Um dos mais atuais e atuantes pensadores do
mundo, o polonês Zygmunt Bauman, acaba de partir para a eternidade deixando um
legado inestimável: seus livros, uns 70.
Bauman falou de tudo, ou de quase tudo. É dele a
teoria do amor líquido, da realidade líquida, neste mundo louco, líquido. Falou
da globalização e do mal que isso provoca no mundo atual, globalizado. Um mundo
em que o ser humano vira produto, mercadoria, torna-se vendável e rentával para
o seu próprio fim.
Zygmunt Bauman partiu com 92 anos de idade. Antes,
no seu último livro, sobre êxodo, ele deixou patenteada sua opinião à respeito
das guerras, dos conflitos humanos.
Não faz muito, li uma entrevista em que ele falava
de um jovem estudante que se vangloriava de ter feito 500 amigos num só dia.
Via facebook, é claro; e ele, Bauman, dirigindo-se ao jovem, “lamentou”: “eu,
com minha idade, quase 90, não consegui fazer nem 10” (amigos).
O mundo a que se referia Zygmunt Bauman, o mundo
líquido, é este em que vivemos: tudo passageiro, tudo virtual, tudo sem
profundidade alguma, sem amor próprio e nem ao próximo. Vivemos pois o mundo do
nada, líquido, do nada sobre o nada.
O facebook, um instrumento tão incrível, poderia
ser utilizado de maneira que levasse o ser humano a discutir a realidade que
nos cerca, não é mesmo?
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