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sábado, 24 de outubro de 2020

COISAS SIMPLES DE OUTUBRO

 


Ouvir no rádio notícia de que a chuva de ontem voltaria hoje à Capital paulista. Não voltou. De qualquer modo, amanhã e a tarde foram ótimas como está sendo este início de noite.

Na rua, um silêncio danada, aconchegante. Uma buzina aqui, outra acolá. E só. Até o telefone andou preguiçoso.

Um trin aqui, outro acolá. Além do trinado de um passarinho solitário, ali na árvore.

No começo da tarde o telefone avisou que Marquinho queria falar. Marquinho é músico e dos bons. 

No começo da manhã, por volta das 8h, 8h30, Rômulo liga de Campina Grande, PB, pra perguntar se alguém já havia lido pra mim o livro o Magnífico Sivuca - Maestro da Safona de Flávia Barreto (ao lado). 

Flávia é filha de Sivuca. Eu disse que ninguém lera ainda pra mim. Aliás, eu nem sabia da existência desse livro.

Amigos costumam telefonar pra me fazer ouvir algumas de suas novas criações. Poemas ou músicas. Sebastião Marinho faz isso. Como isso também fazem Vital farias, Téo Azevedo, Cadu, do trio Gato Com Fome, Anastácia...

Marquinho(acima) mostrou-me hoje um monte de coisa bonita que anda fazendo ao piano. Até Blues. E ele gosta Robert Johnson (1911-1938).

Johnson  foi o repentista do Blues, gravou pouca coisa e depois o mataram. Era negro e era magnífico, como Sivuca.

Rômulo diz que está chocado com o que soube sobre Humberto Teixeira (1915-1979).

Lendo o livro de Flávia Barreto, que foi lançado em 2012, Rômulo ficou sabendo que Humberto era uma baita machista. "Perdi boa parte da admiração que nutria por ele", disse desgostoso o biógrafo do compositor pernambucano Rosil Cavalcanti(1915-1968).

A cultura popular, incluindo a música, precisa voltar à pauta.

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