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domingo, 24 de outubro de 2021

A MORTE É A ÚNICA CERTEZA DA VIDA

O consumismo desenfreado enlouquece qualquer sociedade, a nossa inclusive

Nesses tempos loucos, completamente louco, em que o material se sobrepõe sobre o espiritual, caminho não há, a não ser o da tragédia coletiva: o fim sem começo.

A morte é parte inseparável da vida.

A vida faz parte da morte e vice e versa.

É simples entender isso, só não entende quem não quer.


Milhões de pessoas morrem e nascem todos os dias. Nascem mais do que morrem.

Hoje 24 faz um mês que a morte levou a vida de dois amigos queridos: o jornalista José Antônio Severo e o editor de livros José Xavier Cortez.

A madrugada daquela fatídica sexta de setembro nos deixou a todos tristes.

 Severo, gaúcho, foi editor e diretor de jornais e revistas em São Paulo, principalmente.

Sob a batuta de Severo, o jornal Gazeta Mercantil, já extinto, fez história no seu tempo. E história também fez na também revista Realidade.

Muita coisa o Severo fez no campo do jornalismo.

Cortez, nordestino de Currais Novos, RN, foi agricultor e marinheiro cassado pelos milicos em 1964.

Esse nordestino arretado foi amigo do revolucionário do Barão do Mar. Mas essa é outra história...

Cortez deixou uma editora com seu nome. Famosa. Cortez, aliás, dá nome a uma escola na zona sul de São Paulo.

Os dois, Severo e Cortez foram sábios.

Era muito bom falar com Severo. Aprendíamos.

Poucos meses antes de partir "praquela" viagem sem volta, Cortez distribuiu o que tinha de objeto pessoais, roupas inclusive, a quem precisava. E era muita coisa. E de grife, que não usava.

Isso fez-me lembrar de Cornélio Pires(1884-1958).

Cornélio era paulista de Tietê. Foi um dos maiores brasileiros que marcou presença fortíssima no campo da cultura popular.


Entre 1929 e 1931, Cornélio produziu e gravou 52 discos de uma série da extinta gravado Colúmbia com seu nome.

Essa história de vida de morte tem que ser encarada com naturalidade, discutida até.

Tudo na vida (e na morte) é normal. A morte é a única certeza da vida.

Pois é, só não ver quem não quer ver.

Clique: https://www.youtube.com/watch?v=MlDIfRoU8x8&t=105s


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AMIGOS E PARCEIROS NO TOM DA BOA MÚSICA

Foi não foi invento de produzir textos para amigos musicarem. 
O primeiro desses amigos a musicar textos meus foi o cantador e violeiro Téo Azevedo, ali pelos anos de 1980... Ou sei lá! Compusemos: O Índio, Caminhando com Vandré, Modinha à Moda Mineira, Minha Rendeira, Clarice...
Clarice, na verdade Clarissa, gravada pela mineira Fatel, integrou a trilha sonora do filme franco-brasileiro Saudade do Futuro.
Depois de Téo, outros amigos acharam motivo musical nos textos que aqui e ali produzo. Gereba, por exemplo, musicou Brasil Pentacampeão, Quixoteando e A Flor de Cacto no Sertão da Vida
Jarbas Mariz, o mestre da viola e de outras cordas, também andou musicando de minha autoria os versos de São Paulo Esquina do Mundo e Brasil e O País do Futebol (partitura ao lado).
O amigo pernambucano Jorge Ribbas tem sido o parceiro mais frequente. As últimas parcerias que assinamos têm por títulos Viva Rosil, Promessa de Amor e Forró pra Anastácia.
Entre os intérpretes destaque para Fatel, Ruth Eli, Emídio Santana, Carlos Felipe, Costa Senna, Cacá Lopes e Caju e Castanha.
E pra encerrar, aí estou tecendo loas à Capital paulista: