"Esse menino vai longe", disse uma vez o professor Antonio Gentil. E disse mais: "Em apenas 15 dias, ele aprendeu análise gramatical, a distinguir orações e a conjugar os verbos regulares".
O referido professor prognosticava bom futuro ao menino Rui que tinha então só cinco anos de idade.
Tal prognóstico foi feito no distante ano de 1854.
O Rui aí é o Rui Barbosa de Oliveira, baiano de Salvador que entrou para a história como "Águia de Haia", depois de chamar a atenção do mundo pelas palestras e intervenções intelectuais que fez em Conferência da Paz, realizada na Holanda entre junho e outubro de 1907.
O epíteto Águia de Haia veio a coroar de sucesso e admiração a carreira de intelectual que já tão bem desfrutava.
Rui foi deputado três vezes e senador cinco. Foi também o primeiro ministro da Fazenda e da Justiça no começo da República (1889).
Coube ainda a Rui a responsabilidade de escrever praticamente sozinho a Constituição de 1891.
Além dessas práticas importantíssimas, constam do currículo do admirável baiano a disputa pela presidência da República em 1910 e 1919, que perdeu para o marechal Hermes da Fonseca e Epitácio Pessoa, respectivamente.
Incansável, Rui deixou excepcionais discursos e livros de conteúdo jurídico. Aliás, foi o inspirador da criação do Supremo Tribunal Federal.
Como se não bastasse, Rui Barbosa é o patrono do Senado.
Ah! Sim: Ao mesmo tempo que exercia a profissão de advogado, Rui exercia o cargo de chefe de redação do jornal Diário da Bahia.
Morreu com 74 anos de idade em 1923.
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