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quinta-feira, 14 de julho de 2022

EU E MEUS BOTÕES (29)

Seu Assis, começou o Zilidoro, "o Sr. sabe o que aconteceu no dia 14 de julho de 1789?".
Hmmm... Por que você me pergunta isso, hein?
"Calma, seu Assis, é porque o dia 14 de julho é muito importante para a vida do mundo. Tomada da Bastilha, França. O Sr. sabe".
Desculpe Zilidoro, é que essa data pra mim é, de fato, muito importante. Nesse dia, 200 anos depois, nascia em São Paulo, SP, uma menina filha minha a que eu e a mãe dela demos o nome de Clarissa. Filha da liberdade.
"Eu conheci Ana Maria... É a sua filha mais velha, não é?", pergunta o curioso Zilidoro.
À pergunta do Zilidoro, respondi simplesmente: "As mulheres são incríveis. Ana, minha filha, é incrível".
"Isso eu entendo, isso é verdade! E Clarissa é, também, o nome de um romance do grande escritor Érico Veríssimo", veio ainda dizendo Zilidoro.
O Érico eu não conheci, mas conheci o seu filho Fernando.
"O Sr. conheceu o Fernando Veríssimo!?".
Sim, sim. Fernando Veríssimo a mim foi apresentado por um enorme amigo meu chamado Fortuna. E lá estivemos eu e ele, juntos em Piracicaba. No Salão de Humor de Piracicaba.
"Essa conversa tá bonitinha, bonita de se ouvir, mas a realidade nossa neste nosso Brasil está uma doidura", interrompeu Jão.
À fala de Jão, vieram as falas de Zé, Mané e Barrica. 
Até parece que os três haviam combinado, porque em uníssono disseram: "A realidade que vivemos é a realidade inventada por um cabra safado chamado Bolsonaro".
Lampa, daquele jeitão que já conhecemos, cutucando as unhas e lambendo o punhal, disse: "Hmmm...".
Biu fez de conta que não ouviu Lampa e acrescentou: "O negócio tá feio. Ouvi hoje no rádio que a bolsa abaixou e o dólar se equiparou ao Euro".
Zoião, o sempre surpreendente Zoião, disse: "Estou perdendo no mercado financeiro".
Zé, com cara de besta, disse: "Bem feito!".
Esses botões meus estão totalmente fora de controle.

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