor Mário Albanese, criador do gênero musical Jequibau, junto
com Ciro Pereira, falou da importância de grandes artistas de passado não muito
distante, como o violonista Garoto.
Enfim,
o encontro que reuniu expressivos nomes das artes no IMB, foi marcante. Todos
falaram sobre tudo referente às suas atividades: Osvaldinho da Cuíca (Primeiro
Cidadão Samba de São Paulo, título conquistado em 1975), Théo de Barros
(coautor da moda de viola Disparada) e Papete, compositor e um dos maiores
percussionistas do mundo, junto com Naná Vasconcelos e Airto Moreira.
Escolhidos
os novos membros da Diretoria e Conselho, seguiu-se um sarau com os artistas
Jarbas Mariz, Jurandy da Feira, Luiz Wilson, Natanael e Janaína Pereira, do
grupo musical paulistano Bicho de Pé.
O
produtor Darlan Ferreira, encerrou o encontro com esta pérola: "E olha que
dessa vez, não estiveram presentes Vandré, Tinhorão, Anastácia, José Hamilton
Ribeiro, Oswaldinho do Acordeon, Bráz Baccarin e nem Deus". Viva
a cultura popular brasileira! (Fotos by: Daniel Justi/Clarissa de Assis)
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