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quarta-feira, 27 de novembro de 2019

PIAUIENSE AGORA É CIDADÃO DE FORTALEZA.


Wilson Seraine é um desses caras que a gente olha e não dá um tostão. Furado.
Seraine é nordestino da capital piauiense. Cabra bom. Tem mil e uma histórias pra contar.
Wilson Seraine virou professor no século passado, mas continua ensinando tudo que aprendeu. E o seu território de aprendizagem e ensinamento não é brinquedo, não. O cara desliza com muita naturalidade nas áreas de matemática e Física. Costumo chama-lo de “Homem-Bomba”. E sabem por que?

Outro dia, Seraine chegou em casa dizendo que no dia seguinte ia submeter-se à uma prova, na USP, que tratava de questões referentes à energia nuclear. Faltou, eu soube depois, uma coisinha de nada para o cara ameaçar o mundo com uma bomba. Nuclear. Mas na verdade, na verdade, Wilson não é de ameaçar nada nem ninguém. Tampouco com bomba!

O professor Wilson Seraine é e sempre será um homem de paz. Eu o conheço desde o século passado. Foi ele quem me levou à proferir palestra sobre cultura popular no principal teatro de Teresina. Uns 500/600 lugares, todos lotados. E entre os assentos ocupados, o mestre Loyola Brandão.
Viva o grande escritor Ignacio de Loyola Brandão!

Brandão é, hoje, membro da Academia Brasileira de Letras, ABL. Mas essa é outra história.
Acabo de tomar conhecimento de uma notícia importantíssima para quem curte, para quem gosta, da cultura popular brasileira: Wilson Seraine acaba de receber título de Cidadão de Fortaleza, cidadão sertanejo!

Wilson Seraine tem publicados uns dez livros sobre o que o povo conta e faz. Luiz Gonzaga, entre eles. Aí na foto, mostro a vocês um trabalho excepcionalíssimo organizado pelo professor Seraine. E mais não digo. Corram à procura do livro Cordéis Gonzaguianos – Antologia. Vocês vão gostar, tenho certeza.

Eu disse que não digo, mas digo: no dia 10 de novembro de 1949, no Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga entrava num estúdio da extinta RCA Victor e gravava o primeiro forró da história musical: Forró de Mané Vito, composto em parceria com Zé Dantas, pernambucano como o próprio Rei do Baião, para lembrar, clique:

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