O transporte de gente e de cargas, via trens, no Brasil é completamente deficiente. Pra dizer o mínimo.
A primeira linha de trem, no Brasil, foi inaugurada em 30 de abril de 1854. Tinha 14,5km e ligava Mauá a Fragoso, no Rio. O Autor dessa façanha foi Irineu Evangelista de Sousa, que ganharia o nome de Barão de Mauá, por obra e graça do imperador Pedro II.
As linhas se multiplicariam e virariam, em curto prazo, uma malha importante.
No dia 16 de março de 1957, o presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976) inaugurou a Rede Ferroviária Federal, RFF (Refesa).
A Refesa chegou a cobrir 19 Estados em 4 da 5 regiões do País. Sua malha: 22 mil km.
Trens são, no campo do transporte, uma grande riqueza em qualquer país. No Brasil, não. Assim pensam os donos do poder, desde há muito tempo, infelizmente.
E o que dizer dos trens de passageiros, especificamente?
Os trens de passageiros morreram, como morreram os trens de carga.
Ontem 16, no começo da noite, o engenheiro Peter Alouche proferiu concorrida palestra na NT Expo. Falou e falou. Lá pras tantas, teceu severas críticas contra os governos da Bahia, Mato Grosso e São Paulo. Disse achar, por exemplo, que o sistema Monotrilho não tem futuro, que o VLT está morrendo e o Metrô, por sua vez, super defasado e sua expansão andando a passo de tartaruga. No momento, porque antes não era assim.
Ex-professor da FAAP e do Mackenzie, Peter Alouche é um dos mais importantes e requisitados especialistas em transporte público do Brasil. E do mundo.
Quem não foi assistir a sua palestra na NT Expo, na Imigrantes, sob o
tema VLT Uma Tecnologia De Transporte Para As Metrópoles Brasileiras, só
teve a perder. Eu fui e gostei.
Trem na minha vida é uma indelével lembrança.
O Trem sempre esteve presente na minha vida e, certamente, na vida de tantos e tantos brasileiros da safra dos 50.
Tema constante na obra musical de muitos artistas, e pensando nisso, um dia fiz um levantamento sobre o trem como tema musical. O resultado foi um CD a que intitulei Um Trem, Uma Saudade.
Este blog oferece a seus leitores o prazer que é ouvir o disco em referência. Na íntegra. Clique: