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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

DOZE ANOS SEM SIVUCA


É mal nosso, humano, esquecermos com facilidade de coisas e pessoas.
Quem se lembra de Joaquim Antônio da Silva Callado Jr.? Esse cara foi, digamos assim, o pai do Chorinho. E de Pattapio Silva, hein? Esse ai foi, simplesmente, o melhor e mais novo flautista brasileiro. Morreu com 26 anos de idade.
Pixinguinha, com centenas e centenas de composições, também já anda no limbo. E olha que ele foi o autor de Carinhoso e tantos e tantas pérolas musicais...
E Waldir Azevedo, autor de Brasileirinho? E Benedito Lacerda, Altamiro Carrilho, Carlos Poyares...?
O paraibano de Itabaiana Severino Dias de Oliveira, que boa parte do mundo conheceu como Sivuca, nasceu em 1930 e partiu para a Eternidade no dia 14 de dezembro de 2006.
Sivuca eu o conheci bem e até virou meu amigo.
No dia 1º de abril de 1979 eu o chamei a um canto pra uma prosa. Isso foi logo após ele retornar dos Estados Unidos, onde viveu durante anos. Essa prosa eu publiquei em três páginas do extinto suplemento dominical Folhetim, do diário paulistano Folha de S. Paulo (abaixo).
Sivuca foi um ás da música popular brasileira. Compôs muita coisa bonita, incluindo forró, baião, samba e choro, muito chorinho. Sanfoneiro, foi professor de violão até no Japão e produtor musical da cantora africana Mirian Makeba (Pata, pata). Para lembrar, ouçam:
Em 1950 Luiz Gonzaga (1912-1989) e Humberto Teixeira (1915-1979) compuseram Sivuca no Baião, que o próprio homenageado gravaria em disco Continental de 78 rpm (ao lado), no ano seguinte. Dois anos depois o mesmo Sivuca gravaria, junto com a rainha do baião Carmélia Alves (1925-2012), um Pout- Pouri com sucessos do programa No Mundo do Baião que era apresentado pelo compositor pernambucano Zé Dantas (1921-1962) na Rádio Nacional.
Os nomes aqui citados são, todos, de grande importância para a música popular brasileira.

Quer saber mais sobre Sivuca, clic:



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