Ela era pernambucana de Recife; ele, pernambucano
do interior.
Ela era descendente de família abastada; ele,
também.
Ela virou estrela no último dia 2; ele também, em
1962.
Iolanda Dantas saiu de casa com 17 anos de idade
para ensinar em escola pública, à contragosto da família.
Corriam os anos de 1940 quando Iolanda conheceu
José. Ele, estudante de medicina. Logo passaram a namorar e 4 anos e meio
depois, estavam casados.
Depois que José morreu, uma parte de Iolanda
também morreu e ela, então, passou a preservar a sua memória, juntando fotos,
discos, jornais e revistas, tudo referente a José, seu marido.
José é o Zé Dantas, que o Brasil inteiro conhece
através de artistas como Luiz Gonzaga, Marinês, Ivon Curi, Jackson do Pandeiro
e muitos outros que continuam interpretando a sua obra.
Iolanda, Dona Iolanda para os amigos, chegou a
criar um museu no amplo apartamento em que moravam, no bairro recifense de Boa
Viagem.
O que será, agora, desse museu que preserva a história
do grande compositor Zé Dantas? O casal deixou 3 filhos. Marina Elali é uma das netas do casal e está seguindo a carreira de cantora.
Zé Dantas teve gravadas com o parceiro Luiz
Gonzaga, umas 50 músicas, entre as quais Sabiá e Letra I, feitas para ela,
Iolanda.
Clique:
O primeiro contato que eu tive com Dona Iolanda faz
sei lá quanto tempo! Foi no programa Viola Minha Viola, da querida Inezita
Barroso. Falávamos sobre Luiz Gonzaga e seus parceiros. Presente entre os entrevistados,
a Rainha do Baião, Carmélia Alves, Oswaldinho do Acordeon e Luiz Carlos Bahia.
Coube a Bahia interpretar Letra I. E lá fui eu contar a história dessa letra,
melhor, da história contida na composição de Dantas. E lá eu disse besteira. Eu
disse que a destinatária da carta, no caso, a personagem da letra, era
Isabel... Dona Iolanda ficou brava, mas depois disse: “você se confundiu, né
meu filho?”
Iolanda Simões de Souza Dantas era uma mulher
incrível...
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