No centro do poder político, Brasília,
feiticeiros estão em ação contra o humor de nós todos, brasileiros. O clima lá
está fervendo, frevendo, do jeito que o diabo gosta.
Eu
disse frevendo. O frevo veio daí. Digo: a origem da palavra frevo vem de “frever”.
E hoje é o dia Nacional do Frevo, mas não é desse dia que eu quero falar e nem
da “frevança” política que ora se desenvolve em salas secretas do Planalto.
Estamos
nos últimos dias do inverno, mas a seca predomina em boa parte do território
nacional. Inclusive São Paulo, onde o governo nega – mas há – racionamento da
água. Há racionamento de água também, em Campina Grande, que é a principal
cidade paraibana depois de João Pessoa, a capital do Estado.
No
Piauí, há municípios que não tem o solo molhado por água de chuva há mais de 04
anos.
E
o Rio São Francisco, hein?
O
Rio São Francisco está secando, pedindo socorro.
A
seca atinge o velho Chico há pelo menos dois anos seguidos. A sua nascente, na
Serra da Canastra já secou, faz tempo. Em alguns pontos dos seus dois mil e
setecentos quilômetros já é possível fazer a travessia a pé. Terrível, não é?
O
rio passa por cinco munícipios beneficiando cerca de 16 milhões de pessoas. Mas
e agora?
Há
quase 200 anos já se falava na sua transposição. Parte dessa transposição foi
inaugurada em Cabrobó, PE, há coisa de dois meses.
A próxima novela da Globo, Velho Chico, vai
abordar o tema. A novela tem estreia prevista no segundo semestre do ano que
vem, de acordo, como nos disse a autora, Edmara Barbosa, em visita ao Instituto
Memória Brasil, IMB. Na ocasião ela estava acompanhada de um de seus
colaboradores, o cordelista Marco Haurélio.
CANTORIA NO IMB
Nesse
último final de semana, esteve em visita no Instituto Memória Brasil o luthier
e instrumentista Marimbondo Chapéu. Marimbondo, que faz parte da trupe do ator
mineiro, Jackson Antunes, atualmente na novela das 09 (Globo), tocou e cantou
belas páginas do cancioneiro rural, entre as quais Luar do Sertão.
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