O músico Theo de Barros morreu na última madrugada 15, cinco dias depois de completar 80 anos de idade. Era carioca, filho de um radialista pernambucano. Começou a carreira ainda na pré-adolescência. Sua carreira ganhou brilho a partir de São Paulo onde conheceu seu parceiro mais famoso, Geraldo Vandré.
É de Theo e Vandré a moda de viola Disparada, empatada com A Banda, de Chico Buarque, num festival de música promovido pela Record em 1966. Essa música ganhou versão em vários idiomas: espanhol, italiano, francês e alemão.
A primeira composição de Theo gravada por ele mesmo, num compacto simples, foi Menino das Laranjas, gravado também por Vandré e Elis Regina.
Há uma versão muito bonita em espanhol de Menino das Laranjas, por Elis.
Eu conheci Theo de Barros num ano qualquer dos 70. Viramos amigos. Frequentou a minha casa (acima).
Acho que foi em 2008 que levei Theo para debater comigo o interminável ano de 1968. Foi um debate com exposição temática por mim organizada no BNB, em Fortaleza, CE
Desse debate, um ciclo, também participaram o músico Sérgio Ricardo e o jornalista José Hamilton Ribeiro.
Certa vez Theo perguntou se eu conhecia a obra do poeta cubano Nicolás Guillén (1902-1989). Disse que sim, que até tinha uma edição de um livro de Guillén editado na Argentina. Pediu-me emprestado e eu o emprestei. Resultado: Theo musicou um poema do cubano e o inseriu num álbum duplo que lançou pela extinta Eldorado, em 1980.
E pensar que ontem 15 de manhã eu e minha filha Clarissa ouvíamos Elis cantar Menino das Laranjas, enquanto tomávamos café. E alí pelo final da tarde, numa visita a mim o amigo músico e quadrinista Paulo Garfunkel, o Magrão, perguntava se eu conhecia Teófilo Augusto de Barros Neto.
Pois é, pra morrer basta estar vivo.
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