Agosto chegou faz uma semana trazendo
no bojo alegria, lembranças de tristezas, como o dia da morte da
portuguesinha-brasileira Carmem Miranda; as bombas que destruíram Hiroshima e
Nagasaki matando cerca de 200 mil pessoas
e provocando o fim da guerra mais sangrenta da história, que foi deflagrada em
1939 e finda há 70 anos e da qual também
participou o Brasil.
Essa guerra encontrou no Brasil o
ditador gaúcho Getúlio Vargas. Dessa guerra, além da memória, sobrou a Canção do Expedicionário, do poeta
Guilherme de Almeida e do maestro Spartaco Rossi.
Vargas suicidou-se com um tiro no
peito na madrugada de 24 de agosto de 1954. Sete anos depois, no dia 25 de
agosto, o mato-grossense Jânio Quadros, depois de um porre, cometeu outro
tresloucado gesto: renunciou à Presidência da República, deixando órfãos mais
de seis milhões de almas que nele acreditavam.
A República Velha, a República Nova e
essa que eu não sei se é Velha, Nova ou Novíssima, tem nos trazido, desde 1889,
surpresas às mais diversas.
O que poderá vir por aí, hein?
Ontem, o vice-presidente Michel Temer,
com a voz engasgada e um tanto trêmula, pediu apoio e compreensão dos seus
colegas de legenda (PMDB), Eduardo Cunha e Renan Calheiros, presidentes
respectivamente da Câmara e do Senado.
Na ocasião, disse que “é
preciso que alguém tenha capacidade de reunificar a todos, de reunir a
todos...”.
Quem será esse “alguém”, o próprio
Temer?
Pois é, é bomba pra todo lado: em
Hiroshima, Nagasaki; nos anos de 1970 cartas-bomba, e hoje pautas-bomba na
Câmara, com gatilhos acionados para explodir a qualquer momento.
Sim, é grave o momento!
O PT abandonou seu Dirceu e os partidos
de base do governo estão também dando no pé ou abandonando o barco como fazem
os ratos.
Eu conheço essa história.
Não é hora de dona Dilma debruçar-se na
leitura da história e da história tirar ensinamentos?
Getúlio suicidou-se, Janio renunciou...
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