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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

SEM DIÁLOGO NÃO HÁ FUTURO

Incluindo votos brancos, nulos e abstenção, mais de 2,7 milhões de eleitores deixaram de votar em São Paulo, no último domingo 29.
O candidato do PSDB, brino covas, foi reeleito com quase 3 milhões de votos. E o seu oponente, Guilherme Boulos (PSOL), mais de 2,1 milhões.
Foi uma disputa renhida, no correr de todo 2º turno. Ao fim, já vitorioso, o tucano declarou:
"As urnas falaram e a democracia está viva. São Paulo mostra que faltam poucos dias para o obscurantismo e negacionismo. São Paulo disse sim à ciência e à moderação". E acrescentou: "É possível fazer política sem ódio, falando a verdade".
Boulos, reconhecendo a derrota telefonou ao seu adversário cumprimentando-o pela vitória e desejando uma boa administração no decorrer dos próximos 4 anos. Clique:

O candidato do PSOL saiu da campanha à Prefeitura paulistana politicamente forte.
Não será exagero dizer que Guilherme Boulos desponta como a principal liderança da ora fragmentada esquerda do País. Perdeu a eleição agora, mas tem tudo para crescer mais e chegar ao Palácio dos Bandeirantes, em 2022. Isso se não for possível uma grande articulação dos partidos à esquerda para alçá-lo como candidato à presidente da República.
O PT optou por ter candidatos em quase todas as capitais. Perdeu em todas. E perdeu muitas prefeituras espalhadas Brasil afora. O Lula precisa usar a sandália da humildade. Ciro também.
Muita gente deve estar se perguntando por que o PSOL resolveu aceitar alianças no 2º turno.
Pois é, isso faz parte da política.
E o PSDB, que aceitou na última hora apoios do PSL; Republicanos que teve no curso o apoio de Bolsonaro, hein?
Política é um eterno mar revolto. Quando não, é um rio de piranhas atacando até pelas costas.
Fundamental, nisso tudo, é que todos dialoguem com todos de modo mais civilizado possível.
Sem diálogo, o futuro fica cada vez mais difícil de ser encarado.

domingo, 29 de novembro de 2020

DOMINGO DE VOTO E FESTA

Acordei cedo, fiz ginástica, tomei banho, escovei os dentes, vesti roupa de domingo, penteei o cabelo e fui tomar café. Depois, perfumei-me e sai com o sorriso na cara e a bengala na mão a me guiar.
Claro, feliz fico sempre nos dias de votação cívica.
Mas quase que não ia. Pois Clá e Ana ficaram dodóis. E quem resolveu a questão foi o amigo professor Anderson Gonzaga. Ao saber disso, o querido Carlos Sílvio aumentou a voz, em tom de censura: nesses casos, não custa telefonar pra mim!
Esse Carlos é uma figura, meu amigo, minha amiga. E lá fui eu, bem cedo, votar neste segundo turno pelas melhores propostas dentre os programa de governo dos candidatos do PSDB e do PSOL.
O local de votação é o que indico acima: Faculdade Oswaldo Cruz, ali na Barra Funda.
Política é melhor do que futebol?
Política é fundamental na vida de qualquer país, especialmente quando o povo tem liberdade de escolha e vive numa Democracia.
Daqui a minutos os meios de comunicação estarão divulgando resultados de boca de urna.
E chega, né?

 

DIREITA E ESQUERDA

E se o pessoal da extrema direita apoiar o pessoal da esquerda, hein? Tudo é possível. O que se passa na cabeça de político profissional nem Deus sabe. Não podemos esquecer que Bolsonaro continua no palco, marcando terreno para 2022. Uma olhadela no que ora ocorre em Recife pode ser uma boa para entendermos o que se passa na cabeça da direita. 

Pois é, político não dá murro em ponta de faca.

sábado, 28 de novembro de 2020

TOQUINHO: A ARTE DE VIVER

 


É bom ligar o rádio e ouvir uma boa entrevista. 

Na madrugada de hoje 28 liguei o rádio e ouvir Toquinho contar parte da sua história aos apresentadores Fernando Andrade e Tatiana Vasconcelos. O pretexto foi o novo cd, A Arte de Viver, que o artista está lançando.

O cd Arte de Viver tem o repertório todo desenvolvido  em parceria  com Paulo César Pinheiro.

Sei não, mas acho que esse Paulo César é o mais prolífico compositor da nossa música popular. Excelente. Não sei quantas composições já fez, mas tenho certeza que são centenas e centenas. Talvez até já tenha alcançado a casa do milhar.

Toquinho foi aluno de um amigo querido, Paulinho Nogueira (1927-2003).

Esse Paulinho também era incrível. Esteve algumas vezes no programa que eu apresentava ao vivo na Rádio Capital, São Paulo Capital Nordeste.

Mas voltemos ao Toquinho.

Toquinho já chegou a casa dos setenta e contou aos apresentadores da CBN que já gravou mais de 500 músicas. É muita coisa. E coisa boa.

Lembro o bom e saudoso Paulo Vanzolini (1924-2013) falando de Toquinho e Vinícius.

Lembro de Paulo Vanzolini contando uma história sobre Toquinho e Vinícius numa apresentação em  Buenos Aires, Argentina, em 1976. 

O pianista Tenório Júnior o Tenorinho, saíra pra comprar cigarro e nunca mais voltou. "Não voltou porque foi sequestrado por agentes da ditadura Argentina", segundo Vanzolini.

Vinícius enloqueceu procurando Tenorinho por toda parte. Em vão.  Segundo o autor de Ronda.

Cheguei a pensar que Toquinho ia tocar nesse assunto. Mas, não. Preferiu meter o pau na Imprensa, dizendo que "há muita fake news".

O disco novo de Toquinho é maravilhoso.


sexta-feira, 27 de novembro de 2020

CULTURA E POLÍTICA DE MÃOS DADAS


Não tenho nada contra ninguém, seja de qual for a sua coloração política, religiosa ou esportiva. O diálogo sempre foi algo fundamental na vida de todos nós. Inclusive, entre casais. 
A política na Capital paulista está pegando fogo. 
O objeto de desejo é a Prefeitura. 
De um lado o PSDB, de outro o PSOL.
Os meios de comunicação estão divulgando a informação de que uma quantidade enorme de cestas básicas foi distribuída por apoiadores do PSDB aos moradores da Brasilândia, bairro pobre da Zona Norte da Capital paulistana. A polícia foi acionada para identificar os responsáveis pela distribuição. Certo, pois isso é crime previsto em Lei.
Desde menino ouço falar na compra de votos nos períodos eleitorais.
Vou dar meu voto a Boulos/Erundina, pois entendo que as propostas por essa chapa apresentadas são bem melhores do que as propostas da chapa da oposição, isto é, da situação, pois o PSDB é governo. 
Não se deve votar em candidato nenhum, por amizade ou interesse de qualquer natureza. 
Eu tenho amigos que se alinham politicamente à direita e à esquerda. Entre esses amigos, jornalistas, compositores, escritores, atores e cantores.
O compositor, cantor e instrumentista Vital Farias é um nome que o Brasil conhece e aplaude. 
Ontem 26, à noite, conversamos longamente. Falamos de música, naturalmente, mas principalmente de política.
Vital teve a primeira composição (Ê Mãe) gravada pelo paulista Ary Toledo, em fins dos anos de 1970.
Depois vieram muitos sucessos: Caso Você Case, Aí que Sodade de Ocê e Saga da Amazônia, uma pérola. (Ouça, abaixo).
Vital e eu frequentamos algumas vezes a casa do Ary, cá em Sampa.  
Já famoso, com belíssimos discos lançados à praça, concorreu duas vezes ao Senado.
Na primeira (2006), apoiado pela "Frente da Esquerda Paraibana" (PSOL, PSTU), obteve cerca de 100 mil votos. Belíssima votação. 
As eleições de 2018 foram eleições que dividiram o Brasil. Ganhou Bolsonaro, com 57 milhões de votos. 
Muitos lares foram desfeitos com o resultado dessas eleições.
Amigos brigaram, amigos se separaram. E a briga de bolsonaristas contra não bolsonaristas continua. Infelizmente.
Há agressões, provocações de todos os tipos. 
Já quiseram até jogar o exército contra o STF, por exemplo. 
Vital mudou de lado, declarando-se bolsonarista de primeira hora. Como Sérgio Reis, Djavan, Toquinho, Lulu Santos e Fagner. Os dois últimos estão arrependidos.
Bolsonaro é defendido por Vital com a maior naturalidade do mundo. E firmeza. A vergonha, segundo ele, "é uma linha reta sem curva, se desviar, estou fora". 
Ainda falando sobre cultura, perguntei a Vital se ele aceitaria assumir o Ministério que virou Secretaria da Cultura. Resposta: "Aceitaria sim, desde que a secretaria voltasse a ser Ministério".
Política dá ordenamento à vida de um país, inclusive no tocante a questões de ordem cultural. Em resumo, tudo é política, e mudar de opinião também faz parte desse processo. 

Há um livro muito bom escrito pelo francês André Gide (1869 - 1951), intitulado O Imoralista. Nesse livro o autor dá voz a um personagem que diz mais ou menos isto: "Só não muda de opinião quem é burro".
Confesso, meus amigos, minhas amigas, que custei entender o que o personagem de Gide queria dizer com essa frase.
Dia desse perguntei a Geraldo Vandré, se era de esquerda ou de direita. Pergunta boba, claro. Após uma risadinha sarcástica, respondeu com a maior tranquilidade do mundo: "Nem uma coisa, nem outra". 
Vandré é o autor da canção Pra Não Dizer que Não Falei de Flores (Caminhando), regravada dezenas e dezenas de vezes pelos mais diferentes intérpretes e grupos musicais, no Brasil e no Exterior. 
Política é coisa fundamental à saúde de um país, de uma nação, quando feita sem ódio, sem mentira e com respeito aos adversários concorrentes a quaisquer que sejam os cargos eletivos nas esferas municipal, estadual ou federal.
No total, são 5577 municípios que formam a República Federativa do Brasil. Desses, 57 terão suas prefeituras disputadas no próximo domingo 29. Entre as capitais, 18, quatro das quais disputadas a pau: São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre. 


LEIA MAIS: 

https://assisangelo.blogspot.com/2019/08/saga-da-amazonia-40-anos.html
https://assisangelo.blogspot.com/2014/08/o-dia-em-que-morri-de-vergonha.html
https://assisangelo.blogspot.com/2014/08/o-fazer-poetico-de-vital-farias.html
https://assisangelo.blogspot.com/2017/01/vandre-vital-e-oswaldinho-da-cuica-viva.html

NEGACIONISMO A TODA PROVA

O Ivo que viu a uva nas primeiras aulas de alfabetização não é o mesmo Ivo do poema Pacto ao Cair da Noite. Uma obra-prima, diga-se de passagem. Mas, cá com os meus botões, fico imaginando se o Ivo da uva resolvesse negar que viu tão saboroso fruto um dia na sua vida.
Essa conjectura, com ou sem "C" no meio da palavra, vem a propósito da inesperada negativa do presidente Bolsonaro, que disse não ter dito ser apenas uma "gripezinha" que anda por aí circulando sob a denominação de Coronavírus.
Essa negativa é improcedente. Diante do dito não dito, falta Bolsonaro dizer também que não disse sermos todos uns maricas.
Bom, do alto dos meus 68 anos de idade, digo sem medo de errar: nunca vi, ouvi, ou soube de alguém tão negacionista quanto Bolsonaro.
Ele parece não pensar duas vezes, se é que pensa, para pronunciar absurdos extraídos da sua cabeça de ex-capitão. Nisso é rápido como um raio.
O que Bolsonaro nos reserva nas próximas horas, hein?
Ele já disse que sua eleição foi uma fraude, mas sem apresentar prova alguma. Tal e qual sua cara-metade estadunidense Trump.
Ele já disse que não houve nem há incêndio na Amazônia, embora seu piloto tenha apresentado dificuldades de pousar num descampado da floresta com ele abordo. Isso faz uns dois meses.
Ele já disse que a Cloroquina é um santo remédio contra a Covid-19, ao contrário do que dizem cientistas do mundo todo.
Bolsonaro diz que defende a liberdade, mas declara ser ele próprio a Constituição.

VICE É PRESIDENTE?

O Mourão continua protagonizando. Hoje 27 ele ganhou destaque ao "defender" o Itamaraty. Motivo: no começo da semana o deputado Eduardo filho do outro usou as redes pra agredir os chineses, nosso principal parceiro comercial. A Embaixada chinesa não deixou por menos e contra-atacou. Sobre o tema o presidente nada falou, preferindo a moita onde se acha que nem um santo.

ATENÇÃO, BELCHIOR ESTÁ NA PRAÇA


Milhões e milhões de discos nos formatos de 10 e de 12 polegadas foram produzidos e lançados no Brasil desde 1956. Nesse período eram também produzidos e lançados discos de 78 rpm. 
A produção em larga escala de discos de vinil estendeu-se até finais de 1990. Os de 78 rpm findaram em 1964. 
Os artistas que mais gravaram discos em vinil foram Luiz Gonzaga, Nelson Gonçalves, Roberto Carlos; Tonico e Tinoco, Tião Carreiro e Pardinho… 
O cantor que mais gravou discos em 78 rpm no Brasil foi disparadamente Chico Alves. Ele nasceu no Rio, em 1897. 
Chico reinou impoluto até 1952, quando morreu. 
Por trás de cada disco que vai à praça há um produtor, um diretor musical etc. 
O piauiense de Piripiri Jorge Mello foi um dos mais ativos produtores musicais do País. Em toda a carreira, produziu quase duas centenas de LPs. 
Além de produzir seus próprios LPs, 16 no total, produziu discos de Belchior e muita gente mais. De Belchior, aliás, estão sendo relançados no formato de CD Um Show − 10 Anos de Sucesso e Trilhas Sonoras, incluídos numa caixinha intitulada Paralelas. Uma pérola. O responsável por essa iniciativa foi o carioca Renato Vieira. O cantor, compositor e produtor musical Jorge Mello nasceu em 27 de novembro de 1948. 
Sua carreira artística ganhou ritmo a partir de Fortaleza, Rio e São Paulo, onde tem vivido a maior parte do tempo. Continua compondo. 
Além de músico, Jorge Mello foi professor de música, ator e diretor de teatro. Inquieto, fez o curso de Direito e especializou-se em Direitos Autorais. Tem cinco livros publicados e vários folhetos de cordel. 
Para Jorge Mello, a caixinha com os dois discos de Belchior que produziu “é um ótimo presente de aniversário”. 
A caixa de discos Paralelas está sendo lançada por via independente. 
A respeito de Jorge Mello e Belchior, leia mais: 

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

A POLÍTICA EM JINGLES

Você sabe quem foi o primeiro prefeito do município de São Paulo?
Antes disso não custa dizer que a figura de administrador municipal apareceu por essas plagas em 1563, na pessoa de Salvador Pires. 
O prefeito como tal hoje conhecemos, e elegemos, foi inspirado nos mandachuvas do senado da velha Roma. E por aí segue a história. 
O primeiro prefeito da capital paulista foi Antônio da Silva Prado (1840-1929), que ocupou o cargo em fevereiro de 1899. Prado era riquíssimo. Foi quem mais tempo permaneceu no cargo, até 1911. À época, o mandato era de três anos. Virou quatro com as novas regras ditadas pelo presidente Getulio Vargas, em 1932. No tempo de Vargas eram os governadores que escolhiam os prefeitos. 
Depois da Constituição de 1946, novas regras surgiram. 
O primeiro prefeito de São Paulo eleito depois disso foi o matogrossense Jânio da Silva Quadros (1917-1992). 
Em 1960, Jânio renunciaria à Presidência do Brasil sete meses após eleito. Veja Encontro com Jânio (https://assisangelo.blogspot.com/2012/08/encontro-com-janio.html).
Jânio foi prefeito de São Paulo em duas ocasiões, a última em 1986. 
Com os prefeitos sendo escolhidos pelo povo, fazia-se necessária uma intensa campanha. E é aí que entram os marqueteiros da vida, com suas peças, com seus jingles. 
O jingle político mais conhecido, que mais sucesso fez, foi Varre, Varre, Vassourinha. Ouça! 


Desde que entraram como peças publicitárias, os jingles são sucesso de campanha até hoje. 
Muitos artistas famosos participaram de jingles. Entre eles Jorge Veiga, Dircinha Batista, Luiz Vieira, Altamiro Carrilho, Elisete Cardoso, Ivon Cury e Isaurinha Garcia. 
Até Carmélia Alves e Luiz Gonzaga gravaram jingles induzindo o povo a votar em Jânio Quadros. O disco (na foto isolada), de 78 rpm, foi lançado pelo extinto selo musical Chantecler e trazia os seguintes títulos: Iaiá Quem Vem Aí; Compadre, A Notícia É Boa; A Vida Vai Miorar; e Quero Dizer Neste Côco pra Você. Além dos jingles, músicas foram lançadas em ritmo de marcha, samba, tirando sarro, mais das vezes, das campanhas e dos candidatos. Exemplos: Democracia, Minha Candidatura e Só Mamãe Votou em Mim. 
No nosso acervo há muitos jingles gravados em discos de 78 rpm e em LPs. 
Houve campanhas curiosíssimas em que até animais “ganharam” eleições. No caso, não custa lembrar, Cacareco. Mais uma coisa deve ser dita: os jingles políticos deste ano em São Paulo são de péssima qualidade, com ritmos que vão do funk ao gospel. 
No próximo dia 29 saberemos quem será o novo prefeito de São Paulo. São Paulo já teve 53 prefeitos

O BRASIL ESCRITO COM SANGUE NEGRO

 

Há coisas na vida que não entendo.
Como é que um jogador de futebol consegue, na sua morte, mobilizar o mundo inteiro?
Com todo o respeito...
Mortos e vivos se confundem, entre si.
A fome ainda mata. A miséria é cancro.
Maradona, Pelé.
Pelé é negro e nega a própria cor, por que?
O Brasil de Bolsonaro poderia ser o Brasil dos brasileiros com Ciro Gomes ou Joaquim Barbosa.
Pelé é um ser triste, alegra e mata.
Pelé mata pobres negros pela omissão. O Barbosa, também.
Sim, sim, não falo isso com alegria.

O Juiz Eusébio de Queiroz, em 1850, aprovou Lei freando o tráfico de escravos para o Brasil.
O Exército brasileiro usou de todas as formas negros escravos, nas suas fileiras.
Dói, mas história é história.
A história brasileira continua sendo escrita com o sangue da discriminação, do preconceito, da prepotência, dos horrores da caneta do presidente estranhamente eleito pelas urnas em 2018.
Triste Brasil.
Onde estás tu, Pelé?
Onde estás tu, Joaquim Barbosa?
O vice-presidente do Brasil, general Mourão, diz que não há racismo no meu país Brasil.
Esse generalzinho, que foi lamber botas nos EUA, parece não saber da história sangrenta vivida pelos pobres e negros desse país que tanto amo.
Lugar de general, lugar de militar, é no quartel.
O poeta alagoano Ledo Ivo, na sua sinceridade divina, afirma naquele poema (Pacto ao Cair da Noite):

Está morto o vivo
Que esquece os seus mortos...

MORTES NO COLO DO PRESIDENTE

Certa vez ouvi dizer
"Está morto o vivo
que esquece os seus mortos"
De modo imperativo
Provocativo e mordaz
Isso disse o Ledo Ivo


Poeta brasileiro
Alagoano da Capital
Ledo Ivo foi um mestre
Da cultura nacional
Mas do Brasil reclamava
Por ser país tão desigual


Jornalista, advogada, romancista, tradutor e poeta Ledo Ivo nasceu em Maceió, AL, no dia 18 de fevereiro de 1924.
Tempos de guerra em São Paulo.
Guerra tenentista.
Ledo Ivo logo cedo trocou seu torrão pela capital do Brasil, o Rio. Lá desenvolveu o seu intelecto.
Foi um dos mais ativos representantes da poesia parnasiana.
Ivo é da Geração de 45.
Os poetas dessa geração deixaram uma obra primorosa, mas pouco lembradas no dia de hoje.
A poética do alagoano Ledo Ivo nos lembra, de passagem, poetas de inspiração trágica e mórbida como o paraibano Augusto dos Anjos (1884-1914). Exemplo é Pacto ao Cair da Noite, em que diz: "Está morto o vivo/que esquece os seus mortos".
Bolsonaro era menino de bunda suja quando Ledo Ivo escreveu esse poema. Mas parece que foi hoje, não é mesmo?
O atual presidente do Brasil provoca mortes e esquece seus mortos, que um dia cairão em seu colo. Dele e de Trump.
Foi no dia 13 de novembro de 1986 que Ledo Ivo foi eleito à Academia Brasileira de Letras, ABL.
No dia 7 de março de 1987, Dom Marcos Barbosa saldou o novo imortal, lembrando as preferências culinárias do Ivo. Depois de agradável rodeio, ressaltou:

"...Vossa preocupação é, sobretudo, a palavra, a ponto de lamentardes que os horóscopos tenham tomado nos jornais os espaços outrora ocupados por aqueles que, através do inferno amarelo das polêmicas, encontravam o paraíso da Linguagem. Contudo, os horóscopos não vos metem medo, pois escreveis no 'Pacto ao cair da noite'...".

Foi na Espanha, à véspera do Natal de 2012, que o poeta brasileiro Ledo Ivo se expirou, aos 88 anos de idade.

VICE É PRESIDENTE?

Hummmmmm... O tal do Mourão tem falado pelos cotovelos. Falas de presidente. Basta ver o que ele falou hoje 26 sobre a relação Brasil-China. Hummmmm... Será?

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

"GRIPEZINHA" JÁ FAZ 170 MIL MORTOS

Acabo de ouvir no rádio notícia dando conta de que já chega a casa de 170 mil mortes provocadas pela Covid-19, no Brasil. 
Um horror! Terrível! 
Isso tudo um dia antes de completar nove meses da primeira morte ocorrida no dia 16 de março, em São Paulo. 
Quatro dias após a primeira vítima da Covid-19, o presidente Bolsonaro disse simplesmente que essa doença não passava de uma "gripezinha". Pois é. 
As primeiras 100 mil mortes causadas pela Covid-19 foram registradas no começo da tarde do dia 7 de agosto, cinco meses e onze dias após a primeira morte. 
Quando isso tornou-se público, eu escrevi um pequeno poema intitulado Tristes Números. 



Antes, no dia 17 de março, lancei o folheto Piolho do Cramunhão faz o Mundo Todo Tremer (https://lulacerda.ig.com.br/jornalista-paraibano-lanca-cordel-sobre-as-diabruras-do-coronavirus/)
Depois desse folheto, escrevi outro, Repórter Entrevista Piolho do Cramunhão (capa ao lado). Nesse folheto, a personagem declara: 

Ninguém nunca vai saber
Quanta gente eu vou matar
Na Ásia, Europa
De tudo quanto é lugar
Terrível, como Roberto
Eu boto é pra quebrar!

Mato até na Páscoa
Fazendo o Papa chorar
O mundo constrangido
Não pode nem reclamar
Em tempo de alegria
É hora boa pra matar

Eu não me arrependo
De nada do que faço
Antes planejo tudo
Como quem pega boi a laço
Sou rápido no trato
O que vier pra mim eu traço!...

O vírus que provoca a Covid-19 já infectou muitos milhões de pessoas mundo afora. 
Os EUA registra os maiores números, de mortes, inclusive: mais de 250 mil. 
Por lá, nas Terra do tio Sam, a pandemia segue totalmente descontrolada. No Brasil, quase. 
No mundo todo já são quase 1,5 milhão de mortos. 
Enquanto isso, Bolsonaro continua assobiando como se não tivesse nada com isso. 
Bolsonaro e Trump são genocidas. Negacionistas, os dois são um focinho do outro. 
Bolsonaro nega a existência de racismo, o envolvimento dos filhos em corrupção, a pandemia, o incêndio na Amazônia e tudo o mais. 
E aí?


terça-feira, 24 de novembro de 2020

RACISMO NA NOSSA MÚSICA (3)

Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, todos nós sabemos quem foi.
Gonzaga era negro e talvez nem soubesse que fosse.
O problema maior do Gonzaga, que eu conheci bem de perto, era a pobreza. Ser preto, era condição secundária. Na verdade, quero crer que ele nem punha isso como fato dolorido da vida cotidiana.
Eu acho que Gonzaga fechava os olhos a pretos e brancos, homens e mulheres.
Gonzaga, ele me disse mais de uma vez, que desde moleque queria ser cartaz da música (leia: O FOLCLORE NA OBRA DO REI DO BAIÃO).
O baião como gênero/ritmo foi lançado no dia 22 de maio de 1946.
Em 1951, Luiz Gonzaga já era considerado o Rei do Baião.
Nesse ano, 51, Luiz Gonzaga foi barrado à entrada da Rádio Gazeta.
A Rádio Gazeta, SP, em 1951, era uma das mais importantes do País.
Pois bem, convidado para uma entrevista à rádio, ele foi barrado. Motivo? A cor da pele.
Luiz Gonzaga do Nascimento, pernambucano de Exu, o 2º dentre 9 irmãos, nasceu pra ser artista...
A negritude para Gonzaga não significava muita coisa.
Gonzaga, que o mundo passou a conhecer como Rei do Baião, era a reunião de tudo de bom e conflitos: cidadão.
Ser negro ou ser branco, para Luiz Gonzaga, significava uma coisa só: gente.
Luiz Gonzaga nasceu, viveu e morreu como um ser simples.
A alma não tem cor, não é mesmo?
Isso achava o pernambucano Luiz Gonzaga do Nascimento. Pra mim, foi bom conhecê-lo.
Meu amigo, minha amiga, ouça:

RACISMO NA NOSSA MÚSICA (2)

Por acaso acabo de ligar a televisão e através dela ouvi a notícia de que Francisco, pai de Zezé e Luciano, acabara de morrer.
Todos morremos.
Francisco, pai de Zezé e Luciano, era branco.
Juntando pretos e pardos o Brasil é maioria nesse nosso território.
E...?
O Brasil começou no batuque.
Batuque é negro.
E aí bate, bate acolá, o batuque se fez forte e nasce o samba.
Antes do samba, o negro brasileiro mostrou o seu talento no choro.
Choro, é choro.
Estou falando do choro como um gênero mu-si-cal.
Ninguém fez isso, ninguém fez choro gênero/ritmo musical no mundo. Fizemos.
Quem inventou o choro como gênero musical foi Joaquim Antônio da Silva Callado (1848-1880). Esse cara foi incrível. Pergunto: como esse cara pode ser um nome esquecido no meu Brasil de hoje?
Callado era negro.
Quem me falava muito sobre o Callado era o Carlos Poyares (1928-2004).
Poyares era um cara que fez uma história enorme.
Poyares era flautista. Sabia tudo sobre choro. Conheceu Benedito Lacerda, Pixinguinha e todos os grandes da sua época.
A flauta de Poyares está em mais de 3 mil discos, inclusive em discos do rei do baião Gonzaga.
Ah! E tem Pixinguinha...
Pixinguinha era um negro retinto do caralho!
O José Ramos Tinhorão, meu amigo de muitas décadas, conheceu Pixinguinha e sobre ele me disse coisas incríveis.
Pixinguinha montou um grupo musical chamado os Os 8 Batutas. Isso em 1919, por ali.
Em 1922, quando muita gente ficou sabendo que Os 8 Batutas como grupo musical ia tocar na Europa, a imprensa brasileira caiu de pau. A interrogação que essa notícia gerava era: Esse Brasil não é o Brasil, Brasil negro na Europa?
Pois é, o preconceito e o racismo são filhos da escuridão mais profunda: da ignorância.
A ignorância é a escuridão mais profunda da vida.
À época o presidente do Brasil era o paraibano Epitácio Pessoa.
Epitácio foi um racista imperdoável na vida brasileira.
A música brasileira, principalmente o samba, foi violentada. E por que não dizer estuprada?
Conheci Zezé di Camargo e Luciano, num ano qualquer dos fins dos 80. Quem me apresentou aos dois, foi o tocador de sanfona Dominguinhos. Isso aconteceu numa sala da extinta gravadora Continental. Nessa sala estavam diversos jornalistas. Era uma entrevista coletiva. Nessa coletiva estávamos eu e outros quatro.
A impressão que tive de Zezé foi ótima.
O Dominguinhos enfiou uma sanfona no peito de Zezé e Zezé com a sanfona enfiada no peito tocou, cantou e riu. Foi legal.
Em 1945, os compositores Janete de Almeida e Haroldo de Andrade compuseram uma obra-prima, no ritmo samba, chamada Pra que Discutir com Madame?, com João Gilberto. Ouça:

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

O BRASIL ANDA DOENTE DESDE 1910

Dois motins marcaram profundamente a vida brasileira nos anos 10 do século passado. Refiro-me à vacinação em massa contra a varíola e ao grito de liberdade dos marinheiros. 
O primeiro motim ocorreu entre os dias 10 e 16 de novembro de 1904. O segundo, entre os dias 22 e 26 de novembro de 1910. 
Pois bem, uma pandemia levou o povo a rua e provocou um quebra quebra dos diabos. Ao fim e ao cabo, a vacina pôs fim à varíola. Pois é, né? 
A manhã do dia 23 de novembro de 1910 levou pânico à população do Rio. Tiros disparados de navios fundeados na Baía de Guanabara foram ouvidos em todos os cantos do Rio. Houve estragos materiais e, ao contrário do motim contra a vacinação, os disparos de armas pesadas contra o Rio não resultaram em mortos. 
O motim contra a vacinação, que entrou para a história como a Revolta da Vacina, findou com 30 mortos e muitos presos levados à miséria para a ilha das cobras e à selva amazônica para serem engolidos pelos animais de lá. E foi isso. 
O grito dos marinheiros provocado por maus tratos das altas patentes ficou conhecido como a Revolta da Chibata, cujo o líder foi o gaúcho João Cândido. O presidente à época era o marechal Hermes da Fonseca (1855 -1923).
Cândido foi expulso da marinha e enfiado num manicômio, como louco. Morreria de infarto, em 1969.
Os jornais do dia 24 de novembro deram amplo destaque à revolta dos marinheiros (ao lado). 
À época da Revolta da Vacina o prefeito do Rio era Pereira Passos (1836 - 1913) e o presidente Rodrigues Alves, que assumira o cargo dois anos antes. 
A varíola já não existe. Na marinha reina a calma. Curiosidade: Rodrigues Alves morreria em 1918, vítima da gripe espanhola. 
Outras pandemias e revoltas atingiram o Brasil no correr do século 20. Agora é o novo coronavírus, que já matou quase 1,5 milhão de pessoas mundo afora. Aqui estamos chegando aos 170 mil mortos por essa praga, enquanto o presidente disfarça dizendo que tudo não passa de uma "gripezinha". 

EM QUARENTENA

O programa Em Quarentena, apresentado por Carlos Sílvio, entrevistou ontem 22 o cientista brasileiro Gustavo Cabral. Foi uma belíssima entrevista. Confira: https://www.instagram.com/p/CH6SLrxImpq/ 
 

domingo, 22 de novembro de 2020

TEM CIENTISTA NO "PAIAIÁ EM QUARENTENA"


O mundo todo continua assustado, desesperado, em busca do antídoto contra o Novo Coronavírus.

Esse Corona gera a Covid-19, que já matou quase 1,5 milhão de preto, branco, rico, pobre, homem, mulher, criança. Até animais silvestres já pegaram essa praga.

Milhares de cientistas de todas as partes do mundo, têm desenvolvidos pesquisas visando a fórmula mágica contra o vírus que tem desencadeou uma Pandemia em todos os quadrantes do planeta.

A maioria dos governantes tem seguido orientação dos cientistas para combater/minimizar o mal. Mas há governantes que não estão nem aí e até debocham do Novo Coronavírus/Covid-19.

Os Estados Unidos já registraram mais de 250 mil mortes provocadas pela doença. No Brasil, os números de mortos se aproximam dos 170 mil.

A europa está em Lockdown.

Atenção, pessoal!

O titular do programa Paiaiá em Quarentena, o radialista Carlos Sílvio, entrevistará o cientista Dr. Gustavo Cabral, às 19h.

Gustavo, baiano de Tucano, é um dos nomes mais respeitados no campo da ciência mundial.


Não percam. 


Para acompanhar o programa Paiaiá em Quarentena, às 19h, sigam o Instagram: @cspaiaia.

Essa será a 21 entrevista de Sílvio à frente do Paiaiá em Quarentena.


RACISMO NA NOSSA MÚSICA (1)

Discriminação é praga que mata, como preconceito.

Todo dia gente mata gente, à toa.

Todo dia muita gente corta laços de amizades pelos motivos mais fúteis do mundo.

Em muitos lugares, há ditadores. 

Ditadores são pessoas que fazem do poder uma arma mortífera, à revelia do bom senso e da democracia.

Não basta ter olhos para ver. É preciso pensar, ter ideias, bom senso. O Bom senso é remédio para estupidez. 

Racismo é um mal eterno.

A Igreja Católica , até hoje, passa adiante a imagem de que Jesus Cristo era branco.

Jesus Cristo nasceu ali pelas beiradas de Jerusalém. Ali, não tem brancos, pois sol não deixa.

Em 1603, por ali, Shakespeare escreveu Otelo.

Otelo é uma obra imortal, traduzida em inúmeros idiomas.

O personagem Otelo da peça homônima de Shakespeare  é um general mouro, forte, corajoso e preto.

Esse personagem apaixonou-se pela filha de um poderoso, que endoidou quando soube do caso. Mas as circunstância o fizeram engolir o mouro com genro..

Meu amigo, minha amiga, você gostava do ator Sebastião Bernardes de Souza Prates? Não sabem quem foi?

Esse Sebastião, mineiro de Uberaba, nasceu em 1915 e em 1932 começou a ser conhecido, e aplaudido, pelo seu talento e nome artístico adotado: Grande Otelo.

O nosso Sebastião era negro, baixo e de beleza física fora dos padrões vigente.

E Pato Preto, hein?

Pato Preto foi o nome que fez famoso o cantor e compositor mineiro, de Juíz de Fora, Alípio de Miranda Silva.

Esse Alípio era de família muito pobre. Se pai, mãe, irmãos. Todos pobres. Fazia serviços gerais, de faxina inclusive, no Foro da sua cidade. Mas gostava de cantar, de fazer presepadas. 

Um dia Grande Otelo conheceu Alípio e a vida de Alípio mudou. Encurtando a história: Alípio trocou sua cidade pelo Rio de Janeiro e lá ganhou dinheiro e fama.

Ainda assim morreu pobre com 77 anos, em 2005.

Meu amigo, minha amiga, você já ouviu falar em Blecaute?

Blecaute era o nome artístico do paulista Otávio Henrique de Oliveira. Esse apelido foi dado pelo compositor  tieteense Ariovaldo Filho, o Capitão Furtado(1907-1979).

Não é difícil imaginar porque esse Otávio foi apelidado de Blecaute, certo?

Blecaute "apagou-se" em 1983, com 63 anos de idade. Um dos seus clássicos: General da Banda, de 1949.

Ouça: 



sábado, 21 de novembro de 2020

SOMOS OU NÃO TODOS IGUAIS

 


Bolsonaro saiu da moita pra dizer que não é cego, é daltônico.

Daltônico é o cara que tem dificuldade de ver cores, especialmente vermelha e verde. Mais ou menos isso.

Noutra ocasião, o préclaro presidente da República chegou a dizer que negro tem dificuldade até de procriar. Disse isso e outros horrores.

Como cidadão, tenho vergonha desse presidente. E pena do Brasil como está sendo visto lá fora.

A população brasileira, a mais miscigenada do mundo, é forte.

Político nenhuma vai acabar com a força e a tradição popular.

Quem aí não se lembra de um cidadão chamado João Cândido?

http://assisangelo.blogspot.com/2017/04/64-ai-5-e-o-almirante-negro.html

E José do Patrocínio, hein?

E Machado de Assis, Lima Barreto, Joaquim Antônio da Silva Callado, Pattáquio, Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga.

A presença do negro nas artes brasileiras é riquíssima.

Castro Alves, de batismo Antônio Frederico de Castro Alves(1847-1871), não era negro. Mas é desse poeta a obra prima O Navio Negreiro (acima).

Esse poema foi escrito em São Paulo. Ano: 1868.

Cem anos depois, o paraibano Geraldo Pedrosa de Araújo Dias (1935) escrevia, no Rio de Janeiro, outra obra prima: Pra Não Dizer que Não Falei de Flores (abaixo, com o autor). 

O poema de Castro Alves narra as agruras, os tormentos, dos africanos capturados e trazidos à força para engrossar as fileiras de escravos e escravas no Brasil.

O poema de Vandré trás ensinamentos: "somos todos iguais/braços dados ou não". Redondilha menor.

Os versos de O Navio Negreiro são feitos em quadras, decassílabos e redondilhas.

É lamentável o que se ouve da boca suja do presidente eleito para governar o povo. Ele não governa o povo. Ele faz chacota do povo, dividindo assim a população. Ele e o seu vice, Mourão.

Depois de dizer que não há racismo no País, ele ainda acrescentou: "Grande parte das pessoas de nível mais pobre, que tem menos acesso, são gente de cor". 

Clique: https://www.youtube.com/watch?v=-1jFyAP9cMs

Bolsonaro é uma pedra no sapato do Brasil. 



sexta-feira, 20 de novembro de 2020

BARBÁRIE NO RIO GRANDE DO SUL

Por que se mata tanto
Nesta terra brasileira?
Terra boa e bonita
De gente forte, guerreira
Covardes mataram a socos
Um homem chamado Silveira

Antes com culpa foi preso
Preso foi humilhado
Humilhado foi agredido
Agredido foi condenado
Condenado foi morto
E por ser preto, culpado

O crime bárbaro ocorreu ontem 19 na região norte da capital gaúcha, Porto Alegre.
João Beto Silveira saiu com a mulher pra fazer compras num supermercado. 
No caixa, uma brincadeira provocou irritação numa funcionária, que chamou a segurança. Rapidamente, João foi levado ao estacionamento do supermercado, onde apanhou até a morte.
Alguém gravou a cena e a colocou na internet. Viralizou. 
Os jornais amanheceram com manchetes dando conta do massacre. 
Autoridades de vários setores da vida cotidiana se manifestaram, inclusive ministro do STF. E da OAB. 
O presidente Bolsonaro ficou na moita, mas o seu vice, Mourão, abriu a boca para dizer mentira. Disse: "Não existe racismo no Brasil".
Negro e pobre sofrem que nem cachorro, no Brasil. Desde sempre. 
O tráfico de negros africanos terminou em 1850, quando foi aprovada uma lei que ficou conhecida como Eusébio de Queiroz. 
Queiroz, Ministro da Justiça do Império, é considerado o fundador do STF. 
A história conta que pelo menos 4,8 milhões de africanos foram escravizados no Brasil. 
Em 1888, os escravos em atividade no País foram libertados pela Princesa Isabel, filha de Dom Pedro I. 
Mesmo libertados, comeram e continuam comendo o pão que o diabo amassou. 
Você, meu amigo, minha amiga, já ouviu falar em João Cândido?
João Cândido era gaúcho. E negro. Logo cedo quis ser marinheiro. Com 15 anos foi levado ao Rio de Janeiro, e lá foi apresentado ao mar. 
Muito jovem ainda, na casa dos 30, revoltou-se com os maus tratos sofridos por ele e seus companheiros nas embarcações da Marinha do Brasil.
Foi ele, João Cândido, o líder da Revolta da Chibata deflagrada no dia 22 de novembro de 1910. À época, o presidente da República era o Marechal Hermes da Fonseca. Também Gaúcho. 
A população do Rio Grande do Sul é, atualmente, de quase 11,5 milhões de pessoas. Dessas, 82,3% declaram-se brancas, 11,4 declaram-se pardas e 5,9%, pretas. 
Triste Brasil.







quinta-feira, 19 de novembro de 2020

LUGAR DE MULHER É NO MUNDO

O machismo é uma praga como qualquer doença que mata. Antes de matar, tortura. Terrível.
Mulheres são vítimas dos machos desde sempre, aqui e em tudo quanto é lugar. Inclusive na literatura: O FEMINICÍDIO NAS ARTES
Explicar isso é coisa muito difícil. Eu não seria capaz.
A população feminina no Brasil é superior à população masculina.
Em 1980, 750 mil mulheres excediam o número da população masculina.
Atualmente, segundo o IBGE, a população brasileira já passa de 210 milhões de pessoas negras, brancas etc.
Atualmente, há 4,5 milhões de mulheres a mais do que homens, no Brasil.
Mulheres estão em toda parte, em todo canto, atuando de formas diferentes na sociedade. Na política, porém, o número de mulheres ainda é muito pequeno. Mas nessas eleições, aumentou. Pouco, mas aumentou.
Em São Paulo de 11 o número de mulheres na câmara agora chega a 13.
Há coisas terríveis acontecendo contra mulheres na política.
Pela primeira vez os curitibanos/curitibanas elegem uma mulher. E negra. Resultado: essa mulher, agora vereadora, está sendo agredida de todas as formas. E até ameaça de morte tem recebido. Seu nome: Carol Dartora, professora.
E não nos esqueçamos que no Rio de Janeiro milícias assassinaram, há dois anos, a vereadora Marielle Franco. O caso ainda não foi totalmente esclarecido, embora muitas personagens desse crime estejam presas.
A violência contra as mulheres vem de longe e parece não ter fim.
Lugar de mulher, sabe onde é?
Lugar de mulher é em todo canto que ela quiser. E não só na cozinha, como gostam de dizer os machistas.
Na história do Brasil, muitas mulheres se destacaram nas mais diversas áreas do cotidiano e fora do cotidiano. Exemplo: a bahiana Ana Néri lutou como voluntária na Guerra do Paraguai (1864-1870).
Antes, outra bahiana, Maria Quitéria, caracterizou-se de homem e foi engrossar as fileiras do Exército na Guerra pela Independência (1822).
E teve também a gaúcha Anita Garibaldi, que participou ativamente da Guerra dos Farrapos (1835-1845).
No campo da Educação e Cultura, destacou-se há quase 200 anos a nordestina do Maranhão Maria Firmina dos Reis (1822-1917).
Maria Firmina, negra como Maria Quitéria, foi a primeira jornalista educadora e a primeira romancista do Brasil.
Maria Firmina e Maria Quitéria morreram cegas e pobres.

 

LEANDRO GOMES DE BARROS, MESTRE DO CORDEL

 

Certa noite de um ano que não me lembro, telefonei ao amigo Vital Farias para um dedo de prosa. Sua companheira foi logo dizendo que o bairro estava às escuras. A casa também, naturalmente. Ela: "Vital está lendo um folheto de cordel para nosso filho dormir, à luz de vela".
Literatura de cordel é coisa muito séria.
Desde cedo, muito cedo, tomei familiaridade com esse tipo de literatura.
Nesse tipo de folheto, existe todo tipo de história. Das mais críveis às mais incríveis.
Foram dois os pioneiros escrever folhetos, no Brasil: Silvino Pirauá e Leandro Gomes de Barros.
Silvino nasceu em Patos e Leandro, Pombal.
Eram paraibanos.
Silvino Pirauá nasceu em 1860 e Leandro, cinco anos depois.
Foi no dia 19 de novembro de 1865 que nasceu Leandro Gomes de Barros.
Em 1913 rolava, no Brasil, a praga/pandemia da varíola.
Silvino morreu em Recife, vitima de Varíola.
Leandro também morreu em Recife, de morte natural.

Leia: O AMOR E OUTRAS HISTÓRIAS EM CORDELMINHA GENTE, CORDEL É COISA SÉRIA! 

 Bom, ouça com atenção a leitura do folheto A História do Cachorro dos Mortos:

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

CIÊNCIA PODE DAR VISÃO A CEGO

Foi no comecinho da segunda parte de fevereiro de 2013 que eu recebi a notícia, de viva-voz, que jamais voltaria a enxergar com os meus olhos.
A meu lado a minha filha Ana Maria. E também a mulher que pensei que seria da minha vida até o último dia.
Naquele momento, no HC-SP, comecei a chorar feito um condenado sem nada a entender. Gritei, gritei: "Eu preciso ver!". Eu já não via nada. A minha Ana me abraçou...
Poxa, foi tão difícil...
Os momentos e dias seguintes foram terríveis.
Senti-me só completamente.
Ana Maria, minha filha, me salvou.
Eu só pensava em pular do 7º andar, de onde moro.
A Ivone, anjo da guarda.
Ivone é incrível. Está sempre comigo. Até sabe dos pratos de que gosto.
Por que tudo?
A leitora Avellar fez-me lembrar de coisas de ontem. E cá estou eu a dizer coisas, a lembrar passagens da minha vida.
A leitora manda pra mim notícia a ver com possível cura de cegueira nos mais diversos níveis. No meu caso, descolamento de retina.
A notícia da conta de que um cientista húngaro "descobriu uma terapia baseada em genes que reprograma células do olho humano para que possam realizar o trabalho dos receptores sensíveis à luz necessários para a visão humana".
Essa é notícia recente, deste ano de 2020.
Dois anos antes, cientistas norte-americanos "desenvolveram uma retina ultrafina que tem uma matriz de sensores capaz de reproduzir todo o ciclo de geração de imagens".
Bom, tomara que a ciência traga aos meus olhos as cores e demais belezas que a natureza nos dá, de graça.

CEGUEIRA NEM CRISTO SALVA

Eu não sei se já disse aqui, mas houve um tempo na minha vida que ajudei missa. Fui coroinha.
Eu era mulecote, adolescente.
Foi no Dehon, na Capital paraibana.
Bons tempos.
Eu lia a bíblia, num determinado momento da missa. Esse momento era a Homilia.
Era legal aquilo tudo.
Eu li a bíblia várias vezes. E só não leio mais, porque fiquei cego.
A leitura da bíblia é legal, é boa, bonita. Todos os temas da vida humana lá estão. Só não tem rock. Mas tem sexo, traição e mais coisa que não presta.
Eu concordo e discordo de muita coisa que está na bíblia.
A Bíblia é traduzida em quase todas as línguas que existem, mais de 6 mil incluindo dialetos.
Tem uma passagem lá que, em português, me espanta. Esta:
"JOÃO 9:6 Então, tendo dito essas palavras, cuspiu no chão e fez barro com saliva; em seguida ungiu os olhos do cego com aquela mistura.
JOÃO 9:7 E ordenou ao homem: “Vai, lava-te no tanque de Siloé” . O cego foi, lavou-se e voltou vendo."
Não dá, né?
Uma leitora deste Blog, Shellah Avellar, mandou-me uma mensagem que trata de estudos científicos relacionados à cura da cegueira.
Cientistas de vários lugares estudam a questão, diz a mensagem.
Eu perdi a visão, em 2013, por decorrência de descolamento de retina.
Perdi a visão e perdi também muita gente que amava. Nada contra.
É da natureza ficarmos juntos aos vencedores.
Tudo é uma questão de ponto de vista, não é mesmo?

ANIVERSÁRIOS, MITOS E LENDAS



Lampião foi mito ou lenda?
E Robin Hood, hein?
A minha infância e adolescência foram marcadas por leitura de gibis. 
Li Flash Gordon, Fantasma, Tarzan, Mandrake, Zorro, Flecha Ligeira, Príncipe Valente e, claro, Robin Hood (acima).
Esses personagens me encantavam. Eram incríveis, como incríveis são as pessoas que se destacam entre outras. É comum a gente dizer que fulano não existe. Fulano é fantástico!
Robin Hood é personagem surgido na Inglaterra, mais de dois séculos e pouco antes de findar-se à Idade Média, 1476 - 1553. 
Ele entrou para a história como o sujeito que roubava dos ricos em benefício dos pobres. 
Foi um arqueiro, segundo as diversas versões sobre suas origens. 
Uma das versões da conta de que ele tinha uns 18 anos de idade quando inscreveu-se num campeonato de arco e flecha. Um grupo de profissionais da guarda do Rei da Inglaterra, tirou sarro dele, dizendo ser ainda muito novo e ali não seria o seu lugar. Seu lugar, segundo os guardas, seria o colo da mãe. Era um moleque, queriam dizer. Na hora em que foi convocado para participar do campeonato, pimba! Acertou na mosca. Entre incrédulo e irritado, um dos guardas o atacou pelas costas e em troca recebeu uma flechada no coração. 
Verdade ou não, o fato é que o nome de Robin Hood tomou amplo espaço na história de heróis.
Fantástico, não?! 
Fantástico também são o cartunista Fausto e o editor José Cortez (ao lado).
Fausto, depois de pelejar muito chegou serelepe ao lugar onde antes dele cheguei.
Eu fiz 68 anos em setembro, e só agora Fausto chega a essa idade. 
Quanto a Cortez... Bom, Cortez chega hoje aos 84 anos, forte e cheio de onda.
Isso coloca Fausto na condição de caçula. Novato, moleque, que nem Robin Hood. 
Robin Hood teria morrido em 1247, depois de ser traído por uma freira que era prima sua. 
Robin Hood é mito ou lenda? 
O mito se diferencia da lenda. 
Mito é um ser, um personagem criado pela imaginação. 
Lenda é um ser, um personagem real que no correr do tempo tem seu nome desalinhado com os fatos. 
Lampião, por exemplo, é uma lenda. 
Zeus, na mitologia grega, é o Deus dos Deuses. Um mito. 
Seu equivalente na mitologia greco-romana é Júpiter. 
Enquanto Mário de Andrade, Oswald e outros intelectuais inauguravam a famosa Semana de Arte de 22, em São Paulo, na Inglaterra era rodado o primeiro filme abordando o famoso arqueiro, Robin Hood. (https://www.youtube.com/watch?v=x73nPX-06X8)
Um ano antes, Lampião assumia a chefia do cangaço, no Nordeste. 
Em 1938, foi impressa no Brasil a primeira revista em quadrinhos contando a história de Robin Hood. Nesse mesmo ano, traído por um coiteiro, Lampião era assassinado a tiros pela polícia alagoana. Lampião virou lenda como Rei do Cangaço, sendo também chamado de Robin Hood do Brasil. 
Coincidência ou não, o fato é que Fausto nasceu no mesmo dia em que nasceu Cortez. 
Fausto no interior de São Paulo e Cortez, no Rio Grande do Norte. 



terça-feira, 17 de novembro de 2020

LUTANDO A BOA LUTA POR SAMPA

LEIA: https://assisangelo.blogspot.com/2020/11/periferia-vida-e-arte.html

De mangas arregaçadas
E prontos pra trabalhar
O Boulos e Erundina
Com o povo vão lutar
O tempo que for preciso
Até Sampa melhorar

A paraibana Luiza Erundina engrossou a fileira petista no começo de tudo, em 1980.
Em 1982, Erundina disputou e ganhou a primeira eleição. No caso, à Câmara Municipal.
Foi uma vereadora que não decepcionou os eleitores.
Em 1988 candidatou-se de novo e ganhou a Prefeitura.
Erundina foi a primeira prefeita de São Paulo. A segunda, Martha Suplicy.
Erundina foi abandonada pelo PT. Filiou-se ao PSB e, agora, sai como vice do PSOL na chapa do paulistano Guilherme Boulos, um jovem professor comprometido com as causas populares, que nem ela.
É o jovem e o antigo juntos.
Erundina entrou na vida pública em 1958. É de 1934. Trabalhou em Campina Grande e João Pessoa, PB.
Seu primeiro emprego foi como diretora de Educação e Cultura, em Campina.
Tangida pelas intempéries, Erundina desembarcou em São Paulo no ano de 1971. Concorreu a um concurso público e passou a atuar na periferia de Sampa. O resto é sabido.
Ah! Sim: Erundina está no 6º mandato de deputada federal, por São Paulo.
Seu aniversário de nascimento é 30 de novembro. 
À repórter Natacha Cortêz, da Revista Marie Claire, Luiza Erundina concedeu uma longa entrevista. Lá pelas tantas, respondendo a uma pergunta sobre velhice, disse:

“Minha idade não mudou em nada minha atuação. Tenho pressa em usar intensamente esse tempo que me resta. E tenho consciência que não terei muito mais tempo. Por isso a pressa. Isso do preconceito de idade é injusto, cruel, tira a dignidade e a autoestima da pessoa. Daí ela se entrega, adoece. Imagina considerar uma pessoa aos 60 anos inválida. Eu era jovem aos 60. E o próprio tratamento que é dado à pessoa idosa na família é esse de que ela incomoda, de que é chata, de que deve ser isolada. Mas ela não é isso, isso é o que fizeram dela...”

Leia a íntegra dessa entrevista: Candidata à vice-prefeita de SP, Erundina tem pressa: "A velhice não impede o sonho" 

VIVA JUVENAL GALENO!


Júlio Medaglia e Assis Ângelo

Nestes tempos loucos de pandemia no mundo todo, Júlio Medaglia ainda é o nome mais expressivo da música erudita no Brasil. E na nossa música popular também é de importância fundamental. Que não nos esqueçamos da sua participação no Movimento Tropicalista.
Medaglia é um guerreiro.
Outro dia ele me disse que andou tentando convencer o governador cearense a fundar uma orquestra sinfônica naquele Estado. Aguardemos. 
O Ceará é berço de grandes nomes das artes. 
Em Iguatú, nasceu o maestro Eleazar de Carvalho (1912-96). https://www.yumpu.com/pt/document/view/23691491/especial-cultura-popular-jornalistas-cia
No Ceará também nasceram José de Alencar, Alberto Nepomuceno e Juvenal Galeno. 
Juvenal Galeno (1836-1931) foi um dos mais inspirados poetas nascidos na Capital, Fortaleza. O Brasil não sabe disso, mas deveria saber. 
Tinha 13 anos Juvenal quando inventou de fazer o primeiro jornal literário de seu Estado: Sempre Viva. 
Com 17 anos, criou o primeiro jornal estudantil a que deu o título de Mocidade Cearense. 
Os pais, José e Maria, tinham posses de gente rica. Eram produtores agrícolas, cafeicultores. 
Encurtando a história: Juvenal é de grandeza estelar. Em 1856, lançou o primeiro livro: Prelúdios Poéticos. Em 1865, lançou a obra prima Lendas e Canções. 
Em 1908, aos 72 anos de idade, Juvenal ficou cego dos olhos. Mas isso não o impediu de viver, com graça e harmonia. 
No caminho de Juvenal, apareceu um conterrâneo: Alberto Nepomuceno. 
A história de Alberto Nepomuceno é incrível. A respeito dele já andei falando em textos nesta coluna. 
Nepomuceno pôs melodia num dos mais belos poemas de Juvenal: A Jangada. 
Em 1999, num CD produzido por Téo Azevedo, gravei três poemas de Juvenal: A Jangada, A Mulatinha e A Cabocla. 
Grande, grande, grande demais, Juvenal Galeno! 
Em 1959, acho, o jornalista Freitas Nobre (1921-1990), publicou um livrinho de 64 páginas (Ed. Melhoramentos) intitulado simplesmente Juvenal Galeno. Começa assim: “Foi da Serra de Aratanha, de lá, onde os rios, onde as matas, onde os ares significam beleza e suavidade, que surge Juvenal Galeno...” 
Nobre, também natural de Fortaleza, atuou intensamente na vida brasileira. Foi vereador e vice-prefeito da Capital paulista no Governo de Prestes Maia (1896-1965), entre os anos de 1961 e 1965 e presidiu o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo em quatro ocasiões diferentes. A Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) ele presidiu em duas oportunidades. 
Freitas Nobre deixou um legado e tanto. 
No dia 19 de novembro de 1990, Nobre encantou-se. 
Juvenal morreu tendo ao lado as filhas Júlia e Henriqueta. 
Júlio Medaglia, repito: é um guerreiro. E tomara que consiga concretizar o desejo de fundar uma sinfônica no Ceará. Se conseguir isso, diz ele, “viverei meus últimos dias curtindo o Sol da Terra de Nepomuceno e Juvenal”. 
FALA DE CEGO: https://youtu.be/MlDIfRoU8x8 
POEMA DOS OLHOS: https://www.youtube.com/watch?v=bM9STb620l4

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

BOULOS DE NOVO, NA CABEÇA!

Deu Boulos na cabeça
E de novo Boulos vai dar
São Paulo está com pressa
Não pode mais esperar
Por isso chamou Boulos
Pra com ele trabalhar

Um novo mapa político está se delineando no Brasil.
As eleições municipais deste 2020 mostram isso.
O PSDB e o PT perderam cadeiras na Câmara Municipal de São Paulo, mas mesmo assim continuam sendo maioria.
A terceira maior bancada é a do PSOL.
Novidades: pela primeira vez os paulistanos elegeram duas pessoas trans, Erika Hilton e Tammy Miranda.
Também pela primeira vez, a Câmara paulistana tem 13 mulheres e mais negros do que em outras eleições.
A renovação na Câmara de Sampa, nestas eleições de 2020, chegou à casa de 40%.
Nessas eleições, Lula perdeu. Bolsonaro, também.
Lula e o PT "assumiram" pra si o protagonismo da esquerda.
Bolsonaro, por sua vez, assumiu pra si o protagonismo de dono do mundo. Tal e qual seu ídolo norte-americano, Trump.
Duas bestas.
O extremismo não presta. Seja de um lado, seja de outro.
Pois bem, como previu este blogueiro: Boulos/Erundina iria, como foi, ao 2º turno.
Boulos é moço novo de 38 anos, que foi a campo falando a linguagem dos moços. Com ele foi uma experiente mulher paraibana, de nome Erundina.
O novo e o velho se encontram na chapa PSOL, Partido Socialismo e Liberdade.
Liberdade é liberdade, em qualquer língua.
Na liberdade não cabe voluntarismo autoritário.
Liberdade combina com paz, progresso. Amor.
Lula mais uma vez perdeu por não aliar o PT a outros partidos de esquerda. E deu no que deu.
Bolsonaro, bom... Bolsonaro age como um idiota. Perigoso, mas ainda assim idiota.
Se os partidos de esquerda estivessem somados nas eleições deste 2020, possível seria que o PSDB não estaria nem no 2º turno.
Lição é lição, aprende quem quer.
O PT impôs candidato próprio, na cabeça de chapa. Pena. Alguma visão neste ponto é falha.
Lá pras tantas, prevendo derrota, Lula sugeriu que o candidato do seu partido renunciasse e apoiasse o PSOL de Boulos. O candidato não topou e deu no que deu. De novo: pena.

Tragédia anunciada, o petista Suplicy (ao lado) de bate-e-pronto anunciou apoio a Boulos. Haddad fez o mesmo. Detalhe: enquanto apuravam-se os votos da eleição pelo TSE em Brasília, o dirigente petista José Américo dizia à TV Cultura que o partido poderia apoiar Boulos. Mas isso, segundo ele, dependia "de contrapartida".
Heeein?
Bom, Boulos/Erundina está no 2° turno das eleições à Prefeitura paulistana. Tem tudo pra ganhar. E vai ganhar!
Ah! Sim, ia-me esquecendo: Alfredinho do PT foi reeleito para continuar seu trabalho em prol do povo e da arte popular da periferia da maior cidade do Hemisfério Sul, São Paulo.
Nada acontece por acaso. 
É preciso analisar momentos e circunstâncias.

ALBERTO NEPOMUCENO, 100 ANOS




Você já ouviu falar de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)?
E de Carlos Gomes, hem?
Gomes nasceu em 1836. Sobre ele até escrevi um livrinho para o chamado público jovem.
Em 1836 também nasceu um cidadão de nome Juvenal Galeno.
Garcia era do Rio.
Gomes era de São Paulo e Galeno, do Ceará.
Em 1864 nasceu, em Fortaleza, um cara chamado Alberto Nepomuceno. Ele começou os estudos em Recife, para onde a família mudou-se em 1872. 
A nossa história, a história de todo mundo, dá um livro, como já foi dito. 
Nepomuceno, ainda adolescente, comeu o pão que o diabo amassou. Mas ele insistiu, porque a música e o Brasil estavam nele de forma inseparáveis. E assim foi por toda a sua vida. 
Alberto Nepomuceno teve bolsa de estudos recusada pelo Império, para estudar música na Europa. 
Sem grana, sem nada, deixou Recife, voltou por pouco tempo a Fortaleza e daí seguiu para o Rio de Janeiro. A partir do Rio, fez uma breve turnê por alguns estados nordestinos com o propósito de angariar meios para estudar na Europa. E assim foi. 
Itália, Alemanha, França. 
Em 1895, Nepomuceno voltou ao Brasil cheio de glórias e convites para mostrar em tudo quanto era lugar a obra que começou a construir desde a Europa. 
José Maurício Nunes Garcia era um cidadão pobre e que encontrou na Igreja o meio para se formar. Carlos Gomes era vintém sem valor, depois de Garcia. 
Nepomuceno também não era procedente de boas posses. 
Podemos até dizer que Garcia foi o nosso primeiro compositor erudito. 
O primeiro compositor brasileiro a ganhar o mundo foi Carlos Gomes, seguido de Alberto Nepomuceno. 
Nepomuceno foi o embrião da música nacionalista nos tópicos mais clássicos. 
E Heitor Villa-Lobos, hem? 
Nepomuceno achava que a música lírica era canto para se cantar na língua de cada país, no caso em português. Nossa língua. 
E assim pensando, assim fez quando voltou da Europa. 
Em Coelho Neto, Osório Duque-Estrada (autor do Hino Nacional) e Juvenal Galeno Alberto Nepomuceno encontrou o ponto para se firmar no nacionalismo musical. Pensamento esse que Villa-Lobos assumiu completamente. 
A propósito, Nepomuceno foi o primeiro compositor-maestro brasileiro a levar Villa-Lobos a palco. 
A história é longa. 
Alberto Nepomuceno morreu no dia 26 de outubro de 1920. Sozinho, na casa de um amigo. Pobre. 
Nepomuceno punha melodias em poemas. O último poema que ganhou melodia dele foi A Jangada, do seu conterrâneo Juvenal Galeno (1836-1931).

domingo, 15 de novembro de 2020

VAI DAR BOULOS!


Fui a urna, já votei
E votei com alegria...


Pois é, dormir pouco, acordei cedo e depressa fui votar. Votei (acima).
É muito bom essa prática cidadã. É coisa antiga, antiquíssima.
Tudo muito bom, tudo muito calmo.
A esperança é uma flor que não morre, mas é preciso regá-la.
Esperança e democracia andam juntas.
Até o final da noite é bem possível que todos nós já saibamos do resultado das eleições de hoje para prefeito, vice e vereador.
Serão eleitos ou reeleitos prefeitos de 5570 municípios.

Quase 9 milhões de pessoas que vivem na capital paulista estão habilitadas a votar, mas é possível que haja uma grande abstenção. Aqui e alhures. Motivo: a Pandemia provocada pelo Coronavírus, que atinge o Brasil de ponta a ponta.
Tomara que nas 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo se ache nossos melhores representantes.
Na urna depositei aposta em Boulos/Erundina e no piauiense Alfredinho.
Boulos e Erundina têm possibilidades concretas de chegarem ao segundo turno.
E se chegarem, levam.
Mudanças à vista no mapa nas eleições municipais de 2020.
Erundina (foto ao lado) é uma guerreira, mulher de fibra.

CÉLIA E CELMA

Foi bem legal a entrevista que as cantoras gêmeas Céli e Celma deram a rádio CBN, levada ao ar na madrugada de hoje.
Foram 40 minutos de boa prosa, com elas contando a sua história desde a sua infância em Ubá, MG, sua terra. Os pais eram amigos do Ari Barroso. Eram crianças quando se apresentaram pela primeira vez numa emissora de rádio. Tinham 14 anos quando o amigo da família Gabeira as levou para tomar uma café, num boteco, tabu à época, pois mocinhas não podiam frequentar esses ambientes. As duas estão escrevendo um livro cheio de causos ocorridos com elas. Ah! E cantaram belas canções do novo CD comemorativo aos 50 anos de carreira. Entre as músicas, Beijinho Doce.
Ouça:

https://www.youtube.com/watch?v=vQDfj1IsUTQ

sábado, 14 de novembro de 2020

PERIFERIA, VIDA E ARTE

Você sabe quantas e quais são as regiões do País?
Lá vai: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste...
Da mesma maneira são divididas as regiões de um Estado, de uma cidade.
A região mais rica do Brasil é a região Sudeste. A mais pobre, Nordeste.
A principal cidade do Brasil é São Paulo, capital do Estado.
Geralmente, o centro de uma cidade é uma região rica e de um Estado, também. Idem de um país. Se considerarmos os EUA como o país mais rico do mundo, podemos concluir que esse país se acha no centro do mundo. O resto, é periferia.
Em todos os países há uma periferia.
A periferia do Brasil é o Nordeste.
E a periferia da Capital paulista, qual seria?
Bom, periferia é a região que circunda o centro de uma cidade, de um estado, de um país...
Se levarmos em consideração que o marco de São Paulo é o Centro, que passa pelo Jardins, habitado atualmente por cerca 460 mil habitantes, concluiremos que o resto é periferia.

É na periferia de um lugar que as pessoas mais convivem com as outras, em todos os sentidos. Inclusive no tocante à arte. 

A periferia paulistana é pobre, mas rica em manifestações artísticas. Nela tem surgido muitos coletivos de natureza cultural, de samba, de rock, de rap. Por lá o teatro também tem vida bastante movimentada. É como se fosse outro mundo.

A periferia é a segunda parte de uma cidade, certo?
Embora populosa e agitada, a periferia é uma região carente e esquecida pelo chamado poder público.
É tempo de eleição, é tempo de mudança.
A periferia paulistana é habitada por mais de 11,5 milhões de pessoas.
O Centro precisa conhecer a periferia.

DE OLHO NO VOTO

Amigo, minha amiga

Escute, preste atenção

Eu fico muito feliz

Em dia de eleição

Eleição é festa livre

Na vida do cidadão


Cerca de quinhentos mil brasileiros concorrem a cargos de prefeito, vice e vereador País a fora neste ano de 2020.

Só no Estado de São Paulo são cerca cem mil candidatos a esses cargos.

Na Capital paulista são quase dois mil cidadãos disputando uma das 55 cadeiras da Câmara.

A prefeito, são treze. A pandemia provocada pelo Coronavírus bagunçou o coreto, deixando candidatos malucos. Nas duas últimas campanhas, o candidato da direitona começou lá em cima e caiu lá pra baixo. E, de novo, continua caindo. 

O atual prefeito parece estar surfando numa boa. Pode ir ao segundo turno.



Erundina participou algumas vezes do programa São Paulo Capital Nordeste, na Rádio Capital, am 1040. Fui eu que a convenceu de apresentar a ideia de homenagear Luiz Gonzaga, Rei do Baião, com o Dia Nacional do Forró. 


O Dia Nacional do Forró faz parte do calendário oficial de comemorações do Brasil.

Entre os candidatos a vereador acho que tem cadeira garantida o piauiense Alfredo Alves Cavalcante. Esse Alfredo, chamado de Alfredinho do PT, é ex-metalúrgico e uma cara voltado às questões mais simples da vida do povo. 

Vive na zona sul de Sampa.

Eu o conheci numa festa de aniversário da cantora pernambucana Anastácia. Alfredinho é um pé de forró.

Erundina, paraibana de Uiraúna, foi a primeira prefeita de São Paulo (1989-1992). Fez um belíssimo trabaalho. Agora é vice na chapa do paulistano Guilherme Boulos, um moço de quase 40 anos, professor.

Alfredinho(13.110) e Erundina sempre olharam com bons olhos as pessoas portadoras de algum tipo de  deficiência.

Tomara que Boulos, Erundina e Alfredinho continuem fazendo bem ao povo.

Eu sou viciado em eleição. Já estou ansioso para o amanhã logo chegar. Vou a urna de banho tomado, dentes escovados, de roupa nova  e cheiroso. Que tal, hein?

Viva a democracia!

Viva a esperança!


ELEIÇÃO EM MACAPÁ

O apagão que atingiu em cheio o povo do Amapá levou o TSE a remarcar eleições em Macapá. Será no dia 13 de dezembro.

Curiosidade: Luiz Gonzaga, rei do baião, nasceu no dia 13 de dezembro de 1912. E é autor do música Macapá. 

Ouça:



QUEM PROCURA ACHA

Nunca o Brasil teve um presidente tão louco, tão irresponsável, tão homofóbico, tão racista, tão tudo que não presta.
Na semana que hoje 14 finda, o presidente Bolsonaro superou-se.
Bolsonaro machão, machista, chamou de maricas os brasileiros por temerem se contaminar pelo Novo Coronavírus. E referiu-se logo depois, à Covid-19 como algo sem importância e se houver nova onda, que enfrentemos. Fala frouxa, sem responsabilidade.
O comportamento do presidente levou o Comandante do Exército, Edson Pujou, a dizer que lugar de Militar é o Quartel e não o Palácio, a política. "O nosso partido é o Brasil", acrescentou.
A fala do General lembrou-me da figura do Marechal Henrique Teixeira Lotte (1894-1984).
Lotte, Ministro da Guerra logo após o suicídio de Vargas, deixou o Exército para concorrer à Presidência da República em 1960. Perdeu para Jânio.
A História conta que Lotte foi um defensor intransigente da Constituição. Chegou a ser preso por suas posições em defesa da lei e da ordem, da democracia.
Uma vez perguntei ao cantor e compositor Geraldo Vandré, autor de Pra Não Dizer que Não Falei de Flores, que posição tinha a respeito do Marechal Lotte. Resposta: "a última vez que votei, votei nele".
Resposta idêntica também ouvir do humorista Chico Anísio(1931-2012)".
Bolsonaro, com suas declarações malucas está procurando sarna pra se coçar.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

BOLSONARO, O AVESSO DE TIRIRICA

Depois de tantas bobagens ditas por Bolsonaro, pergunto eu cá com meus botões: como findará o seu Governo?
Findará em renúncia (Jânio, Collor), findará em suicídio (Vargas), findará em morte provocada por doença, tiro ou facada? Findará em Impeachment? (Dilma) 
Como findará o governo Bolsonaro?
Na gaveta do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, se acham 40 ou 50 pedido de impeachment contra o atual presidente da República. 
Bolsonaro foi eleito por acaso, num momento em que a população brasileira se sentia traída pelas peraltices, digamos assim, do governo petista.
Povo decepcionado é que nem mulher traída: entra em desespero.
E foi o que aconteceu em 1918.
Quem não se lembra do caso cacareco? O BRASIL TÁ CHEIO DE TIRIRICAS. E SE...?
Bolsonaro é o avesso do cacareco. Bolsonaro é mau, ignorante, sem sentimentos. 
Como presidente, não governa para todos. Só quem vê nele a própria imagem. 
Banana caí de madura ou no bico de passarinho. 

Gosta de falar grosso
Mas logo depois afina
É seu jeito simples de ser
De dizer coisa cretina
Porém não tem respeito
Nem aqui nem lá na China

No Inferno tem Capeta
No espaço, pandemia
Muita gente já morreu
De dor, de agonia
Bolsonaro tira sarro
Do seu povo todo dia

Diante da pandemia
O Presidente debochou
Dizendo ser gripezinha
Sim, foi isso o que falou
Que diachos há com ele
Perdeu a cela, endoidou?

A Covid-19
No mundo é pandemia
No Brasil é quase nada
É somente gritaria
Segundo Bolsonaro
É conversa, fantasia

Os mortos se multiplicam
No colo do Capitão
Que o tempo todo só fez
Engendrar complicação
Deixando o povo tonto
Sem luz, na escuridão...

Do folheto, Serpente Quer por Ovo no Coração do Brasil

EUA 

O mundo todo, menos a Rússia, reconhece Biden como novo presidente norte-americano. Até a China reconheceu, mas Bolsonaro continua na moita chorando de tangas. 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

BRASIL, UM POBRE PAÍS RICO...

Eu nasci num país onde brancos ganham mais do que pretos e pardos, mesmo de profissões iguais.
Eu nasci num país onde mulheres ganham menos do que os homens, mesmo de profissões iguais.
Eu nasci num país onde há 52 milhões de pobres.
Eu nasci num país onde 14 milhões de pobres estão abaixo dessa linha, vivendo com 150 reais/mês.
Eu nasci num país onde homens batem em mulher, impunemente.
Eu nasci num país onde homens até matam mulher, impunemente.
Eu nasci num país onde a polícia mata por matar pobres, pretos e pardos.
Eu nasci num país pobres policiais reverenciam ricos.
Eu nasci num país onde ricos humilham pobres.
Eu nasci num país onde arte e artista não interessam aos governos pelo povo eleitos.
Eu nasci num país onde crianças são abandonadas a própria sorte, a despeito do poder público.
Eu nasci num país abençoado por Deus, sem terremotos, tsunamis...
Eu nasci num país abençoado por Deus, onde a natureza parece ter fincado seus primeiros filhos: as árvores, os bichos, o vento...
Eu nasci num país onde a Natureza parece ter dito: "Aqui, Deus nasceu".
Eu nasci num país onde, historicamente, os mandatários tomam pra si o poder de vida e morte.
Eu nasci num país onde o analfabetismo grassa...
Eu nasci num país onde a miséria é semente que frutifica até em solo tórrido.
Eu nasci num país onde a política é profissão da barbárie.
Eu nasci num país onde a Justiça é corrompida.
Eu nasci num país onde a esperteza é mais importante que a inteligência.
Eu nasci num país de marechais e baionetas.
O primeiro presidente do Brasil foi o golpista Marechal Deodoro. O segundo, Floriano Peixoto. O terceiro um civil de São Paulo, Prudente de Morais.
Civis continuaram ocupando a cadeira de presidente no começo dos anos 30. E houve doido, ocupando essa cadeira: Delfim Moreira.
E o povo sofrendo, até porque não tinha voz nas urnas.
A Semana de Arte de 22, tendo à frente Oswald e Mário de Andrade, pretendeu nacionalizar as artes...
À época da Semana o presidente era o paraibano Epitácio Pessoa.
Epitácio foi linha dura, duríssima. E preconceituoso, racista. Igualzinho ao irresponsável que ora ocupa a poderosa cadeira de presidente da República: homofóbico, machista...
O Brasil virou piada, no mundo. Que pena.
Estou triste, que país é esse?

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

QUE SERÁ DE NÓS NA GUERRA, HEIN?

O Bolsonaro tá com a macaca.
Destrambelhado chegou a ameaçar os Estados Unidos com pólvora. 
E aí, sem ter o que fazer, lá vou eu em versos em homenagem ao dito cujo:

O Brasil está perdido
No passado e no presente
Do futuro que será
Com o tal do Presidente?

Ele anda para trás
Marchando na contramão 
Pensando poder um dia
Controlar nossa Nação?

Não pode, pirou de vez
Pirou completamente 
E agora o que fazer
Com um sujeito demente?

Camisa de força nele
Pra evitar mais confusão 
Ou deixar que vá à guerra 
Com pólvora em sem canhão?


PRA RELAXAR