Nestes tempos loucos de pandemia, de político mentindo e enfiando dinheiro na cueca; de violência e abandono, pior ainda.
Os vírus e bactérias, aos milhões, nos rondam cheios de más intenções, no solo e no ar. É preciso calma, muita calma. E cautela nestes tempos loucos de pandemia etc.
Por não ter o que fazer, pois pensar o tempo todo faz a cachola ferver, escrevi e publiquei quatro folhetos de cordel (Capa ao lado). E dei ponto final à adaptação que fiz de Os Lusíadas, de Camões (1524 -1580).
Essa adaptação a que intitulei A Fabulosa Viagem de Vasco da Gama no Mar, está pronta pra teatro. É ópera popular. Certamente a primeira feita por um homem cego dos olhos.
Acabo de receber um exemplar do livro, Tempos de Isolamento (Reflexões e Qualidade de Vida), do editor potiguar, José Xavier Cortez. Esse é o primeiro livro de Cortez, aos 83 anos. O texto foi arrumado pela jornalista Goimar Dantas. O sumário está distribuído em 200 páginas.Deixei a aula diária de ginástica de lado para ouvir do professor Anderson Gonzaga a leitura de Tempos de Isolamento (Acima).
O autor começa convidando o leitor para acompanhar suas impressões sobre a vida que trilhou até agora a partir da onda pandêmica que ora assola e assusta o mundo.
É, na verdade, uma viagem o que José Xavier Cortez nos propõe.
Ele é o condutor dessa viagem.
Interessantíssima, diga-se de passagem.
Nesse livro, Cortez recorda sua infância e os primeiros tempos de adolescente na terra onde nasceu, Urrais Novos, RN, a 194 km da capital Rio Grande do Norte, Natal. E o autor vai fazendo comparações até com os tempos da segunda Grande Guerra, quando gente de todo o tipo, idade e sexo foi morta das maneiras mais diversas e brutais na Europa, Ásia e EUA.
A segunda Guerra deixou um saldo de mais ou menos 70 milhões de pessoas, bem menos do que a peste negra que ceifou um terço da população da Eurásia. Século XIV. A gripe espanhola também dizimou meio mundo. Um horror!
Tempos de Isolamento é um livro de crônicas, de memórias.
Cortez traz do passado os tempos que trabalhava no roçado, ao lado de irmãos. Fala também dos tempos de garimpo e do comércio de secos e molhados, até sentar praça na marinha, corporação da qual foi expulso logo após o golpe militar de 1964.
É uma vida movimentada a de José Cortez. Curiosas são suas lembranças de moleque, quando lhe diziam para ter cuidado e não pisar nos restos de cobra. Aqui ele lembra da acauã, ave que come répteis e agoura a vida dos outros. É uma ave de canto arrepiante. Segundo a crença, acauã quando trina numa árvore seca, é sinal de tempo seco, seca. O contrário disso, é ano de chuva e fartura. Parece-se com a asa branca.
Pois é, dá nisso não ter o que fazer. Eu escrevi e publiquei quatro folhetos e Cortez, esse livro cheio de lembranças e recomendações para quem não tem o que fazer, não é mesmo?
Que, fica parado é poste!
Atenção: se tudo der certo e o mundo não se acabar, sob mediação do poeta Moreira de Acopiara, Cortez e eu estaremos amanhã, às 15 horas, falando sobre cultura popular, pandemia, não ter o que fazer e tudo o mais que nos vier à telha. Tudo isso ao vivo!
Atenção: se tudo der certo e o mundo não se acabar, sob mediação do poeta Moreira de Acopiara, Cortez e eu estaremos amanhã, às 15 horas, falando sobre cultura popular, pandemia, não ter o que fazer e tudo o mais que nos vier à telha. Tudo isso ao vivo!
SECA NO NORDESTE
O governo do Estado da Paraíba decretou hoje situação de emergência em 148 municípios. Ontem 15 o governo potiguar já havia decretado situação idêntica em 18 municípios. Há seca também no Ceará e Sergipe. Enquanto isso o fogo continua comendo solto em Minas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e na Amazônia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário