A
Igreja do Diabo é um conto do sempre bom Machado de Assis. Eu gosto muito desse
conto. Nesse conto o Diabo, cansado dos ensinamentos de Deus e cheio de inveja
pela quantidade enorme de seguidores de Deus, o Diabo inventa de fazer
concorrência com Deus. Mas antes disso, o Diabo vai ao Céu pedir permissão a
Deus para fundar a sua própria Igreja. E assim é feito. Ao descer a Terra, o
Diabo resolve criar uma filosofia própria para destronar Deus.
Na
sua nova investida contra Deus e as coisas Divinas, o Diabo inverte tudo.
Inverte os valores sociais, os valores de cada um de nós. Assim, por exemplo, a
venalidade vira a principal virtude humana. Se a mulher pode vender o seu
cabelo, o homem o seu chapéu, as botas, por que não pode também vender a sua
palavra, a sua crença, a sua fé, o seu voto?
Essas
questões se acham no conto A Igreja do Diabo.
Ouvindo
ontem no Rádio os feiticeiros Barbosa e Levy justificando o injustificável
perante o povo brasileiro, não deixei de pensar no Diabo e na sua igreja.
Pois
bem, do forno da danação planautina acaba de sair um bolo amargo e indigesto.
Esse bolo, chamado de “Pacote de corte de gastos” pela imprensa d’aqui d’acolá
tem gosto de jiló. Um horro, na verdade, é bem mais amargo do que jiló, pois
nesse bolo não há tempero que o torne digesto.
Mas,
diachos, de novo não era bem isso o que eu queria dizer.
O
povo brasileiro é muito, muitíssimo, maior do que as feitiçarias e maldades
contra ele praticadas.
Ontem
eu fiz uma referência, cá, neste blog a respeito do compositor, cantor e
luthier Marimbondo Chapéu.
Hoje
tem mais Marimbondo, clique:
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