Que Marconi que nada, o inventor do rádio foi o gaúcho de Porto Alegre Roberto Landell de Moura (1861-1928).
Landell era padre e cientista, com altos estudos desenvolvidos na Itália.
Nos fins do século 19, Landell de Moura inaugurou a transmissão de voz humana entre a incipiente Avenida Paulista, SP, e o Alto de Santana.
Embora tenha desenvolvido tal façanha, o padre cientista não recebeu nenhum incentivo da iniciativa privada, do governo e tampouco da Igreja católica.
A vida do padre Roberto Landell de Moura foi uma vida duríssima.
O padre chegou a ser acusado de pacto com demônio, por causa das suas experiências no campo da Ciência. É o caso de se dizer, literalmente, que Landell comeu o pão que o Diabo amassou.
Curioso, né?
O mineiro Santos Dumont, inventor do avião, também viveu maus bocados que findou por se matar pendurado numa corda. Mas essa é outra história.
Oficialmente, digamos assim, o rádio foi inaugurado no dia 7 de setembro de 1922. Sem endereço fixo. O presidente era o paraibano Epitácio Pessoa.
Pra valer, pra valer mesmo, a 1ª emissora de rádio no Brasil chamou-se Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. O proprietário, e autor da façanha, foi o médico e antropólogo Edgar Roquette-Pinto (1884-1954).
O rádio foi crescendo, crescendo, e ganhando um destaque fantástico no mundo todo.
Às 9 da noite de 12 de setembro de 1936, boa parte dos brasileiros ouviram o paulista de Jundiaí Celso Guimarães (1907-1973) anunciar, alto e bom som, que estava inaugurada a Rádio Nacional.
Até peça contando história da Nacional foi escrita: Rádio Nacional - As ondas que conquistaram o Brasil, de Fábio Pilar, Claudia Vigonne e Sylvia Bandeira.
No começo dos anos de 1930 o rádio, no Brasil, foi de extrema importância para os cantores e cantoras como Chico Alves, Luiz Gonzaga e tantos e tantas.